quinta-feira, 31 de julho de 2014

O QUE ACONTECE AO SÃO PAULO?

Não se pode dizer que o time de Muricy careça de jogadores qualificados.
Nem se convém duvidar da capacidade de seu treinador de armar a equipe.
Todavia, o time não consegue jogar o que deveria. Qual é o mistério?
Houve tempo para acertar os setores do time, Muricy tem à disposição atletas que poderiam mudar a forma de jogar e mexer no esquema, mas nada disso acorre.
A equipe tem alguns lampejos, apenas isso, apesar da fama da maioria de seus contratados, que deveriam atuar de maneira consistente o tempo todo.
Para alguns jogadores, parece que estão numa pelada de final de semana e não levam a sério sua profissão.
Falta vibração a quase todos, vontade de ganhar. Por que será?
Salários atrasados, como chegou a ser comentado pelas mídia esportiva? Boicote a Muricy?
Ou simplesmente os atletas que o Tricolor trouxe e mantém no Morumbi não são tão bons quanto custaram?
Quais são as verdadeiras razões para o futebol capenga que o São Paulo vem apresentando, se todas as alternativas listadas não correspondem à verdade?
A esperar e a conferir nas próximas rodadas, pois pode ser que algumas peças precisem ser trocadas ou mexidas, a fim de que se obtenham melhores e convincentes resultados.
Pelo menos, é o que espera a exigente torcida do São Paulo...
A vitória contra o Bragantino, além de ser obrigação, aconteceu depois de um jogo tão fraco tecnicamente que nem merece comentários mais elaborados. A não ser pela boa participação de Pato e uma melhor movimentação de Ganso, nada mais se salvou.
Nissimiel

domingo, 27 de julho de 2014

O DINHEIRO NÃO CHEGOU?

O governo federal afirmou que mandou a verba para a Santa Casa, mas seu provedor, Kalil Rocha Abdalla disse que a quantia que recebeu é menos que o ministério da Saúde mandou.
Afirmou que o governo estadual, que intermedeia o envio da verba não repassou o total dos recursos
Por seu lado, representante da secretaria estadual da Saúde rebateu tais declarações e alegou que há mais despesas a ser pagas antes
A sociedade precisa de saber exatamente a destinação do que chega para manter a Santa Casa.
As declarações que nada explicam são dispensáveis, principalmente se forem dadas de olho nas urnas de outubro. Não se pode esquecer que haverá eleições neste ano.
As razões que levam as duas esferas, estadual e federal a divergir são claramente eleitoreiras e não ajudam o debate sobre a ajuda que os dois governos podem e devem dar às Santas Casas, que veem seus recursos minguarem. A tabela do SUS não é suficiente e todos sabem disso.
O governo estadual foi acusado também pelo candidato do PT, Alexandre Padilha de reter parte da verba destinada à instituição. Como há uma guerra entre PSDB e o partido de Padilha por causa da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, é provável que nenhum dos contendores tenha  razão.
Com a palavra, Geraldo Alckmin. Ele deve explicações sobre as acusações. Quem cala, pode consentir...
Nissimiel

CRUZEIRO E CORINHIANS VENCEM. SÃO PAULO TROPEÇA DE NOVO.

O que acontece com o São Paulo F.C.? Tem bons jogadores, um técnico competente e tradição para fazer um ótimo campeonato. Porém, a equipe é apática, sem criatividade e poder de penetração.
Não produz o que poderia e hoje mais uma vez isso ficou evidenciado na derrota para o time apenas mediano do Goiás.
Muitos acham que posse de bola é garantia de vitória, talvez por causa do Barcelona, que priorizava a posse e ganhava tudo.
Há uma lógica nesse raciocínio, claro. O time que retém mais a bola tem mais chance de fazer gols.
Com o São Paulo acontece um fenômeno interessante: tem uma vantagem percentual enorme sobre seus adversários ( pelo menos isso ocorreu contra Chapecoense e Goiás), todavia não traduz isso em vitórias. Muricy, competente que é, deve achar a melhor forma de jogar.
É importante ressaltar a reestreia de Kaká com a camisa tricolor. Foi um dos poucos que se salvaram na equipe do Morumbi.
O Corinthians, pragmático como seu treinador, ganhou o clássico contra o Palmeiras. Jogo tecnicamente fraco, sem lances mirabolantes, nem jogadas geniais. Elias foi o destaque do time com participação nos dois tentos do Timão.
O Corinthians, mesmo sem exibir um futebol vistoso, vai se mantendo na segunda colocação do campeonato, atrás do quase imbatível Cruzeiro.
Mas que o time das Alterosas não se descuide, pois o Corinthians deve perder poucos pontos. Não leva muitos gols e ganha seus jogos se sair na frente. Sua defesa é muito segura. Mano Menezes treina a parte defensiva muito bem.
Pode não oferecer espetáculo, porém é centrado e não permite que seus adversários vazem sua meta.
Como é um time bem armado, encaixa um contra-ataque, faz um ou dois gols e fica à espera de novas chances.
É muito pragmatismo. E tem funcionado bem...
Já o Cruzeiro, meteu cinco gols no Figueirense, tocou a bola de maneira eficaz e caminha a passos largos para a conquista do bicampeonato. Se nada de anormal ocorrer, o troféu do campeonato já tem dono.
Pode parecer cedo para cravar o time mineiro como vencedor, mas como tem ganhado a maioria dos jogos com muita autoridade, será muito difícil qualquer equipe ameaçar seu favoritismo.
O grande trunfo do Cruzeiro é seu elenco, repleto de bons jogadores, apesar se não haver nenhum fora-de-série no seu plantel. Seu treinador tem controle sobre seus atletas, estuda muito e sabe mudar a equipe de acordo comas necessidades, sem perder o bom padrão de qualidade.
Ewerton Ribeiro é o destaque da companhia, mas está muito longe de ser um super craque. Ele, entretanto, mantém a regularidade, dificilmente tem uma atuação muito abaixo do que pode produzir.
Mas e os outros times do campeonato? Podem subir de produção, claro, mas por enquanto, o Cruzeiro faz parecer que todos os outros disputam outro campeonato à parte. Para saber quem se classificará para a Libertadores, Sul-americana, quem será o vice...
Nissimiel

sexta-feira, 25 de julho de 2014

SAÚDE DE EXCELÊNCIA

O ex-presidente Lula, num de seus arroubos de arrogância, quis sugerir a Obama que implantasse o SUS nos Estados Unidos. Além dessa desfaçatez, ainda disse que dava até vontade de ficar doente para ser tratado no sistema de Saúde brasileiro. "Serviço de excelência" foi o termo pretensioso usado por Lula na ocasião.
Para quem gosta do estilo fanfarrão de Lula, deve ter aplaudido entusiasticamente  mais essa bravata do petista.
Claro que a falência da saúde não pode ser atribuída totalmente a ele. Outros que passaram pelo governo também têm sua parcela de culpa, isso não se pode negar.
Ninguém, entretanto, disse ter resolvido as mazelas da Saúde no Brasil. Só ele. Mais uma das coisas de Lula... É seu estilo populista e falastrão.
O problema passa pela corrupção e mau uso das verbas que deveriam ser destinadas a Saúde, pelo crescimento e envelhecimento da população e outros fatores mais.
Na maior potência mundial há problemas com a Saúde. No mundo inteiro há.
O caso da Santa Casa de São Paulo retrata bem a crise do setor. Fecharam o pronto-socorro do hospital por falta de materiais básicos e deixaram muitas pessoas sem atendimento.
A justificativa para o fechamento é que não havia verba para aquisição de coisas básicas para atendimento dos doentes, que deram com a cara nos portões, no início da semana.
Na quinta-feira, após o governo estadual liberar verba e o Ministério Público exigir, houve a reabertura da Santa Casa, para alívio da população que dela depende.
Todas as Santas Casas têm uma dívida gigantesca. Como pagar é o grande desafio.
 Dependem dos governos federal e estadual para funcionarem. O SUS, o sistema da excelência anunciado por Lula, é o principal mantenedor da Santa Casa, juntamente com o governo estadual.
A dívida da entidade é enorme, todavia não é nada, perto do se gastou para viabilizar a realização da Copa no país. Se não há recursos para a Saúde, de onde tiraram recursos para construir estádios?
Do BNDES, por exemplo, que é um banco, como o nome sugere, de fomento SOCIAL. Então, por que não financiar hospitais?
"Não se faz uma Copa com hospitais", vaticinou Ronaldo, numa frase infeliz, ao defender o evento futebolístico.
Poder-se-ia então, adaptar o que disse o Fenômeno para algo assim: "Não se faz uma boa Saúde com estádios"...
NIssimiel

terça-feira, 22 de julho de 2014

ALVÍSSARAS! SAIU O NOME DO NOVO TÉCNICO DE FUTEBOL

Parece que ele veio mais manso desta vez. Na sua primeira entrevista coletiva, Dunga pareceu mais paciente e até ensaiou um armistício.
 Mas não se iludam, o lobo perde o pelo, mas não perde o viço, diz o adágio.
É importante dizer que nem sempre os profissionais da imprensa fazem perguntas que o técnico deseja, mas também urge frisar que o papel do jornalista nem sempre é ser agradável com aqueles que entrevista. Se alguém que ocupa lugar tão relevante não quer responder perguntas que julga inconvenientes ou ofensivas, que não ocupe cargo ou função pública.
Alguns políticos brasileiros querem controlar a mídia. Também é sonho dourado de muitas outras pessoas, inclusive de alguns treinadores de futebol, que não aceitam ser questionados em seus pontos de vista. Imprensa livre de amarras é pressuposto essencial numa democracia, frise-se.
Não se pode, apesar do temperamento do novo treinador, negar que o foco no futebol foi mantido durante o tempo em que esteve à frente do selecionado canarinho. Cortou alguns privilégios de emissoras que tinham exclusividade no contato com os atletas, além de treinar muito a equipe.
Poderia ter sido campeão em 2010, certamente. Seu jogo pragmático poderia ter sido vencedor.
E aí, muitos que hoje o criticam, aplaudi-lo-iam efusivamente, afinal as vitórias ocultam muito defeitos e criam inúmeras virtudes. 
Há muitos anos o futebol brasileiro não é o melhor, é preciso que se enfatize isso. É carente de jogadores, não apresenta novidades táticas e muito menos existe planejamento.
Ganhamos em 1994 e 2002 por causa do talento de Romário, Bebeto, Mazinho, Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos e Cafu, para citar os melhores. Houve um plano para isso? Sim , mas nada tão elogiado como o  feito pela Alemanha, que bancou Joachin Low, apesar dos percalços.
Dunga, se fosse mantido até 2014, poderia ter levado o time à conquista do sexto título mundial.
Tomara Dunga seja melhor na trato com a imprensa, procure aperfeiçoar seu trabalho e também coíba os excessos, no que se refere a marketing. Treinos são primordiais.
Se, todavia, não houver tempo, planejamento e material humano de qualidade, qualquer treinador estará fadado ao fracasso no comando da Seleção...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

E OS TRÊS FAVORITOS?

Dos três times anunciados aqui com maiores candidatos ao título, apenas o Cruzeiro confirmou seu favoritismo.
Enquanto o São Paulo perdeu no Morumbi para a Chapecoense, o Corinthians empatou com o Vitória na Bahia.
O Tricolor tentou, mas não fez um gol sequer, o que mudaria totalmente a postura da equipe de Santa Catarina, que teria de avançar mais seu time. Entretanto, não foi o que se viu.
Aconteceu tudo de acordo com a proposta do time do sul, "que jogava por uma bola", como se convencionou dizer. Fez seu gol e se fechou mais ainda. O Tricolor não repetiu a boa atuação contra o Bahia.
No final, a Chapecoense saiu com a vitória, frustrando os milhares de torcedores que estavam no Morumbi.
Em relação ao Timão, não jogou uma boa partida também. O Vitória jogou cautelosamente, mesmo porque não iria enfrentar o Corinthians de igual para igual, pois seu time é inferior tecnicamente.
Se o Corinthians é bem armado na sua parte defensiva, fica a desejar no ataque. As equipes de Mano Menezes priorizam a defesa. É a principal crítica que enfrenta de seus detratores, aliás.
Talvez fosse o caso de colocar Romero no ataque desde o início no jogo. Já admitiu a possibilidade, na entrevista após a partida.
Já o Cruzeiro venceu fora de casa o Palmeiras, o que fez com que abrisse cinco pontos do segundo colocado, o Corinthians, que tem 20 pontos.
No primeiro tempo do jogo no Pacaembu, o time das Alterosas parecia que iria golear o Palmeiras de Gareca, mas no segundo tempo dependeu de seu ótimo goleiro Fábio para garantir os três pontos. Não seria injusto um empate. Mas nem sempre há justiça no futebol.
O Cruzeiro credencia-se a cada rodada como o melhor time do campeonato. Se os adversários seguirem perdendo pontos importantes, o bicampeonato já se anuncia.
Mas é sempre melhor esperar um pouco mais, pois haverá disputa direta nos confrontos entre os concorrentes e isso pode fazer a diferença no final.
Nissimiel

sábado, 19 de julho de 2014

BRASILEIRÃO E TENDÊNCIAS

Com o fim da Copa do Mundo, os aficionados por futebol voltarão suas atenções para o campeonato nacional, que terá neste final de semana sua décima-primeira rodada.
Os times que estão bem na tabela confirmaram a fase e até a melhoraram se futebol, como Cruzeiro, Corinthians e São Paulo, apenas para citar os que chamaram mais a atenção.
O clube mineiro ganhou do Vitória  com autoridade, como se previa, por 3 X 1, jogando um bom futebol. Pela lógica, deve prosseguir em alta, pela qualidade de seus atletas, tanto os titulares, quanto aqueles que os substituem. Tem um elenco equilibrado que sempre mantém o nível de atuações na competição.
O técnico Marcelo Oliveira tem o seu esquema tático definido, com algumas variações que as características de seus jogadores podem proporcionar.
Já o Corinthians, com a novas contratações, deve melhorar muito, principalmente se seu treinador for um pouco mais ousado ofensivamente. É pragmático para alguns, retranqueiro para outros. É seu estilo. Pode-se gostar ou não.
Com Elias de novo na equipe da zona leste a tendência é que seja um pouco mais solta no ataque, sem abrir mão da solidez defensiva que Mano Menezes tem como principal característica.
Pode ser apenas uma primeira impressão com a nova formação do Timão nesse retorno do campeonato, porém o time agora se situa como dos mais fortes da competição.
Mas resta a confirmação da evolução do Corinthians contra adversários em jogos mais duros e fora de seus domínios.
O Tricolor Paulista também merece destaque, em vista da bela apresentação contra o Bahia, fora de casa.
O time baiano é sempre um osso duro de roer quando joga lá, mas não está tão bem no momento e foi presa relativamente fácil para o São Paulo. O time do Morumbi mostrou um futebol de ótima qualidade, principalmente no primeiro tempo, quando marcou dois gols e poderia ter feito mais, haja vista o volume e o domínio do jogo.
No segundo, tirou o pé e desacelerou as ações, até permitindo que o Bahia ameaçasse Rogério Ceni em algumas ocasiões.
Se o time de Muricy mantiver o espírito de jogo que mostrou e a tranquilidade que o norteou durante o confronto em terras baianas, certamente disputará a taça de campeão.
Cruzeiro, Corinthians e São Paulo ainda têm algumas peças que não participaram da rodada que reiniciou a competição. Se elas se encaixaram como esperam os seus torcedores e os amantes do bom futebol, os três protagonizarão uma disputa muito boa pelo título brasileiro deste ano. Resta, então, esperar...
Nissimiel

domingo, 13 de julho de 2014

UM PAÍS ORGANIZADO, UMA EQUIPE ORGANIZADA. RESULTADO: UM TIME CAMPEÃO

Quando começou a Copa do Mundo, a Alemanha foi apontada como favorita por quem vê o futebol sem as amarras do patriotismo pacheco que imperou por esses tempos aqui no Brasil. O país é chegado à improvisação, como se pôde ver na "organização" da Copa. Valorizam-se a malandragem e a esperteza. Quem trabalha e é honesto, por muitas vezes, é tido como idiota. Aqui, a Educação, Saúde e a Segurança são tratados como as últimas necessidades do povo.
A Alemanha é um país organizado, o que está em melhor situação na Europa, em comparação com seus vizinhos. Seu povo valoriza muito o trabalho e o planejamento. Não privilegiam o assistencialismo que existe no Brasil, embora haja uma política social no país, claro. Tiveram coragem de cortar gastos e mexer na estruturas sociais, enquanto a maioria dos países europeus não o fez. Da crise de 2008, soube tirar lições.
O retrato de uma nação que trabalha, que cresce organizadamente, se refletiu no esporte.
Ganhou porque joga um futebol coletivo (é até redundante dizer isso, pois é um esporte coletivo), em que todos sabem exatamente o que devem fazer. Seu treinador está há muitos anos no comando da equipe e não vive de improvisos. Mesmo numa partida difícil como a de hoje frente à Argentina não se desesperou e nem fugiu do seu esquema de jogo.
Não há na equipe alemã um atleta que se destaque tanto dos demais jogadores. Como jogo coletivo, todos executam uma função (ou mais) dentro de campo. Ajudam-se, como requer o futebol moderno e agem como parte de uma equipe. Isso mesmo, uma equipe, sem lugar para o individualismo que rege algumas seleções, como a do Brasil, que é refém de um só jogador. A Argentina também dependeu demais de Messi hoje, como aliás em todos as partidas deste campeonato mundial.
 Na campeã Alemanha não se valoriza o cai-cai, muito pelo contrário, seus atletas tentam a jogada até o fim, sem tentar ludibriar o árbitro. É uma equipe que valoriza a posse de bola.
Há uma distância enorme entre o Brasil e a Alemanha e o placar vergonhoso a que foi submetido o time de Scolari mostrou isso. Foi exagerado o placar? Os ufanistas pensam que foi. Mas analisando fria e racionalmente, não foi um exagero. O time de Felipão não sofreu apagão, como o técnico quer convencer os incautos. A Alemanha é muito melhor do que o Brasil. Muitos degraus acima, embora os tais "patriotas" do hino a capela não queiram aceitar tal verdade.  Havia muitas outras equipes melhores do que o time das lágrimas, mas a pachecada dificilmente irá admitir. Para tais iludidos, o Brasil ainda é o melhor. Escorados nas cinco conquistas do país, os cantadores do hino a capela creem que o time brasileiro é o melhor. Aos adversários, para eles, bastaria olhar o camisa amarela. A mística venceria a organização, o treinamento e o planejamento alheios. A hecatombe veio, de maneira avassaladora, com a goleada impingida pelos alemães.
Do desastre que se viu devem-se aprender algumas coisas. É o que se espera, pelo menos.
Reconstrução, humildade e planejamento são algumas das lições que se devem assimilar dos campeões.
Colocavam o país sede como um dos candidatos a ganhar a competição, sem levar em consideração a desorganização da equipe "comandada" por Scolari. Ledo engano. Não havia razão para tal otimismo.
Esquema tático praticamente inexistente, convocação equivocada, deixando de fora atletas que poderiam dar uma segurança aos menos seguros e sujeitos a instabilidades emocionais, como se viu na partida contra o Chile, por exemplo.
Não são jogadores sem rodagem, nem tão jovens assim, como andaram propagando. Os mais novos já jogam no exterior, em times da Europa há um certo tempo.
A estrela da companhia, Neymar, não é o que se pode chamar de garotinho, que precisa de cuidados especiais, pois apesar da pouca idade, foi campeão pelo Santos muitas vezes.
Ele talvez amenizasse o prejuízo contra os alemães, porém não evitaria a derrota.
Parabéns a quem teve tudo aquilo que faltou ao time dos pachecos de plantão!
Alemanha, quatro vezes campeã do mundo, com toda justiça...
Nissimiel

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A DISPUTA PELO TERCEIRO LUGAR DA COPA DO MUNDO - UMA QUESTÃO NACIONAL?

Pode ser que o Brasil ganhe da Holanda, mas nada será capaz de  lavar a mácula que ficou na derrota para a Alemanha. Nada da bobagem de salvar a honra da pátria, ou outras asneiras ufanistas.
É um jogo de futebol. Importante, porém, apenas uma disputa esportiva.
Para não deixar uma imagem tão ruim para seus torcedores, seria muito bom que o time de Felipão derrotasse os europeus. Todavia, não será fácil, pois a Holanda tem uma equipe melhor do que a brasileira.
Enquanto os comandados de Scolari não jogam com um esquema tático bem definido, a Holanda possui uma equipe bem treinada por Van Gaal. Não é uma primor de time,  porque depende muito das arrancadas de seu craque, Robben, o que é muito pouco para ser considerado uma equipe excepcional. Seu segundo melhor jogador, Van Persie, não tem correspondido plenamente.
Porém, seus jogadores sabem o que fazem em campo, ao contrário dos seus oponentes tupiniquins.
Ao ver o time de Luiz Felipe Scolari em campo, fica-se com a impressão de que os jogadores não treinam tanto quanto deveriam. Não há ligação entre os três setores do time, talvez reflexo da falta de treinamentos. Em razão disso, quando é confrontado com uma equipe muito superior, caso da Alemanha e agora da Holanda, também melhor do que o Brasil, existe sempre a chance de ocorrer o que alguns chamaram, erroneamente,  de apagão. Não se tratou de algo assim, é óbvio. É que os jogadores do Brasil são inferiores aos germânicos, tática e tecnicamente. Simples assim.
E contra a Laranja, é possível ganhar? Claro que isso pode ocorrer. Mas os cantadores de hino a capela devem se preparar um possível revés, porque não será nenhuma surpresa se o time de Scolari perder o jogo, inapelavelmente. E, se não houver humildade para reconhecer sua inferioridade, a derrota poderá ser, mas uma vez, vexaminosa. Tudo isso, porém, não é uma questão nacional. Trata-se, inequivocadamente, de mais uma partida de futebol...
Nissimiel


quarta-feira, 9 de julho de 2014

POR QUE O BRASIL PERDEU PARA A ALEMANHA?

Foi uma derrota que normalmente os times de menor expressão sofrem para os gigantes do futebol mundial. Atualmente isso nem acontece mais com tanta frequência. Haja vista a dificuldade que os germânicos encontraram para passar pela Argélia, para empatar com Gana. Os treinadores dos dois adversários estudaram a Alemanha, seguramente...
O placar elástico da partida contra o Brasil, se for analisado pela tradição, foi um exagero. Entretanto, se analisado pelo futebol,  pelo planejamento e pela questão tática, os números refletiram muito pouco do que foi a jornada horrorosa do time brasileiro. Pouco, embora os ufanistas não gostem de admitir, porque se o adversário apertasse, marcaria muito mais gols. Ficou a impressão de que os germânicos se pouparam. Ou tiveram pena da tradição do Brasil.
Há muito tempo o esporte bretão não é de boa qualidade no país. Não há inovação tática no futebol tupiniquim. É sempre a mesma coisa. Os mesmos treinadores (muitos nem merecem tal rótulo, pois não treinam suas equipes, é só na base da motivação) estão há anos reinando no Brasil. Não existe nada novo.
Péricles Chamusca, Wagner Mancini são apenas dois exemplos de técnicos da nova geração, que se tivessem tempo e oportunidade para mostrar seu trabalho poderiam arejar as velhas cabeças que regem o futebol, mas talvez nunca consigam seu intento. Não se trata apenas da idade cronológica, evidentemente, precisa-se de novas ideias.
O futebol brasileiro está ultrapassado taticamente. Parou no tempo.
Na Alemanha, o seu treinador continuou um trabalho, mesmo depois de alguns reveses. Foi mantido, a despeito da pressão que sempre há quando acontecem derrotas. É claro que além da equipe técnica, foram mantidos quase todos os atletas, sem interrupção do trabalho.
A Alemanha será campeã? Nem sempre os melhores vencem. Aí está um dos motivos que fazem com que o esporte seja tão dinâmico do jeito que é, todavia, há uma certeza: estão no caminho correto para colecionar vitórias. 
A humilhante derrota a que o Brasil foi exposto mostrou claramente que, enquanto uma equipe sabia exatamente o que fazer, o outra encontrava-se completamente perdida em campo...
Nissimiel

terça-feira, 8 de julho de 2014

O UFANISMO QUE NÃO RESOLVE

O Brasil foi massacrado pela Alemanha, que marcou inapeláveis sete gols, que poderiam ser muito mais. Depois do quinto tento, a equipe germânica tocou a bola, diante de um atônito Brasil, que não conseguiu ameaçar o ótimo goleiro Neuer no primeiro tempo. Até deu um pouco de trabalho na etapa derradeira, mas nada tão consistente que pudesse assustar a ótima Seleção Alemã.
A diferença é tão grande entre os dois times que o resultado não chega a surpreender, a não ser para os que só veem uma partida de futebol com o coração, ignorando a razão. Os brasileiros "com muito orgulho", entretanto, sonharam que os times eram iguais. Técnica, emocional e taticamente há uma diferença gigantesca entre as equipes. Os alemães sabem sua função dentro de campo.
Os brasileiros confundem patriotismo com torcida por um time de futebol. Não é, absolutamente a mesma coisa.
Pode-se ser patriota e gostar do esporte, claro, mas não se deve misturar as coisas e achar que todos devem ser fanáticos pela Seleção, como se fosse " a pátria de chuteiras", expressão cunhada há muito tempo por Nelson Rodrigues. Talvez naquele tempo os atletas realmente amassem a camisa como amavam o país e disputassem os jogos pela Seleção como se defendessem a pátria. O sonho de qualquer menino que começa num grande time é ir para fora do país, em busca da independência financeira. Por que não permanecem no Brasil? Ora, eles querem ganhar destaque internacional e muito mais dinheiro, direito que lhes cabe, óbvio. Não deixam de gostar do país causa disso. Mas também não são mais patriotas porque jogam pela equipe de futebol do Brasil. É o profissionalismo que deve prevalecer e atuar bem faz com que consigam boas transferências, melhores salários. Não estão defendendo o povo brasileiro, e sim o time do Brasil. É apenas esporte e como tal deve ser tratado, sem ufanismo. Devem honrar a camisa que vestem, ganham para isso, como nos times com os quais têm contrato. É obrigação mostrar vontade, disposição. Como todo trabalhador, precisam executar bem seu serviço.
Mesmo aqueles que ganham muito bem aqui querem partir. A alegação é que a carreira dura pouco. Seria mesmo tão curta? Muitos jogadores dos times grandes do Brasil ganham muito bem e tranquilamente fariam seu pé de meia em poucos anos, se tivessem juízo e soubessem aplicar o que ganham.
Muitos deles, às vezes mal orientados, gastam tudo o que ganham ou são ludibriados por espertalhões que se dizem empresários. Quando não caem na noite à procura de aventuras e diversão. Dinheiro não leva desaforo, diz um adágio.
É claro que as pessoas têm o direito de procurar as melhores oportunidades para sua vida, mas justificar que ganham pouco e precisam alimentar as famílias (talvez seja figura de retórica tal argumento) como se ouve de atletas que percebem trezentos, quatrocentos mil reais ao mês é, com todo respeito, falácia. Ainda mais se comparados à média salarial brasileira, ganham muito bem! Mas, se querem ir embora, não há problema. Que partam e sejam bem sucedidos nas suas carreiras.
O esporte, e não só o futebol, pode despertar nos jovens um sentimento de amor à pátria e isso é salutar. Experimente-se, entretanto, pedir a esses torcedores que se esgoelam cantando o hino que o façam num dia comum de sua vida, em que não haja esporte envolvido. Parecerá piegas a eles.
 Onde está o amor à pátria? Escondido no peito, à espera da próxima Copa...
Nissimiel

sábado, 5 de julho de 2014

SOBRE CONTUSÃO E UFANISMO

Pela primeira vez na Copa, o time brasileiro jogou um pouco de futebol  e mereceu a vitória contra a Colômbia. Não deixou o oponente executar o que seu técnico deve ter recomentado que fizessem.
Quando tentava fazer uma jogada, era parada pelos jogadores brasileiros, que cometeram muitas infrações. Foi a partida mais faltosa do Brasil.
James Rodriguez quase não conseguiu pegar na bola com liberdade para pensar, pois os brasileiros chegavam duramente, bem ao estilo Felipão de jogar. Ele dissera que voltaria às origens e o fez. Nada de ser "bonzinho" mais. O time obedeceu e marcou bem a boa equipe adversária.
Jogo duro, pegado, bem à Felipão. Há algo errado nisso? O futebol é esporte de contato. Só não vale ser desleal, obviamente.
No meio da celeuma pelo impedimento de Neymar prosseguir na Copa em razão da contusão sofrida, entretanto, há alguns aspectos a se considerar.
Ninguém em são consciência abonaria a atitude de Zuniga, mas dizer que ele tinha a intenção de tirar o jogador do Barcelona da competição não é honesto.  
Se numa jogada em que Fernandinho acertou James Rodriguez houvesse acontecido algo mais sério (e poderia, dada a força que o brasileiro usou), os ufanistas diriam que foi uma fatalidade e exaltariam a garra do volante como símbolo de um Brasil "vibrante e guerreiro" e outras bobagens do gênero.
Mas como aconteceu com Neymar, estão execrando Zuniga, falando em conspiração para tirar o craque brasileiro da Copa, coisa que segundo alguns lunáticos, já havia sido tentado contra o Chile.
Honesto é dizer que a entrada que o colombiano deu em Neymar merecia uma punição, dentro do campo, claro, mas daí a imaginar que ele queria machucar o brasileiro vai uma distância abissal.
Como na falta que Fernandinho cometeu caberia punição, pois também foi um falta muito dura, que poderia ter machucado o adversário, o árbitro deveria ter advertido Zuniga com cartão amarelo ou vermelho. Nem falta assinalou! Para não prejudicar o jogo, deu vantagem no lance. Não percebeu a gravidade da situação. Quem notou? Ninguém, a não ser depois de ver a falta com a tecnologia da transmissão, câmara lenta e repetição do lance. É honesto admitir que o árbitro não tinha como perceber, dada a velocidade da jogada.
O grande problema dos ufanistas é que como ocorreu contra o Brasil rotulam como crime, passível de penas duríssimas como banimento do futebol, prisão ou outras asneiras próprias dos que se dizem patriotas. Na verdade, estão torcendo pelo time de futebol do Brasil. Pátria é outra coisa...
Mas se os brasileiros batem como fez a equipe brasileira durante todo o jogo, são exaltados como guerreiros, homens de garra e brasileiros com muito orgulho e outras cretinices mais.
Que se comemore a passagem para a semifinal da Copa e que se tente superar a ausência de Neymar. Tomara a equipe de Scolari mostre a mesma vontade e o bom futebol que apresentou contra a Colômbia...
Nissimiel

sexta-feira, 4 de julho de 2014

QUE GANHE O MELHOR?

Se a premissa "que ganhe o melhor" for seguida, pode ser que os brasileiros não gostem da sua confirmação, pois a Seleção Colombiana apresenta um conjunto mais equilibrado e jogadores mais bem focados do que os do time de Scolari.
É evidente que quem torce pela Seleção Brasileira não vai gostar desta constatação, mas se a asserção que dá nome ao artigo for verdadeira, a Colômbia inicia a partida como favorita. No decorrer do confronto, todavia, é possível que os brasileiros subvertam essa lógica.
O Brasil não tem uma equipe taticamente bem montada, apesar do tempo que seu técnico teve para fazê-lo. A Copa das Confederações enganou tremendamente Scolari e seus comandados, que se iludiram com o título conquistado frente à Espanha. Apesar de ter um time bom, parece que a Espanha esgotou todo seu caldo, precisa de renovação urgentemente.
Já o time de Pékerman tem uma equipe que inspira mais confiança do que o time brasileiro.
Enquanto Felipão conta apenas com Neymar para desequilibrar, a Colômbia tem entre seus jogadores Cuadrado, Jackson Martinez e, principalmente, James Rodriguez, que tem se destacado, não só pela artilharia da Copa, mas também pela qualidade de seu repertório de jogadas. É um sério candidato a craque do campeonato, principalmente se sua Colômbia passar pelo Brasil hoje.
E se ganhar hoje, ficará difícil parar a Colômbia...
Nissimiel

terça-feira, 1 de julho de 2014

AS SELEÇÕES FAVORITAS E O NÍVEL TÉCNICO

Qual a grande equipe desta Copa do Mundo? Não há nenhuma jogando um futebol acima das demais.
Poder-se-ia apontar a Alemanha como a equipe mais equilibrada, pois seus jogadores marcam e atacam com eficácia, pelo menos até o confronto com a Argélia. O que se viu, entretanto, foi a seleção germânica com muitas dificuldades para superar a aplicada seleção africana, que em determinados momentos levou perigo ao gol do fantástico goleiro alemão, que se viu obrigado a atuar como líbero para conjurar os perigosos ataques do time da África.
O jogo foi até a prorrogação e os europeus tiveram muito trabalho para vencer por 2 a 1.
Foi um sufoco. Não há uma diferença  tão grande entre as equipes, como também pôde ser observado no jogo entre a Argentina e a Suíça. O time de Messi precisou do tempo extra para vencer, graças a um passe magistral do craque para Di Maria marcar para os portenhos. A Argentina está longe de ser excepcional. A Holanda também penou para suplantar o México, e só o fez ao final do jogo, por causa do talento de Robben e de um pênalti questionável que sofreu. Sem falar da covardia da equipe mexicana, que deveria ter liquidado a fatura. Respeitou demais a Holanda.
A única seleção que parece ganhar com alguma sobra é a Colômbia, do melhor jogador da competição, James Rodriguez.
Resta esperar pelo confronto com o Brasil para confirmar se os colombianos continuarão a mostrar o bom futebol ou se serão derrotados pela Seleção Brasileira, que tem ganhado sem apresentar um jogo que realmente honre a  tradição de maior vencedora do mundo.
Se a Colômbia não sucumbir ao medo do adversário, deve ganhar a partida. Atualmente é uma equipe muito melhor do que o Brasil. Mas a história conta muito, claro. Camisa por camisa, o Brasil leva uma enorme vantagem. Mas, quem tem um craque do quilate de James Rodriguez pode almejar voos gigantes para a Colômbia. Está na hora de virar protagonista. Ou não?
Nissimiel

ELITES, POLÍTICOS E OS POBRES

Quando Lula reclama das elites conservadoras, brancas ou quaisquer outras, ele se refere exatamente a quê? Por acaso o ex-presidente não pertence a nenhuma elite? Pois bem, Lula está inserido no mínimo em duas. Na econômica, visto que hoje é milionário, diferentemente dos tempos em que militava nos movimentos sindicais, nos distantes anos setentas, do século passado. Além disso, é um privilegiado componente da classe política do país, portanto  um membro de elites.
Lula, entretanto, sabe lidar com o discurso para a massa de trabalhadores, a qual não pertence mais, embora se arvore no direito de invocar tal condição. Há muito tempo Lula é privilegiado. Embora negue, é rico. Mora bem, vive numa condição diferenciada. Fala como se fosse um pobre assalariado com salário mínimo, mas sua realidade é muito distante disso. É uma raposa da política brasileira.
Esperto que é, tem um discurso que seduz, pois é dirigido aos pobres, aos menos favorecidos e às minorias. Fala como se não fosse ele, Lula, parte da elite do Brasil. Quando é cobrado por causa de seus  malfeitos e de seus asseclas, retruca que são os inimigos do povo que o fazem. Todos que são bem sucedidos, mas não comungam das mesmas ideias de Lula e seu partido são contra o Brasil.
Como no vergonhoso caso em que torcedores xingaram Dilma, Lula referiu-se à elite branca como autores da ultrajante vaia que a presidente recebeu. Ela, como uma instituição que representa, não merece tal tratamento, é bom que se frise. É nossa maior autoridade e deve ser respeitada. porém, não foi a tal elite a que Lula se referiu que teve o comportamento vil. Foram eleitores que expressaram seu descontentamento com a presidente. Mas qual é o crime de se ter dinheiro, desde que conseguido de maneira lícita?
Como se os que têm dinheiro fossem bandidos e marginais. Tudo isso anteriormente exposto faz com que os desavisados acreditem que Lula e a sua turma governem para o povão e realmente queiram o melhor para os pobres.
Todos os políticos, é bom que se ressalte, pertencem a uma casta de brasileiros que tem privilégios que nenhuma outra classe possui. Salários bons, mordomias e ainda acesso aos meios de ganhar dinheiro escuso via corrupção e pelo tráfico de influência, que, se não é ilegal, é imoral e antiético.
O PT difere-se dos demais partidos porque tem um discurso sob medida, pronto para persuadir os menos avisados de que é a imagem legítima da pobreza brasileira que quer ascender socialmente. Isso, os petistas querem convencer, só poderia acontecer com o partido de Lula no poder.
 Em tese, PT seria o próprio povo. E quem não concorda com o PT e seus aliados, seriam as elites brancas, conservadoras e que não aceitam pobres como Lula e Dilma no poder... Pobres?
Nissimiel