sábado, 24 de dezembro de 2016

CAROL MOREIRA E VIN DIESEL, UMA POLÊMICA INÚTIL.


A youtuber Carol Moreira reclamou de um suposto assédio que teria sofrido do ator americano Vin Diesel, que veio ao Brasil promover seu último filme, Triplo-X.
Ela disse que se sentiu constrangida, na verdade. Não falou claramente em assédio. Reclamou que "fora cantada e não conseguira fazer todas as perguntas que havia preparado."
O americano começou a entrevista cantando trecho do funk que é tema de Tropa de Elite, numa atitude que pode ser tomada como simpática ou simplesmente para fazer média com os brasileiros.
De qualquer maneira, ele fez seu papel ao parar a entrevista para entoar o funk tupiniquim. Faz parte do show.
Como pessoa pública que quer vender seu produto, agiu dentro do esperado.
O inusitado se deu quando elogiou a entrevistadora de maneira que não pode ser considerada sutil. Falou da beleza de Carol e até a chamou para almoçar. Talvez para descontrair. Ele parecia divertir-se com a situação, nada mais do que isso.
Claro que a forma com que ele dirigiu-se a ela poderia até ser interpretada como grosseira, mas caracterizar como assédio é um exagero,como algumas feministas estão fazendo.
Há pouco mais de um ano, Carol Moreira postou numa rede social palavras deselegantes ao lutador Shogun:
"Shogun, seu lindo, vem (sic) aqui em casa que eu passo vaselina em vc (sic)"
Foram meras palavras, uma brincadeira, mas o lutador poderia sentir-se assediado também, se fosse usar o mesmo critério utilizado por aqueles que viram crime durante a entrevista de Carol com o astro americano.
A frase foi mais forte do que todas que Diesel proferiu.
De fato, o mundo está muito chato. Isso não deveria ter tanta repercussão.
Diesel foi deselegante, no máximo. Carol foi deselegante também.
Nos dois episódios, entretanto, há aqueles que querem dar uma dimensão maior do que realmente os episódios têm.
Nissimiel

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

QUEM PRECISA DE HERÓIS? OU: MESSIAS PRA QUÊ?


O mundo não precisa de heróis, tampouco as nações necessitam de salvadores.
Para quem acredita, claro, houve um Messias. Para os incrédulos, ele não existiu.
Respeitem-se os crentes, os céticos e afins...
Outros messias aparecem de vez em quando para macular a imagem do original e muitas vezes iludem os desavisados.
Triste do povo que clama por um líder que os redima...
As Nações devem ter homens e mulheres que façam com que as instituições funcionem, e não um centralizador que governe acima dos outros poderes da República.
Ter-se-ia um déspota, algo não desejável, óbvio.
Quando se elege um presidente, espera-se que ele saiba articular com o Legislativo e que possa trabalhar  para que o povo seja beneficiado pelas políticas implementadas. Sem populismo.
No Brasil, todavia, é muito comum que haja culto a alguém que supostamente possa resolver todos os problemas do país. Não há panaceia possível, não há uma única pessoa que cure todos os males.
Para sanar as principais mazelas, precisamos de um Parlamento atuante e probo, um Presidente que intermedeie as relações e um Judiciário que seja um guardião da Carta Magna.
Se todos os poderes executarem bem suas funções, o país certamente ganhará.
Não há um juiz, governante ou pessoa pública em quem se devam depositar as esperanças de um país melhor, como se fossem os últimos bastiões da moralidade ou da  perfeita administração.
Como humanos falhos, são passíveis de cederem ao egocentrismo, à arrogância e também à ganância. Estas fazem com que roubem e também permitem que quem os rodeiam queiram seu quinhão. Ser centro do Universo é algo que acompanha os ditadores.
O Brasil não precisa de caudilhos e assemelhados para salvar o povo. Há as instituições democráticas, felizmente.
Pai do povo, mãe de todos e outras terminologias demagogas são dispensáveis.
Os incautos pensam que ações de ladrões do erário que supostamente favoreceram a população são salvo-conduto para que eles assaltem os cofres públicos e ainda enriqueçam suas órbitas ( familiares, amantes, amigos...).
Aqueles que defendem tais figuras abjetas podem ser chamados de ingênuos, mas também podem ser mal-intencionados, visto que sabem que seus eleitos são bandidos, mas se arvoram no direito de advogar em sua defesa, sob o argumento canalha que outros políticos também roubaram.
Falsos messias contemporâneos, são facínoras travestidos de salvadores, de quem não se precisa.
As instituições devem bastar para que se faça uma grande Nação...
Nissimiel

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

APROVAÇÃO DA PEC 241



Muitos não gostaram da aprovação da famosa PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL 241, que limita os gastos públicos da União.
É uma medida ruim, como já foi observada aqui neste espaço.
Apesar disso, cabe reiterar que algo precisava ser  feito para construir uma saída para o caos que se instalou no Brasil.
Uma bomba-relógio armada para detonar num futuro próximo, ou  um artefato que explodiu e destruiu a economia brasileira?
As duas alternativas parecem válidas, em razão da economia do Brasil patinar e o futuro não se mostrar nada alvissareiro...
Muitos estados da federação já não conseguem honrar o pagamento dos funcionários e as despesas corriqueiras, em razão da irresponsabilidade de governantes populistas que inflaram as contas, sem pensar nos anos vindouros.
A conta chegou e os entes federativos estão de pires na mão, suplicando ao governo federal que os socorra, como sempre fizeram. A fonte secou, entretanto, pois os cofres federais encontram-se vazios.
A gastança vem de longe, é bom que se diga, embora os últimos governos tenham despendido muito mais dinheiro que o erário poderia suportar.
Não se pode negar que os menos favorecidos pagarão a maior parte da conta que se apresenta.
Não obstante, é preciso estancar a sangria que solapa os cofres e promove ainda mais desigualdade, visto que poderia faltar dinheiro público para manter os serviços essenciais do país.
Isso prejudicaria os mais pobres, por certo.
Cabe dizer que não é verdade que estão congelados os recursos da Educação e Saúde, pois são as únicas áreas que serão contempladas com reposição da inflação do ano anterior.
Trata-se de disciplinar os gastos do Governo, que, independentemente do partido no poder,  sempre foi perdulário.
Falta também, claro, limitar e até cortar as mordomias dos parlamentares, do judiciário e dos altos funcionários públicos. Estes privilegiados ganham salários astronômicos e ainda têm penduricalhos que fazem com que seus rendimentos sejam um acinte à maioria dos trabalhadores brasileiros...
Nissimiel



domingo, 11 de dezembro de 2016

FIDEL: LÍDER OU DITADOR?


Há muitos adjetivos que podem ser atribuídos a Fidel Castro, morto no final de novembro.
Os que o admiram chamam-no de comandante, líder, enquanto seus detratores acusam-no de ditador, sanguinário.
Fidel comandou uma revolução e prometeu melhorar a vida dos compatriotas, além de fazer de seu país um lugar livre e democrático.
Mostrou-se avesso à democracia e aos direitos humanos, restringindo a liberdade e matando quem se opusesse a "revolução" que comandou.
Não se podem negar os avanços na educação e na saúde de Cuba, embora muitos manifestem ceticismo em relação a essas melhorias. Tudo é muito obscuro na ilha caribenha.
É inegável também a falta de itens essenciais que compõem uma democracia, como se sabe.
Os cidadãos da ilha não têm liberdade, bem inalienável a que todos seres humanos deveriam ter acesso.
Não se podem expressar opiniões contrárias ao regime, sem que se sofram sanções severas, ou punições que podem ser a perda do bem mais valioso: a vida.
No mundo todo, entretanto, existem os defensores de Castro, que argumentam pifiamente que os ganhos da tal revolução devem ser preservados.
Atribuem a Fidel qualidades que não correspondem à verdade, como democrata e defensor dos direitos humanos.
Fidel faz parte da história, certamente, mas não exatamente por razões pelas quais seus defensores exaltam-no.
Claro que ele representou a esperança ao tomar o poder das mãos de outro ditador, Fulgêncio Batista o que deu um alento de liberdade aos cubanos. Mas o que entregou ao seu povo foram opressão e uma vida regrada e próxima de miséria.
Os ganhos dos assalariados em Cuba são absurdamente baixos e há pobreza disseminada por toda sua extensão.
Seus admiradores em todo mundo ressaltam a igualdade que há por aquelas plagas.
Igualdade na miséria, na pobreza, em que não se passa fome, mas não se alcança prosperidade.
Aos apaniguados pela elite que comanda a ditadura, são concedidas benesses e coisas a que os "iguais" não têm acesso.
Culpar o embargo americano pelas desventuras do povo é argumento simplista, pois não há interferência dos Estados Unidos no comércio de Cuba com outros países.
O que falta na ilha é liberdade, registre-se. A sua ausência impede que os cidadãos tenham voz, que escolham seus representantes, que possam se locomover livremente. Sem contar a mordaça a que a imprensa é submetida.Não existe imprensa livre em Cuba!
Sem pilares essenciais que constituem uma democracia, como atribuir ao regime castrista qualidades que seus defensores querem pespegar-lhe?
O atraso da terra de Fidel não pode ser atribuído a outrem, senão ao próprio regime, que tolhe a iniciativa privada e concentra toda a economia nas mãos do Estado.
 Será que os que elogiam a política ditatorial cubana, gostariam de viver sob o regime opressor que tanto defendem?
Nissimiel