terça-feira, 24 de abril de 2018

O MÚLTIPLO JEAN MOTA. OU: COM O METRO NOS PÉS.

 JOGADOR DE MÚLTIPLAS FUNÇÕES

Certa vez, o treinador do Santos declarou que gostaria de contar com mais Jeans Mota em seu time.
Jair Ventura nem precisa se preocupar. Ele já os tem à disposição, pois Jean multiplica-se por todo o campo e desempenha funções com que todos técnicos sonham.
Ele compõe o lado esquerdo com Dodô, ora ficando na marcação, ora avançando para atacar, quando a oportunidade aparece.
Além disso, o camisa três do Peixe arma jogadas, dá combate, fica na sobra e dá lançamentos primorosos. O passe que deu para o segundo gol santista foi preciso. Cruzamento certeiro, que culminou com bola nas redes argentinas. Méritos do cabeceador, claro, mas não é fácil medir velocidade, altura e tempo da bola como fez o múltiplo Mota.
Nem sempre o jogador revelado pela Portuguesa aparece para a mídia, que prefere badalar os mais estrelados, como Gabriel e Rodrigo, garoto promissor que Ventura está lapidando.
Jean não é o típico operário da bola, que apenas destrói, pois sabe ser artífice das jogadas. Mas prefere atuar para a equipe, sem vaidades aparentes.
Tem qualidades para ser articulador e jogar mais recuado. Não há aqui a intenção de ser meramente hiperbólico, mas é justo dizer que Jean Mota tem um metro nos pés. Sua perna esquerda é milimetricamente exata.
Lança como poucos nesse deserto do futebol brasileiro, tão carente de atletas capazes de colocar o atacante na frente do goleiro adversário.
Não é apenas o treinador do Santos que precisa de jogadores do quilate de Jean Mota.
O futebol necessita do seu futebol solidário, efetivo e múltiplo...
Nissimiel

quinta-feira, 19 de abril de 2018

SÃO PAULO CAMINHANDO SOB PRESSÃO...

DIEGO AGUIRRE DEVE CONTINUAR SEU BOM TRABALHO NO SÃO PAULO

O São Paulo foi eliminado mais uma vez. A Copa do Brasil acabou para o Tricolor. Uma triste rotina para um clube glorioso, mas que atualmente não consegue vencer um campeonato sequer.
No jogo contra o Atlético do Paraná, fez o placar que lhe daria a classificação e parecia que a sacramentaria tranquilamente, até que Liziero cometeu um pênalti plenamente evitável que começou a derrocada da equipe de Aguirre.
O empate classificou o ajeitado time de Fernando Diniz. A diretoria do time paranaense apostou no talento do corajoso Diniz. Ele precisa de tempo para armar as equipes. E o Atlético joga um bom futebol, agradável de se ver.
Não é hora de caça às bruxas nem de ajuntar cacos, pois nada se quebrou.
Aguirre está fazendo um trabalho bom. É sério e merece continuar no comando da equipe.
Não se pode ignorar que o uruguaio faz o time jogar melhor do que seus antecessores, embora os insucessos teimem em acompanhar seu trabalho. Não é nada fácil treinar uma equipe com tanto tempo sem um título de expressão.
A pressão por causa desse jejum afeta os  jogadores que sentem a responsabilidade de levantar uma taça pelo Tricolor. O que fazer, então?
Segurar Diego Aguirre é primordial. Tem de ter tempo para formar uma equipe competitiva e dar confiança aos atletas.  A interrupção do trabalho não pode ocorrer. Que Aguirre tenha a confiança da cúpula são-paulina e siga em frente.
Trocar o treinador a cada fracasso nada resolve. Não é preciso ser gênio para se constatar isso.
Os cartolas, a cada campeonato perdido ou maus resultados, demitem o técnico. uma irracionalidade tal atitude, for sure...
Os clubes que mantém os técnicos por muito tempo fazem sucesso e têm ganhado títulos. Como refutar tal afirmação, se os maiores campeões do Brasil atual seguram seus treinadores?
Cruzeiro, Grêmio e o de novo favorito Corinthians são sinais claros da sensatez dos clubes que garantem a continuação do projeto de trabalho.
Os inúmeros comandantes que passaram pelo Morumbi nos últimos anos são provas inequívocas de que a rotatividade de treinadores não funciona.
Os torcedores têm razão em ficar bronqueados, claro, pois o São Paulo deixou escapar a classificação em casa.
Mas que a fanática torcida tricolor saiba esperar a hora de ganhar...
Nissimiel

domingo, 15 de abril de 2018

MAIS UM CAMPEONATO BRASILEIRO


Começou neste final de semana o campeonato brasileiro. E ele deve marcar, de novo, a vitória do futebol pragmático que se acostumou a ver no outrora país de futebol.
Os favoritos apontados pelos especialistas serão os mesmos do ano anterior, salvo melhor juízo.
O atual campeão é favorito, claro. Por causa do seu futebol de resultados e também por manter o treinador e sua filosofia de jogo, o Corinthians larga como candidato sério ao bicampeonato.
Palmeiras também é apontado por muitos como provável campeão, em razão dos altos investimentos que fez nos últimos anos. Tem a obrigação de ganhar, segundo seus torcedores.
Para este ano, trouxe Lucas Lima, que seria, em tese, a peça que faltava para formar um esquadrão capaz de ganhar os títulos que sua exigente torcida espera.
Mas a trajetória do ex-jogador do Santos não começou bem com a camisa verde.
Na decisão contra o Corinthians, em plena arena Allianz Parque, ele sumiu e não foi o diferencial de que sua equipe precisava. O resultado foi a perda do caneco do Paulistão para o rival.
Claro que Lucas Lima deve se recuperar e jogar um futebol de melhor qualidade durante o campeonato nacional. Pelo menos é o que os torcedores do Palmeiras esperam e, mais do que isso, exigem.
O Grêmio pode ser considerado um candidato ao título, desde que não abandone o Brasileirão para tentar o bicampeonato da América.
O Cruzeiro sempre preocupa seus adversários, posto que seu treinador foi mantido e a equipe conta com bons jogadores. Mano Meneses soube armar o time mineiro e deve dar trabalho aos adversários.
Também busca a conquista da Libertadores, por isso pode abrir mão do campeonato brasileiro em algum momento da competição.
O Flamengo, apesar dos jogadores que possui, não tem a confiança da sua imensa torcida. Fracassou no ano passado e precisa de ganhar títulos para justificar os gastos com os atletas renomados que tem.
Perdeu Everton, que foi reforçar o São Paulo. Bom jogador, deve fazer falta ao Flamengo e qualificar muito a equipe paulista.
Talvez falte um comandante de peso para dar um padrão ao time para alçar voos altos no Brasileirão.
Mas não se deve subestimar a tradição do Mengão. Olho nele, portanto...
Quanto ao São Paulo, espera-se que não brigue na parte de baixo da tabela. Um clube como o Tricolor paulista não pode lutar contra o rebaixamento como vem acontecendo nos últimos anos.
Resta esperar para ver como se comporta no início do campeonato. Diego Aguirre tem trabalhado para dar uma cara ao time e parece que dias alvissareiros virão.
A equipe tem melhorado sob o comando do uruguaio.
Tem bons jogadores em seu elenco e pode surpreender no certame. Se ganhar algumas partidas e solidificar sua maneira de jogar, pode ser a grata surpresa desta competição.
O Santos não parece capaz de conquistar o título do campeonato, mas não pode ser considerado carta fora do baralho. Há algum tempo, por força das circunstâncias, lançou alguns jovens atletas e todos sabem o resultado: campeão do Brasil, apresentando Robinho e Diego ao mundo do futebol.
As dificuldades financeiras do Peixe forçou-o a revelar jogadores de ótima qualidade.
Então...
A sorte está lançada!
Nissimiel

sábado, 7 de abril de 2018

PREGANDO PARA CONVERTIDOS. OU: A FILA.

CONVERTIDOS, PERO NO MUCHO.
QUEREM HERDAR SEUS VOTOS.
 PAULO PRETO FOI DETIDO. SE ELE FALAR, A FILA PODE SE FORMAR PARA A PRISÃO

Lula foi condenado e finalmente deve ser preso neste sábado, dia 7 de abril, para início de cumprimento da pena, conforme a justiça determinou.
Não  há necessidade de discutir aqui mais uma vez os méritos da sua condenação, posto que tudo foi feito de acordo com os preceitos da lei, embora seu séquito repita os mantras ideológicos.
Lula quer confirmar a narrativa de perseguição política a que ele diz ser submetido. Para isso, armou mais um circo, atrasando sua apresentação à justiça para criar um enredo para ser usado pela esquerda nas eleições deste ano, além de tentar passar para a posteridade como mártir ou herói nacional.
Caldo de galinha e pretensão não fazem mal a ninguém, diz o adágio.
Com a recusa em se apresentar para ser preso na data determinada, Lula deve imaginar que consiga angariar mais seguidores fanáticos como aqueles que já o seguem sem titubear e rezam a cartilha esquerdista confeccionada para enganar os incautos.
Com a manobra, a turba petista e seus agregados vibraram com a suposta coragem de seu líder, que desafiou "a elite que não quer que os pobres andem de avião, não tenham carro novo e não comprem geladeira, celular e televisão".
Sempre há dúvidas quanto a tal elite a que os esquerdistas querem aludir. Tal elite deve comportar as pessoas que são contra Lula e as esquerdas e abominam seus desmandos e crimes.
Para subir a rampa do Planalto, Lula e seu partido tiveram de abrir mão de radicalismos para conquistar os que deles tinham receio e tomaram de assalto (ops!) o poder.
Como se sabe, perderam a confiança daqueles que sufragaram Dilma e Lula nas urnas, em razão da imensa corrupção que houve nos seus governos. Fanatismo é difícil de explicar. Há ainda os cegos que defendem o criminoso Lula. Adiante.
Não vai funcionar a tentativa de postergar a rendição à justiça para mostrar uma força que Lula já não tem. Os convertidos acreditam no poder de seu líder, todavia. Apenas os convertidos, reitere-se.
Os que compareceram à missa (?) já rezam pela cantilena da esquerda. E tal repetição de ideias não conseguirá a adesão dos não fanáticos. Estes não creem nas mentiras de Lula.
No evento disfarçado de missa havia os já adeptos da religião lulista. Sempre é salutar lembrar que ele não coopta mais ninguém com seu discurso de perseguido político. Só confirma o discurso mentiroso aos que comungam das suas desfaçatezes.
O líder é, para desespero de seu séquito, apenas um criminoso condenado que deve ser trancafiado.
Claro que existem os que propugnam pela eternização do mito, embora o mentiroso-mor não reúna qualidades para ser eternizado.
Curiosa foi a justificativa para ficar solto mais um dia. Lula queria participar de da missa em homenagem ao aniversário de Marisa Letícia. É de bom tom lembrar que no velório da mulher o ex-presidente fez um longo discurso. Usou a cerimônia para fazer política, para espanto de muitos que se escandalizaram com sua iniciativa.
A missa, assim como a reclusão no sindicato, serviram apenas para ganhar aplausos dos convertidos, já que os brasileiros de bem não acreditam nas demagogias de Lula.
Para enfraquecer a narrativa vitimista de que se apropriaram os fanáticos lulistas, Paulo Preto foi preso nesta semana e o ninho tucano está agitado.
Ele é tido como operador do PSDB. Se ele resolver abrir o bico (ops!), muitas penas irão cair dos tucanos de grande plumagem.
Sendo assim, a detenção de Paulo Preto, esvazia o discurso esquerdista, segundo o qual apenas Lula é investigado e preso.
Tomara outros ladrões, políticos e assemelhados de todos os partidos sejam alcançados pela justiça.
Não é apenas Lula que deve ser preso, certamente.
Que ele puxe a fila dos outros enrolados na Lava Jato. De quaisquer colorações partidárias, for sure.
Para que não pairem dúvidas sobre a punição que merecem aqueles que roubam e permitem que os amigos se apropriem do dinheiro público...
Nissimiel

segunda-feira, 2 de abril de 2018

O FUTEBOL BRASILEIRO E O RISCO DA MODORRA. OU: OS POLOS IGUAIS

A TEMPERATURA ESQUENTOU EM ITAQUERA

O Corinthians levou a melhor contra o São Paulo e se classificou para a final do certame paulista.
A partida foi brigada e emocionante até o fim, embora não tenha apresentado uma plástica mais apurada dos dois oponentes.
O Tricolor tinha a vantagem do empate e suportou bem o domínio do Timão até o derradeiro golpe que levou a decisão para os pênaltis, em que o Corinthians levou a melhor.
O time da Fiel jogou contra o Palmeiras no sábado e perdeu o jogo e um dos seus mais importantes atletas. Clayson envolveu-se numa briga com Felipe Melo. Ambos foram expulsos por agressão.
Claro que o Timão pode derrotar o rival fora de casa, mas as coisas não ficaram fáceis para o alvinegro. Ganhar do rival no Allianz Parque é sempre difícil, embora não seja impossível.
O curioso é que as chances do time de Carille dependem do jeito do Palmeiras atuar.
Se resolver jogar para frente, como talvez exija sua torcida, o alviverde dará ao adversário a oportunidade de ser como é: uma equipe bem postada e que ataca quando o oponente se distrai.
O Palmeiras, assim como fez o São Paulo, adotou a estratégia corintiana.
O Timão sofreu para eliminar o Tricolor, que lutou até o fim. Jogou como o rival, pragmaticamente, e apenas por uma falha de marcação não eliminou o oponente em pleno Itaquerão.
No sábado, os comandados de Carille perderam em casa para o aplicado e pragmático Palmeiras.
Não há demérito na vitória do Palmeiras, é claro. Fez do jogo defensivo sua arma e saiu vitorioso. Até os jogadores mais talentosos, caso de Dudu e Lucas Lima, abriram mão da técnica para suar muito a camisa, em defesa das cores palmeirenses. Quase nada criaram.
Se quiser ser campeão, Roger Machado tem de fazer sua equipe correr muito e jogar como atuou em Itaquera.
E mostrar a eficácia do último jogo, em detrimento da beleza de seu futebol.
Como se sabe, o pragmatismo de Carille, herdado de Tite, vem fazendo escola.
O adversários já conhecem o estilo e o jeito retrancado ( e eficiente, diga-se) do treinador e estão usando a mesma estratégia. Em razão da falta dos talentos, é mérito organizar bem a equipe e ganhar, como tem feito Carille.
Quase nada a refutar, a não ser a evidente feiura das partidas pelos campos do Brasil.
Sendo assim, cria-se o antídoto, que é jogar da mesma forma do atual campeão brasileiro. Em outras palavras, dar ao inimigo o mesmo veneno recebido. O problema é: como ficarão as partidas daqui em diante?
Não se deve negar o mérito corintiano, é importante reiterar, mas há o perigo de polos iguais chocarem-se durante as próximas competições.
Os jogos podem se tornar altamente defensivos e insossos. Tomara apareçam outras fórmulas de se jogar futebol, sem as quais o esporte tornar-se-á enfadonho e repetitivo.
Novidades táticas serão benéficas para o combalido futebol brasileiro. Sem tais inovações, o esporte mais popular do Brasil corre o risco de viver do pragmatismo e da modorra presentes no estilo de jogo do Corinthians...
Nissimiel