terça-feira, 4 de agosto de 2020

SOBRE GENOCIDAS, ENTREGADORES DE PIZZAS E AFINS...




GENOCÍDIO VERDADEIRO
 

                                          
A esquerda tem um mérito irrefutável. Consegue convencer muitos incautos de que é dona de todas as virtudes do mundo, enquanto aos adversários atribui todos os males que existem. Como se a abertura da caixa de Pandora derramasse sobre os inimigos as malignidades do mundo.
Quem discorda das suas narrativas mentirosas recebe pechas das mais variadas. 
Agora, todos que são de direita são fascistas, genocidas ou nazistas, como se fosse tão simples assim pespegar a outrem as atrocidades perpetradas por verdadeiros monstros que assombraram o mundo num passado que todos deveriam sepultar.
Não se defende neste espaço que as mortes daquele tempo sejam esquecidas, por certo. Devem ser lembradas, até para que tais matanças não se repitam. Mas abusar do vocábulo, como se seu uso fosse candura, pode fazer com que ele perca seu verdadeiro e tenebroso significado. Os clichês podem ser formados assim, pela repetição de coisas relevantes, muitas vezes até verdadeiras, mas que se tornam lugares-comuns. 
Chamar alguém de genocida virou recurso retórico de desqualificação, como se o termo pudesse ser associado a qualquer um. Assim, poderiam ter a alcunha: quem deixa de socorrer alguém, o político adversário, o  prefeito, o governador, o presidente, o vizinho que discorda de alguém, a pessoa que anda sem máscara, quem pensa diferente, a pessoa que necessita de trabalhar { não se deve esquecer dos entregadores de pizza e outros produtos ( fique em casa!), que podem ser, por assim dizer, genocidas do bem...}
A lista poderia crescer muito, porque cada uma das pessoas poderia acrescentar mais "genocidas" ao seu universo vocabular.
Um dos riscos da banalização do termo é que, quando aparecer algum verdadeiro genocida, pode ficar difícil sua identificação, no meio de tantos "assassinos"...
Nissimiel