segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O DEDO DO MAL. OU: O TRISTE OCASO DE RODRIGO

TRISTE FIM PARA RODRIGO...

Rodrigo foi campeão brasileiro pelo São Paulo. Também ganhou título na Ucrânia e foi campeão pelo Vasco da Gama, pelo Internacional, além de vencer o campeonato quando defendeu as cores do Goiás.
Rodrigo é um vencedor no mundo do futebol, indubitavelmente.
Poderia ter mais conquistas no difícil e concorrido esporte, mas não tem do que se queixar.
Se teve juízo, tem patrimônio para viver confortavelmente. Não se tem notícias sobre sua vida pessoal, que aliás, não interessa a ninguém, a não ser aos tabloides sensacionalistas.
Além dos títulos conquistados, coleciona polêmicas.
Zagueiro com bons recursos técnicos e temperamento forte, Rodrigo vestia a camisa dos clubes de verdade e provocava os rivais.
Algumas torcidas gostam de atletas assim, que criam fatos e confusões na defesa de seus clubes.
As provocações podem ser feitas para promover os espetáculos. Os atletas que faziam isso já não o fazem, com medo do odioso politicamente correto, que vem tornando o mundo chato e sem graça.
Claro que tudo tem um limite e cada um deve saber o que promove e o que agride.
No domingo, durante a partida em que a Ponte Preta vencia o Vitória e conseguia condições para se livrar do rebaixamento contra o qual lutava há muito tempo, Rodrigo resolveu provocar o adversário, a fim de desestabilizá-lo.
A provocação de Rodrigo ultrapassou a imaginação e as roupas que o atacante usava.
Deu, por assim dizer, uma "dedada" no colega de profissão.
É relevante dizer que o placar marcava dois a zero para a Macaca campineira e o time do Vitória parecia entregue, completamente nocauteado.
O zagueiro, no seu momento "novembro azul", foi surpreendido pelo auxiliar, que, por assim também dizer,"dedou" Rodrigo ao árbitro, que corretamente o excluiu do jogo.
A Ponte perdeu o jogo e foi rebaixada antecipadamente.
A torcida não perdoou os jogadores campineiros e invadiu o gramado.
Fim de jogo e de linha para Rodrigo e a Ponte Preta.
Como alegar destempero emocional se seu time vencia com méritos e tudo caminhava para um triunfo da Macaca?
Muitos jogadores de futebol confundem raça e vontade com truculência e violência.
Rodrigo é velho conhecido de todos que trabalham no esporte.
Não se deve ser leviano e falar do caráter de Rodrigo, posto que sua vida privada não compete a ninguém avaliar, mas sua conduta dentro das quatro linhas não pode ser classificada como exemplar.
Bom jogador, poderia ter escolhido uma maneira melhor de encerrar sua trajetória no futebol...
Nissimiel

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

CAMPEÃO PELA SÉTIMA VEZ, MERECIDAMENTE.



 CORINTHIANS DEVE MUITO A CARILLE

O Corinthians conquistou o campeonato que desde o início desenhou-se em preto e branco.
Não foi um primor de técnica a competição, mas é honesto reconhecer que o Timão mereceu o título, pois se preparou para as adversidades e se organizou para o desfecho final.
Claro que alguns adversários que poderiam ameaçar o time de Carille fizeram apostas equivocadas, ao privilegiar outras competições, caso de Palmeiras e Santos, reféns do sonho da Libertadores da América.
O Cruzeiro abocanhou a Copa do Brasil, que o credencia a disputar a edição 2018 do objeto insano de desejo que persegue os times brasileiros, a Libertadores, e que os fazem desdenhar dos outros campeonatos que poderiam ganhar.
O Grêmio, que praticava o melhor futebol do Brasileirão e teria enormes chances de rivalizar seriamente com o Corinthians,  abriu mão da competição por causa da Libertadores.
Renato Portaluppi escalou equipes alternativas muitas vezes,  tudo em nome do tal planejamento e por receio de lesionar jogadores importantes durante os jogos do campeonato nacional. Não queria perder a chance de ser campeão da América.
Mesmo com muito tempo entre os jogos da Libertadores, Renato preferiu poupar seu principais valores, em detrimento do Brasileirão.
Se ganhar a taça continental, serão entoadas loas em seu nome e da escolha que fez, mas se o título não vier, o ano estará perdido e as cobranças da torcida serão inevitáveis...
O Flamengo contratou jogadores consagrados para, claro, ser campeão da Libertadores. Sua pífia participação no torneio revoltou seus fãs. Tenta retornar à competição em 2018, ganhando a Sul-Americana neste ano. Para persegui-la loucamente de novo...
No Brasileiro, o time carioca não jogou de acordo com os nomes que tem em seu elenco.
Já o Corinthians focou suas forças na competição e fez o melhor primeiro turno da história dos pontos corridos e pôde oscilar na segunda parte do campeonato, mas não o suficiente para ser superado na tabela.
Por tudo que realizou e por causa do descaso de alguns clubes e incompetência dos demais, o Timão ganhou seu sétimo título.
Nissimiel

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

VALDEMAR COSTA E AÉCIO NEVES




Apesar de tudo que envolve seu nome, o senador Aécio Neves ainda preside seu partido.
Foi ameaçado de prisão e de perder o cargo por supostamente ter pedido a Joesley Batista dois milhões de reais. Tudo isso é muito grave, não se pode negar. Mas sua prisão seria ilegal, posto que só poderia ser preso em flagrante delito, o que não foi o caso. É de bom tom que se destaque isso.
 Depois de se livrar temporariamente das acusações, eis que surge novamente Aécio, destituindo Tasso Jereissati do comando do PSDB e tentando dar as ordens no ninho tucano.
As plumagens de todas as tendências internas agitaram-se contra e a favor de Aécio Neves.
Afinal, é uma liderança, para o bem e para o mal.
Há, todavia alguns aspectos a se considerar, como se verá adiante.
Como um político investigado e acusado de malversação de verbas públicas durante seu governo em Minas Gerais pode ainda ser dirigente de partido político e interferir nas decisões importantes do país?
É que estamos no país dos paralelepípedos (onde não se assenta um sem propina, segundo o advogado de Fernando Soares, Mário Oliveira Filho...) e tudo é considerado normal pelos facínoras que costumam assaltar os cofres públicos.
Até um senador investigado por supostos desvios de milhões na construção da Cidade Administrativa em Belo Horizonte ter poder para decidir o destino de partido político é normal, sob a ótica dos bandidos que pululam por estas plagas sem lei, o Brasil.
Valdemar Costa Neto, condenado no Mensalão e investigado por outros crimes, dita as regras no PR.
Apenas no país dos paralelepípedos uma excrescência dessas seria aceita, é bom ressaltar. Num país sério, e o Brasil não o é, isso pode ser considerado normal.
Pois bem, para que os votos de seu partido na Câmara fossem pró-Temer, exigiu que o aeroporto de Congonhas não fosse  privatizado e continuasse a injetar recursos na deficitária Infraero, que  abriga apaniguados dos que estão no poder. Acrescente-se que a estatal é feudo de Valdemar.
Assim, para ajudar Temer a se livrar do processo que poderia culminar com sua defenestração, mantêm-se o aeroporto de Congonhas e o peso nas costas (ops!) do Estado para empregar apaniguados dos partidos que sustentam Temer no poder. Para isso servem as estatais!
Nissimiel

sábado, 11 de novembro de 2017

CORINTHIANS CAMPEÃO!

O PRAGMÁTICO E VENCEDOR CARILLE

Claro que os tais "deuses do futebol" (para os que acreditam em seres que regem e modificam o esporte bretão), podem punir o modorrento e chato futebol corintiano e deixar a Fiel sem o desejado e já comemorado sétimo título nacional, mas há de se convir que o risco é mínimo.
Até os mais fanáticos "secadores" rivais já dão como fechado o campeonato. Os aficionados fiéis já gritam sem pudor: "é campeão!". E quase todos concordam com a Fiel...
Não se quer tirar, absolutamente, os méritos de Carille e comandados na iminente conquista, é bom que se ressalte. Mas é forçoso reconhecer que a plástica de jogo raramente aconteceu no percurso alvinegro neste ano. Não foi exatamente a beleza que povoou as partidas em que o virtual campeão esteve presente. Muito pelo contrário. Não pode dizer que seja um arremedo de time, mas não se trata, evidentemente, de um primor de equipe.
Ganhou as partidas de que precisava e nem sempre mereceu as vitórias que se lhe ofereceram.
Pragmatismo na mais exata definição pode explicar o sucesso do Corinthians, combinado com a incompetência dos adversários que poderiam ganhar a taça.
Seguramente foi o campeonato mais fraco tecnicamente de todos os já disputados no Brasil.
Ganhou o que se organizou minimamente para disputá-lo, como vem acontecendo há muitos anos nestas plagas.
Nada a refutar, portanto, a respeito da conquista do time de Itaquera.
Pode-se apenas lamentar a má qualidade do futebol do campeão e no resto do país, cada vez mais carente dos grandes jogadores e de equipes mais qualificadas que encantem o torcedor exigente. Aquele que aprecia um futebol que produza títulos, claro, mas que também emocione e embeveça os fãs do esporte mais popular do Brasil.
As próximas rodadas servirão para sedimentar a conquista do troféu pela equipe que, mesmo praticando um jogo que beirou à mediocridade, superou os obstáculos e os rivais.
O Corinthians já pode bordar mais uma estrela na seu glorioso uniforme, a não ser que uma catástrofe gigantesca ocorra...
Nissimiel

domingo, 5 de novembro de 2017

O CAMPEONATO NÃO ESTÁ DECIDIDO AINDA...



CAMPEÃO?
DEPENDE DOS TROPEÇOS DO RIVAL 
TÍTULO FICOU MAIS DISTANTE



0 Corinthians derrotou o Palmeiras e abriu seis pontos de vantagem sobre o Santos, o segundo colocado na competição nacional. O Verdão tem oito a menos.
Os torcedores alvinegros parece que  recuperaram a confiança no time e fizeram uma festa digna de final de campeonato.
A comemoração é justa, visto que havia um peso e pressão enormes nas costas dos comandados de Fábio Carille.
Claro que o Timão e seus fãs devem celebrar a ótima vitória sobre o tradicional adversário em Itaquera. Foi um jogo cheio de alternativas e gols em profusão, um verdadeiro clássico.
Cumpre dizer aqui que o treinador colocou seu time mais à frente do que tem sido a tônica do Corinthians na temporada.
Contrariando as expectativas, a equipe de Carille jogou melhor e mereceu ganhar.
Deixou de lado o jogo modorrento que caracterizou sua caminhada durante o certame e foi pra cima do Verdão. Poderia ter feito mais gols no primeiro tempo.
Aproveitando-se da acomodação dos corintianos, o time de Alberto Valentim quase empatou no final, quando o Timão recolheu-se ao seu campo e aguentou a pressão do oponente, que flertou com o empate até o fim. É um alento aos verdes a força demonstrada no confronto.
Deve-se apontar uma falha da arbitragem, que validou o gol de Romero, impedido, quando tocou a bola para o fundo da meta palestrina. Mais um erro que se soma a muitos outros neste campeonato, mas que não pode ser usado como justificativa  para macular o campeonato, caso se confirme a conquista do líder. Houve equívocos dos apitadores em muitos jogos, ressalte-se.
Caldo de galinha e prudência, parafraseando o adágio, não fazem mal a ninguém.
Que o Corinthians não se iluda, portanto, porque nada está decidido, embora tenha aumentado sua vantagem sobre os rivais novamente.
Restam seis rodadas a ser cumpridas e a diferença pode ser tirada pelos concorrentes, que têm uma tendência de atacar mais do que o Timão. Empates combinados com vitórias dos concorrentes diminuirão a diferença que os separa.
A liderança que ostenta é fruto de sua campanha praticamente irretocável no primeiro turno, quando abriu muitos pontos sobre os rivais.
A diferença técnica entre os times neste Brasileirão é muito pequena, mas o que melhor se organizou foi o Corinthians e por isso merece estar na liderança e até faturar o caneco ao final.
Se o time de Itaquera mantiver a qualidade do futebol apresentado hoje contra o Palmeiras, pode encomendar as faixas. No entanto, se seguir a tônica do horroroso segundo turno, com derrotas e empates seguidos, seus perseguidores mais próximos alcançá-lo-ão e periga transformar em frustação o sonho da Fiel.
 Nissimiel