OS OUTROS E O JEITO COLOMBIANO DE JOGAR FUTEBOL

Os alemães têm um time compacto, que joga pragmaticamente, mas também pode oferecer um bom espetáculo de futebol, com técnica e habilidade.
Os holandeses, famosos pelo carrossel de 1974, mostraram ao mundo um futebol bonito e eficiente, mas que sucumbiu ao futebol força da Alemanha, que acabou campeã naquele ano. Eficiência pura.
A Laranja Mecânica novamente dá espetáculo, com um time rápido e que se apoia no talento e na velocidade de Robben. É preciso muito cuidado com ele e com Van Persie.
A Argentina tem uma equipe apenas razoável, não joga o que muitos esperavam. Di Maria, uma das estrelas da companhia, tem frustrado os torcedores. No Real, mostrou-se decisivo, mas na seleção tem sido ofuscado pela presença de Messi, este sim, fazendo os gols importantes para a Argentina. Messi não está tão bem acompanhado no campeonato quanto é bem assistido no Barcelona, em que pode desequilibrar, mas não é o único capaz de fazê-lo, pois há outros que também resolvem.
O Brasil, dependente de Neymar, não conseguiu ainda uma exibição que convença o mundo esportivo de que pode ser campeão. Tradição nem sempre ganha campeonato. Ganhou hoje no sufoco do Chile, nos pênaltis, graças a Júlio Cesar. Não deve ir longe na competição, se jogar como contra os andinos.
Para finalizar, há a Colômbia. Pratica um futebol eficiente e bonito. bem ao seu estilo, com toque de bola pra frente, dribles desconcertantes, como faz o habilidoso Cuadrado, por exemplo. Tem um ótimo goleiro, Ospina, uma zaga que sabe sair jogando, um meio de campo que faz a transição com o ataque com facilidade e um ataque que faz gols.
Além, disso, conta com o melhor jogador da competição, James Rodriguez, artilheiro e "dono" técnico da equipe.
Se jogarem como vêm fazendo, os colombianos podem perfeitamente ganhar do Brasil e partir para a conquista da Copa. O que seria uma vitória do futebol bem jogado, sem retranca e competitivo...
Nissimiel

JÚLIO CESAR DECISIVO E VITÓRIA BRASILEIRA. E AGORA?

O Brasil ganhou do Chile, nos pênaltis. O enredo não foi do jeito que a torcida queria, com o time jogando bem. Muito pelo contrário. Foi uma partida duríssima, com os andinos oferecendo perigo ao Brasil e tomando conta do meio de campo em determinados momentos do jogo. Mas passou à próxima fase da Copa do Mundo, para a alegria dos seus torcedores. E foi graças ao seu contestado goleiro, que defendeu duas cobranças de penalidades. Júlio Cesar foi o melhor jogador do Brasil. Isso já bastaria para dimensionar a autuação do time brasileiro, refém da genialidade de Neymar, que dessa vez, não resolveu a situação para sua equipe. Quando o atleta do Barcelona joga mal, o Brasil pena... e dá pena de se ver.
Não que o Chile tenha um super time, mas é uma equipe bem mais organizada taticamente do que a de Felipão. Toca bem a bola, com consciência. Durante boa parte da peleja, atuou melhor do que a Seleção Brasileira. No fim do jogo, acertou uma bola na trave e por pouco não derrotou o time de Scolari. Se jogar assim na próxima partida, o Brasil pode perder para o aplicado time do Uruguai, ou a organizada Seleção Colombiana, esta melhor do que aquela. A Colômbia tem jogadores habilidosos, como Cuadrado, além de um meia legítimo e autêntico articulador como quase não se vê mais: James Rodriguez. Joia raríssima. Fez um golaço contra o Japão, mostrando seu talento.
Se não se perder na costumeira displicência de seus atletas, o time da Colômbia é um forte candidato, não só a ganhar do Uruguai, como também a desbancar o Brasil. E, se passar por esses dois adversários, é um dos favoritos ao título. Mas que não se desdenhe do Uruguai, sempre guerreiro...
Afinal, de que se falava neste espaço? Da vitória do Brasil e de Júlio Cesar. Mas é sempre interessante falar sobre o belo futebol que joga a Colômbia, o possível próximo adversário...
Nissimiel

ONDE ESTÃO OS ARTICULADORES?

Nesta Copa do Mundo, acontece algo que já se nota durante os jogos dos campeonatos pelo planeta afora: a ausência de meias, daqueles capazes de pensar nas jogadas de seu time, de dar um passe aprofundado aos atacantes e que também sejam capazes de armar jogadas, cadenciar o jogo, ou acelerá-lo, quando necessário.
Atletas da qualidade e estilo de Zidane, Zico, Platini, Pedro Rocha, Gerson...
Tipo de jogadores em extinção e que fazem uma falta muito grande às equipes de futebol, seja pela beleza que emprestam ao espetáculo, seja pela solução que apresentam ao time a que servem.
No Brasil, temos apenas um com essas características, porém não foi convocado. As razões para a não convocação são conhecidas. Scolari tinha seu grupo fechado e disso não abre mão. Outra alegação foi que não manteve uma regularidade durante o ano. É um jogador inconstante, dizem. Some do jogo. Trata-se de Ganso, que muitos consideram desligado, sem compromisso e um jogador comum. Não é, absolutamente. Joia rara, Paulo Henrique Ganso pode, numa partida difícil, colocar o atacante em condições de fazer o gol, além de proporcionar momentos de pura magia com suas jogadas, tão ausentes nesses tempos bicudos em que a mediocridade impera na maioria dos campos do mundo. Num momento de necessidade, poderia resolver. Ainda mais com Neymar, velho conhecido ao seu lado. Poderia ser o arco que falta à flecha...
As seleções que disputam este campeonato no Brasil carecem de um articulador. Não existem jogadores que lancem, que toquem a bola, enfim, que façam como faziam os meias citados anteriormente. Sem saudosismo, nem viuvez. É apenas uma constatação.
Nissimiel

BRASIL, MÉXICO E O FAVORITISMO

Muitos consideram o Brasil favorito. Não só contra o México, mas também à conquista do título.
Tirando o ufanismo que acompanha quase sempre o time do Brasil, a Seleção é uma equipe comum, como outras que estão disputando este mundial.
No jogo contra o México, não houve nenhuma melhora em relação à partida contra a Croácia. Não há um articulador que saiba controlar o jogo, que abasteça os atacantes brasileiros. Fred não consegue pegar uma bola em condições de fazer um gol, justamente pela falta de quem organize o meio de campo da Seleção e o municie. Não há centroavante que faça gols com tal esquema, a não ser que seja num lance fortuito, o que não tem ocorrido com a Seleção.
Não por culpa do treinador, pois ele não dispõe de nenhum jogador com características de articulador. Resta a Felipão achar uma maneira de fazer com que a equipe não dependa tanto de Neymar, o único diferente que há no Brasil. No segundo tempo da partida, o time brasileiro até que tentou furar o bloqueio mexicano, mas suas tentativas foram infrutíferas. A bem da verdade, deve-se salientar o goleiro adversário, que conjurou todas as investidas dos brasileiros. Júlio Cesar, contestado por muitos, também evitou gols do México, é bom que se diga.
Uma equipe que quer ser campeã, não pode, de maneira alguma, ficar na dependência de um só jogador, mesmo sendo um extraordinário atleta do quilate de Neymar.
Para conquistar o sexto título, o Brasil precisa galgar muitos degraus no seu futebol. Se enfrentar Espanha, , Holanda e, principalmente Alemanha, jogando nessa limitação atual, certamente será derrotado. A Argentina, que não teve uma grande estreia, representa um perigo sempre, pois conta com Messi, o melhor do mundo (apesar da escolha de Cristiano Ronaldo pela Fifa, ele é melhor...)
Por todos esses fatores, o favoritismo não deve ser creditado ao Brasil. A não ser que o time consiga jogar mais do que tem feito. Muito mais. E que, como os brasileiros acreditam muito nisso, a mística da camisa amarela prevaleça mais uma vez...
Nissimiel

ELITE BRANCA CONTRA DILMA

No jogo de abertura da Copa do Mundo, a presidente Dilma deveria seguir o protocolo e discursar, mas devido ao medo de ser hostilizada com vaias, ela não o fez. Foi sua opção. Acertada ou não, respeite-se a presidente.
Entretanto, o público achou uma maneira grosseira de manifestar sua insatisfação com a presidente da república.
Xingou-a num brado retumbante, mandando-a para aquele lugar. Uma coisa lamentável, sem dúvida. A figura da presidente deveria ser resguardada. Trata-se de uma instituição, representada por Dilma.
Houve manifestações a favor e contra os xingamentos a que Dilma foi submetida, o que é perfeitamente normal,.Afinal, vivemos numa democracia, pelo menos por enquanto. Não existe marco regulatório nas redes sociais nem na imprensa brasileira, embora os aliados e o PT quisessem a censura camuflada no país.
Já houve nas redes sociais repúdio contra os torcedores e apoio à presidente, o que é direito de qualquer um, claro.
Numa rede houve um discurso, entretanto, que merece um comentário, não pelo apoio à Dilma, mas pelo discurso anacrônico e imbecil, falando sobre uma tal "elite branca" que torce contra o país, contra as mulheres, e, consequentemente contra a "presidenta".
Resta saber a que elite a pessoa se refere. Na defesa de Dilma, argumenta que quem estava no estádio era a tal "elite branca", que pôde pagar o caro ingresso no Itaquerão. Não seria, ainda de acordo com a defensora da presidente, pessoas pobres, pois essas seriam eleitoras do PT.
 Mas o governo não disse que a Copa foi feita para os pobres? Quando Lula fez de tudo para trazer o evento para o Brasil, fez questão de citar o povo pobre como maior favorecido pela Copa.
Quem faz parte da tal elite? Quem não vota em Dilma? Quem não comunga das ideias de seu partido? Há racismo na expressão ou trata-se de um recurso de linguagem? Tantas perguntas...
Cabe uma explicação. Mas que quem grita raivosamente contra a "elite branca" tem argumentos para isso? Ou possui apenas o discurso velho, desgastado e cheio de palavras de ordem, decoradas  que algum "companheiro" repetiu?
Nissimiel

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO, ÁRBITRO E VITÓRIA

Os adeptos de teorias da conspiração devem estar esfregando as mãos, afinal seu vaticínio já começou a se desenhar: a Copa está comprada! A taça do mundo é nossa! Com o nosso time e com a ajuda dos árbitros, não há quem possa!
Sempre há aqueles que defendem algumas teses. Uma delas é que quando o governo pode, usa o esporte para lucrar eleitoralmente. Seria o momento ideal para aferir dividendos aos políticos que dizem governar o Brasil. De acordo com essas teses conspiratórias, o Governo comprou tudo: árbitros, Messi, Cristiano Ronaldo Robben, Iniesta, Eto' o, Rooney, Ozil... Sai caro, não? Há quem acredite. Como em 1998, a França, no fatídico jogo da convulsão de Ronaldo, pagou para ser campeão e subornou o time inteiro do Brasil. Agora, seria nossa vez no balcão do futebol.
Pois bem, a Seleção Brasileira ganhou da Croácia com uma enorme ajuda do árbitro japonês, que viu pênalti numa jogada do apagado Fred, que simulou um empurrão do adversário.
Era o gol da virada, na cobrança feita pelo melhor jogador do Brasil, Neymar.
Um pouco depois, o juiz viu uma falta no goleiro brasileiro. Não houve a infração. Júlio Cesar saiu muito mal do gol e permitiu o cabeceio do croata, que preparou a jogada para, depois da tentativa de David  Luiz de tirar o perigo, outro companheiro chutar a bola ao fundo da meta brasileira.
O árbitro japonês, entretanto, enxergou demais e, novamente, prejudicou a equipe europeia.
Para quem aprecia teorias da conspiração, um prato cheio, entornando. O campeonato está comprado!
Para quem não crê nelas, precisa torcer para que o time de Felipão atue melhor e não dependa de erros da arbitragem para vencer seus próximos jogos.
Nissimiel


 

ABERTURA DA COPA DO MUNDO

Começa hoje, dia 12 de junho de 2014, o maior evento já ocorrido no país.
A Copa do Mundo inicia-se com a partida entre Brasil e Croácia e é essencial para as pretensões brasileiras na competição que haja uma vitória. Se prevalecer a lógica, ganha o time de Felipão.
O Brasil é favorito e deve confirmar isso com uma certa dificuldade, em razão do nervosismo inicial do jogadores, alguns muito jovens, apesar de já rodados no mundo do futebol.
Apesar da revolta dos cidadãos com o uso de dinheiro público em obras que deveriam ser encampadas pela iniciativa privada, o povo vai torcer pelo sucesso da Seleção.
É sempre bom lembrar da promessa de que não haveria dinheiro oficial envolvido na organização do campeonato. Evidentemente, uma mentira deslavada dos políticos e ladrões (desculpe-me pela redundância) que trouxeram a Copa ao Brasil.
Um país com tantas mazelas não deveria sediar uma competição deste porte, pois há muito o que se fazer para seja considerado um país justo. Seu povo deveria ter direitos mínimos assegurados, como por exemplo Segurança, Saúde e Educação, apenas para falar do básico.
 Salários dignos são urgentes para um povo que às vezes tem somente o essencial (quando tem) para sobreviver, mas tudo isso já foi bastante debatido e o momento é de esperar para ver como a Seleção vai se comportar na sua estreia.
A realização da Copa pode servir como um bálsamo ao brasileiro, tão aviltado em seus direitos elementares, por isso talvez seja uma boa oportunidade de proporcionar ao torcedor alguma alegria nesses tempos em que não tem muito o que comemorar.
A sorte está lançada!
Nissimiel

FÁBIO, GOLEIRO E EXEMPLO DE SER HUMANO

Embora muitos o quisessem na Seleção Brasileira, o goleiro do Cruzeiro, exemplo de equilíbrio, competência e humildade não foi convocado por Felipão.
Honesto e ponderado, nunca se vê Fábio xingando os companheiros de time ou se exasperando contra decisões dos árbitros de maneira desrespeitosa como a maioria dos atletas faz. Tem sangue nas veias, lógico, porém não se exalta além do limite, falando palavrões por exemplo, mesmo quando seu time é prejudicado.
É um ser humano exemplar, que demonstra uma postura ética e honesta. Um homem, na verdadeira acepção da palavra,
São poucos os jogadores que não se envolvem em encrencas fora das quatro linhas. Fábio é uma dessas exceções. Nunca se viu ou se ouviu nada a seu respeito que o desabonasse.
Fábio pode até, humano que é, cair em alguma armadilha extra campo, porém, pelos princípios éticos, religiosos e familiares que o regem, dificilmente seria apannhado em arapucas que surgissem no seu caminho.
Grande goleiro, não se sabe o porquê de ser preterido, apesar de ter sido o melhor goleiro do ano passado e ainda seu time ser sido campeão brasileiro em 2013.
Há muitos jogadores que foram injustiçados na Seleção Brasileira. O treinador tem suas preferências e é claro que deve ser respeitada sua decisão de não levar para a equipe nacional aqueles  de quem ele não gosta. Ou convocar os que ele prefere.
A lista de atletas que nunca foram a uma Copa do Mundo é longa. Fábio entra nela. Talvez nem tenha tempo para sonhar com a próxima competição na Rússia, por causa da idade. Se não foi relacionado agora, possivelmente não o será daqui a quatro anos.
O seu caráter, entretanto, deve ser reverenciado, pois é também excelente ser humano.
Que tenha sua família e sua carreira profissional no Cruzeiro como prioridades na sua vida, em detrimento da sua presença na Seleção do Brasil.
Seu sucesso será, certamente, maior, tanto no Cruzeiro, quanto na sua família...
Nissimiel

SELEÇÃO BRASILEIRA É A PRINCIPAL FAVORITA AO TÍTULO?

Sempre que começa qualquer competição em que está envolvido, o Brasil é um dos candidatos ao título. Os adversários admitem isso. Na maioria das vezes até fazem questão de exaltar os atletas sul- americanos, numa armadilha que quase sempre funciona. O Brasil já foi vítima algumas vezes.
Mesmo quando a equipe não está tão bem preparada, é natural que o maior campeão mundial de futebol seja considerado um forte candidato, seja pela tradição, seja pelos jogadores que o representam.
 Há algumas razões para que se acredite no sucesso do escrete dirigido por  Luiz Felipe Scolari: o fato de jogar no país, com apoio da torcida, ter bons jogadores e um técnico vencedor, mas acima de tudo, por contar com Neymar, um dos melhores do mundo na atualidade.
Todos os fatores parecem contribuir para que o campeão seja o Brasil, porém a história pode ter um final amargo, se alguns ajustes não forem feitos no time. Não é a mais qualificada desta Copa do Mundo, embora os ufanistas creiam nisso.
A dependência da genialidade do jogador do Barcelona pode ser fatal para as pretensões dos comandados de Felipão.
Se for bem marcado, há o perigo de não decidir os jogos como dele se espera. Scolari não conta com ninguém com a capacidade técnica de Neymar e seu vasto repertório de jogadas.
E se ele estiver num dia infeliz? Quem resolverá? É evidente que existem bons jogadores, como Oscar, Paulinho, Fred, que é artilheiro nato, Willian (que não foi testado devidamente em uma competição tão dura quanto uma Copa), mas...
Oscar está apagado, sem tesão. Paulinho não pode ser considerado um craque excepcional, apesar de ter capacidade também ofensiva e marcar gols decisivos, seja na época do Corinthians ou pela Seleção.
Fred, embora seja um fazedor de gols, oscila muito. Some do jogo, às vezes. Ressalte-se, porém sua importância na Copa das Confederações.
 Se não houver quem abasteça o ataque e preocupe os adversários com seus dribles, jogadas geniais e gols (caso Neymar esteja numa má jornada), o que fazer?
A solução pode ser escalar Willian, mas será que Felipão está disposto a abrir mão de Oscar?
Para o bem da Seleção, é bom que seu principal ator desempenhe bem seu papel. As esperanças estão nele depositadas...
Nissimiel

GREVE DO METRÔ EM SÃO PAULO: OPORTUNISMO OU LEGÍTIMO DIREITO?

Os funcionários do metrô de São Paulo decretaram greve hoje, dia cinco de junho.
É um movimento que pode parecer oportunista, se analisado pelo ponto de vista do governador Geraldo Alckmin, ou pode ser uma oportunidade singular de reivindicar melhores salários e condições de trabalho, de acordo com os trabalhadores e seu sindicato.
Com quem está a razão?, poder-se-ia perguntar, porém a resposta talvez não agrade a nenhum dos lados envolvidos.
Como é um serviço que pode ser considerado essencial, por levar milhões de pessoas ao trabalho e a outros compromissos durante o dia, é evidente que causa um transtorno gigantesco na maior cidade do Brasil.
Em razão disso, os metroviários poderiam ter escolhido uma data mais apropriada para seus pedidos legítimos e não numa véspera de Copa do Mundo, quando todos os olhares dirigem-se ao país.
Todavia, a ocasião mostra-se propícia justamente por causa da visibilidade proporcionada, além da extrema necessidade do serviço. Pode fazer com que Alckmin ceda, apesar dos problemas de caixa do Governo. Não se deve esquecer de que é ano eleitoral...
Sendo assim, os grevistas devem pensar que a pressão neste momento é o que fará com que o Governo estadual conceda-lhes o que consideram justo.
A população, entretanto, que nada tem a ver com isso, paga pelo desentendimento entre as partes e padece para chegar às obrigações cotidianas, muitas vezes inadiáveis.
A greve, apesar de legítima, deve ser um recurso derradeiro, quando todas as chances de negociação foram esgotadas.
Resta saber se houve discussões entre Governo e trabalhadores para que a paralisação fosse evitada.
Oportunidade ou oportunismo? Houve ambos nesse imbróglio...
Nissimiel