No jogo de abertura da Copa do Mundo, a presidente Dilma deveria seguir o protocolo e discursar, mas devido ao medo de ser hostilizada com vaias, ela não o fez. Foi sua opção. Acertada ou não, respeite-se a presidente.
Entretanto, o público achou uma maneira grosseira de manifestar sua insatisfação com a presidente da república.
Xingou-a num brado retumbante, mandando-a para aquele lugar. Uma coisa lamentável, sem dúvida. A figura da presidente deveria ser resguardada. Trata-se de uma instituição, representada por Dilma.
Houve manifestações a favor e contra os xingamentos a que Dilma foi submetida, o que é perfeitamente normal,.Afinal, vivemos numa democracia, pelo menos por enquanto. Não existe marco regulatório nas redes sociais nem na imprensa brasileira, embora os aliados e o PT quisessem a censura camuflada no país.
Já houve nas redes sociais repúdio contra os torcedores e apoio à presidente, o que é direito de qualquer um, claro.
Numa rede houve um discurso, entretanto, que merece um comentário, não pelo apoio à Dilma, mas pelo discurso anacrônico e imbecil, falando sobre uma tal "elite branca" que torce contra o país, contra as mulheres, e, consequentemente contra a "presidenta".
Resta saber a que elite a pessoa se refere. Na defesa de Dilma, argumenta que quem estava no estádio era a tal "elite branca", que pôde pagar o caro ingresso no Itaquerão. Não seria, ainda de acordo com a defensora da presidente, pessoas pobres, pois essas seriam eleitoras do PT.
Mas o governo não disse que a Copa foi feita para os pobres? Quando Lula fez de tudo para trazer o evento para o Brasil, fez questão de citar o povo pobre como maior favorecido pela Copa.
Quem faz parte da tal elite? Quem não vota em Dilma? Quem não comunga das ideias de seu partido? Há racismo na expressão ou trata-se de um recurso de linguagem? Tantas perguntas...
Cabe uma explicação. Mas que quem grita raivosamente contra a "elite branca" tem argumentos para isso? Ou possui apenas o discurso velho, desgastado e cheio de palavras de ordem, decoradas que algum "companheiro" repetiu?
Nissimiel
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