sexta-feira, 31 de março de 2017

E AS OUTRAS MÃES, ADRIANA? OU: NO LEBLON É DIFERENTE?


Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, solicitou a saída da prisão para cuidar dos filhos adolescentes que precisariam do seu apoio.
A prisão domiciliar que Adriana Ancelmo pleiteou e conseguiu configura-se um acinte aos cidadãos de bem que exigem que ela pague pelos crimes que lhe são atribuídos.
Se for para usar esse critério, todas as mães que estão privadas da liberdade e cujos maridos também são presidiários precisariam de ser atendidas. Iriam para casa a fim de cuidar de seu  rebentos.
Se alguém cometeu crime, que pague por ele! Independentemente da condição social.
"Pau que bate em Chico, bate em Francisco", ensina o adágio.
A lei vale para as menos favorecidas. Por que não pode valer para as "ancelmos" ricas?
Segundo o ministério público, a ex-primeira-dama locupletou-se, juntamente com o marido Cabral, de propinas advindas dos empresários que surrupiaram dinheiro público.
A alegação de que o pai está preso e que os filhos não poderiam ficar privados do convívio com os dois ao mesmo tempo é um tapa na cara da sociedade. Hipocrisia na mais pura essência...
Tal argumento, todavia, foi usado e a ministra Maria Thereza de Assis Moura autorizou a prisão domiciliar, em detrimento do regime fechado a que a ex-primeira-dama estava sujeita.
Pois bem, ministra, algumas questões para reflexão, ou, se a senhora quiser, para respostas posteriores:
E as outras crianças pobres e sem projeção social, cujos pais encontram-se presos, que estão privadas do convívio  com os pais, como ficarão?
Psicologicamente abaladas?
Sofrerão algum trauma pela ausência dos progenitores?
Nenhuma das alternativas anteriores?
A senhora, conhecedora da Carta Magna, sabe que TODOS são iguais perante a lei.
Alguns são mais iguais do que as outras, prezada ministra?
Há muitas perguntas, mas a doutora não deve se ocupar das respostas, visto que possivelmente estará preocupada com as desvalidas crianças "ancelmos" do Leblon...
Nissimiel

sábado, 25 de março de 2017

NOVA É A MENTALIDADE. OU: O SANTO PODE SER DE BARRO...




Embora Dunga já tenha saído da seleção brasileira, a comparação com o trabalho de Tite é inevitável.
Claro que o ex-treinador do Brasil não deve gostar, pois a diferença é abismal.
Nos tempos de Dunga, o time não tinha um padrão tático definido.
Parecia que os atletas tinham sido apresentados no vestiário, tamanho era o desentrosamento entre os jogadores. Pode parecer exagero, mas o desencontro entre os setores do time era evidente.
O curioso é que os convocados são praticamente os mesmos e a equipe comporta-se muito melhor sob o comando de Tite. Agora, é um time de futebol organizado. Todos se conhecem...
Embora o tempo de treino seja praticamente  o mesmo que Dunga tinha, o Brasil sabe o que precisa de fazer em campo. Os jogadores têm papéis que são cumpridos.
As jogadas saem naturalmente.
Já se disse que treino é treino, jogo é jogo. No caso desta Seleção, tudo parece treino. Pelo menos no que concerne à tranquilidade como são engendradas e executadas as jogadas.
 O treinador consegue extrair o melhor de cada um de seus comandados e isso faz com que a parte coletiva funcione muito bem. Parece simples. E é. Pelo menos, para a competência de Tite.
O exemplo mais latente é Paulinho, que não conseguiu muito sucesso no futebol inglês.
Mal treinado? Poucas oportunidades?  Problemas de adaptação? A resposta a tantas questões poderia ser apenas uma: a falta de Tite...
Sob o seu comando, o ex- jogador do Corinthians assombra pela desenvoltura com que passa a bola, abre espaços, marca e ainda se apresenta para fazer gols, como na partida contra o Uruguai.
Paulinho não é, na acepção da palavra, um craque. Tite todavia, faz com que ele jogue como se fosse um fora de série. Seguramente, não o é.
O treinador sabe o que os jogadores sob seu comando podem render e eles são bem treinados para executar suas funções da melhor maneira.
Os jogadores têm confiança nas orientações que seu técnico passa, algo primordial quando se trata de futebol. Tem, por assim dizer, o elenco nas mãos. Isso é insofismável.
Não se pode, portanto, duvidar da sua capacidade de transformar um amontoado de jogadores em um time vencedor.
Já havia mostrado sua competência no Corinthians e repete o sucesso na Seleção Brasileira.
Claro que não se pode achar que o Brasil está pronto para ser campeão do mundo, como já acreditam alguns ufanistas mais exaltados.
A história é conhecida e já aconteceu muitas vezes: os adversários elogiam a seleção e a alçam à condição de favorita aos títulos que disputar. Então, confiante, relaxa. E perde. Armadilha perfeita, na qual os brasileiros amam cair.
É uma tática que sempre funciona, embora seja muito manjada por todos.
O Brasil de Tite conseguiu uma sequência de vitórias (sete) inédita na história.
O seu trabalho não merece reparos, óbvio. Apenas aplausos.
Mas, sabiamente, o adágio nos adverte: "devagar com o andor que o santo é de barro..."
Nissimiel

domingo, 19 de março de 2017

DÓI NA CARNE. OU: QUE PAPELÃO!


Os últimos dias foram mais agitados do que de costume no Brasil.
Acostumados com as vergonhas políticas que assolam o país, os brasileiros foram surpreendidos com a revelação de que os maiores frigoríficos brasileiros vendem carne estragada e enxertada com água para pesar mais.São maquiadas com produtos químicos que podem ser cancerígenos  injetados no produto para "recuperá-lo" do estado de putrefação em que se encontra.
E, como comumente acontece no país dos paralelepípedos (onde não se assenta um sem propina...), fiscais eram pagos para fazer vistas grossas e liberar os lotes de carne putrefata.
Há notícias que dão conta de que papéis eram misturados aos recheios de embutidos das empresas picaretas para render mais.
Num país sério tudo isso seria punido exemplarmente.
Se a justiça não as alcançasse, seguramente os clientes puniriam as empresas, não comprando mais seus produtos.
Mais uma vergonha para o nosso já ridicularizado Brasil.
A ganância desses maus empresários parece não ter limites.
Além de ser um assunto de saúde pública, é caso de polícia, indubitavelmente.
Eles precisam de ser punidos exemplarmente por causa dos crimes que cometeram contra os consumidores.
Há também algo grave de que não se pode esquecer. A canalhice desses inescrupulosos prejudica terrivelmente o as exportações do Brasil. A credibilidade da carne brasileira cai, inevitavelmente.
Os países que compram os produtos desses bandidos travestidos de empresários evidentemente não mais os adquirirão. As autoridades desses países têm de cuidar de seus cidadãos, por certo.
Ao contrário das irresponsáveis autoridades tupiniquins, ELAS FAZEM SUA PARTE, frise-se.
É fato grave  também que o maior frigorífico do mundo encampou frigoríficos menores contraindo empréstimos junto ao BNDES.
Dinheiro que dificilmente retornará aos cofres públicos.
É importante ressaltar que se trata de um banco de fomento social, não de favorecimento aos amigos do rei.
O tal capitalismo de compadrio ficou evidenciado na negociação que deu mais prejuízo ao erário.
O governo perde e os empresários lucram.
Seus proprietários transformaram o grupo JBS na maior empresa frigorífica do mundo.
Que o grupo cresça, desde que não seja prejudicando a saúde e o bolso dos brasileiros...
Nissimiel

terça-feira, 14 de março de 2017

BRUNO, A BOLA E A JUSTIÇA


Bruno foi colocado na rua e já foi apresentado pelo novo clube, o Boa Esporte Clube.
Alguns patrocinadores já anunciaram que não estamparão sua marca na camisa do time de Minas Gerais, pois temem macular sua imagem ao associá-la a alguém julgado e condenado em primeira instância.
Apesar da revolta que tomou conta da sociedade,  cumpre dizer que o Ministro Marco Aurélio apenas cumpriu a lei e mandou soltar Bruno.
Então, de acordo com a lei, nada a refutar. Cabe a indignação, óbvio.
Pelo crime atribuído a ele, as pessoas de bem esperam que seja condenado em definitivo.
E que não haja mais recursos. Que seja punido, se a justiça assim o decidir. É o mínimo que se espera.
Claro que muitos chocaram-se com a soltura de Bruno, mas urge reiterar que ele foi posto em liberdade sem ferir a lei.
Muito pelo contrário, Bruno está em liberdade para que se cumpra a lei.
O clube que o contratou sabe do risco que corre. Os adversários hostilizarão seu arqueiro em todas as partidas das quais participar com ofensas das mais variadas.
Bruno evita o assunto que o perseguirá por toda sua vida, claro.
Na sua primeira entrevista como atleta do Boa, foi blindado pela diretoria que o impediu de responder sobre a morte de Eliza.
Para a família da vítima, não há como punir seu suposto algoz como ele merece. Sempre será insuficiente o tempo que ele cumprir de prisão.
Numa atitude que alguns especialistas julgaram ser de um psicopata, Bruno proferiu uma pérola macabra: "prisão perpétua não traria vítima de volta..." Sua premissa alude ao fato de o tempo que ele ficou ou que ficará preso não trará a moça de volta.
Para muitos, traços de psicopatia, de quem não consegue ter empatia, colocar-se no lugar do outro.
Embora o acusado sempre tenha negado sua culpa e o corpo nunca tenha sido encontrado, poucos acreditam que ele seja inocente.
Para mais sofrimento da mãe da vítima, o novo goleiro do time de Varginha poderá exercer sua profissão normalmente, pelo menos até que novo julgamento seja marcado.
A justiça brasileira, por tardar, parece que também falhou, pelo menos aos olhos dos que clamam por punição para um crime tão cruel.
Nissimiel

segunda-feira, 6 de março de 2017

FORA TEMER. A QUEM INTERESSA?

Os postulantes ao Planalto não o querem fora...

Os gritos que muitos dão costumeiramente, mesmo em situações sem contexto pra tal, é o famoso "Fora Temer!".
Nas escolas públicas, onde há muitos professores doutrinadores de esquerda o grito é ouvido em eventos culturais e em palestras que se realizam nas unidades educacionais.
Acham um pretexto para as palavras de ordem, mesmo sabendo que as escolas não podem ser usadas para fins partidários.
Podem e devem ser um espaço político, em que se apresentam aos alunos as visões políticas das mais diversas, mas não se deve aceitar que os discentes sejam forçados a seguir os mestres ideologicamente.
Canalhice intelectual seria impedir que os meninos e meninas pensassem e escolhessem o que querem ser.
Visão única é própria de países autoritários, registre-se.
Para aqueles eleitores que não gostam do presidente, urrar faz sentido, principalmente porque eles parecem não perceber que servem aos caciques dos principais partidos do Brasil.
Mas a quem interessa que o presidente caia?
Por mais que os principais candidatos de oposição a presidente em 2018 digam que também querem a defenestração de Michel Temer, eles desejam, indubitavelmente, que o mandatário cumpra seu período na presidência e faça as reformas de que o país precisa.
SABEM QUE O BRASIL PRECISA DELAS!
Não vão admitir perante seus eleitores, visto que podem perder a narrativa mentirosa, segundo a qual nada farão que prejudique o povo trabalhador, além de outras cantilenas cafajestes.
Assim, os ônus recairão sobre Temer.
Quem ganhar a disputa abocanhará os bônus provenientes das mudanças que as casas parlamentares têm de aprovar sob os auspícios de Temer.
Marina Silva, com seu ridículo canto da floresta, deve concorrer.
E usará o discurso cansado e extemporâneo de sempre. Apesar das loucuras do mundo, ela não deve ter chances na corrida presidencial, assim como o escandaloso Ciro Gomes, que pode surgir como alternativa (improvável) ao PT, caso seu candidato seja impedido pela justiça ou por contingências da vida.
Lula já preparou, segundo a imprensa noticiou, um plano de governo que a claque petista aplaudirá, pois estimula o consumo, concede crédito e faz tudo o que não se deve fazer.
Populismo irresponsável descarado, bem ao gosto do petista.
Vale lembrar que o Brasil sofre com as consequências danosas da política econômica de Lula, complementada pela incompetência e teimosia de Dilma Rousseff.
Para o ex-presidente, seria ótimo que todas as reformas fossem aprovadas e que as finanças públicas fossem equilibradas, para que ele pegasse o Estado enxuto.
Poderia gastar irresponsavelmente, como fez no seu primeiro mandato.
Bolsonaro seria beneficiado também, claro, pois com as finanças saneadas, as reformas impopulares não seriam mais necessárias, por óbvio.
Ficaria livre para urrar à vontade contra quem bem entendesse, sob aplausos de seus seguidores.
O partido de Aécio Neves faz parte do governo Temer e apoia as reformas.
Com a onda liberal que se espalhou pelo mundo, faz bem ao tucano incentivar as PECs.
Para o bem, ele assume o apoio. Com seu eleitor atingido pelas medidas, ele pode tranquilamente calar-se, como sempre fazem os políticos e mentirosos (ops, redundância!) quando lhes convêm.
Por isso, poderia assumir um eventual governo com as principais medidas impopulares já executadas. E ainda poderia lucrar politicamente falando às classes média e alta que fará um governo liberal.
Perfeita a cena para o mineiro.
E não mexeria nos direitos do trabalhadores, pois o "malvado" Michel Temer já o fez.
Ao contrário do que pensam os incautos que gritam que o presidente deve sair já, os maiores interessados na sua permanência fazem um tímido sussurro, pedindo a saída do peemedebista.
Jogo de cena, tão própria aos já conhecidos políticos tupiniquins.
Todavia,não querem que ele seja impedido de governar. Internamente berram: "Fique Temer!"
Sabem que as reformas são urgentes e aprová-las não será fácil.
Contam com o sucesso do proponente, a fim de que sejam efetuadas para depois desfrutarem das benesses obtidas pelas ações do desgastado Governo Temer.
Fora, Temer? Apenas os idiotas úteis podem gritar. Os inteligentes dissimuladamente apenas sussurram, para que ninguém os ouça...
Nissimiel

quinta-feira, 2 de março de 2017

UM ÍDOLO DE PÉS DE BARRO. OU: NABUCODONOSOR EXPLICA?



Alguns ditos intelectuais lançaram um manifesto, no qual pedem para que Lula seja candidato à presidência em 2018.
Ele, que nada tem de modesto, quer aceitar a empreitada. Se não for preso antes, claro...
Os argumentos usados seriam risíveis, não fossem absurdos.
O tal documento diz que o ex-presidente deveria retornar para fazer com que o Brasil voltasse a ser o paraíso que era antes da saída do palanqueiro de velório do poder.
Segundo os arautos da saudade recente, o país dos anos lulistas foi um exemplo de inclusão social, quando os pobres teriam alcançados patamares invejáveis de prosperidade, como "nunca antes na história deste país", apenas para usar uma das frases mais mentirosos e pretensiosas de que se tem notícia. Típica de quem se julga o melhor. Modéstia e humildade? São atributos para os fracos e Lula, garantem os idólatras, é um forte. Apenas ele poderá salvar o Brasil!
 Não importa que a recessão e o desemprego de agora sejam produtos dos mandatos de Lula, período em que o voo de galinha econômico foi perpetrado pelo petista, privilegiando o consumo e o crédito abundante subsidiado pelo governo, quando deveria incentivar a produção e o crescimento sustentado. Além disso,  deveria diminuir o tamanho do estado na vida do cidadão.
Corrupção e desperdício do dinheiro público foram outras marcas dos governos lulistas.
Aos empresários amigos do rei, recursos dos bancos oficiais, que foram fartamente distribuídos por Lula a fundo perdido.
Capitalismo de compadrio na mais pura essência. Lucro líquido e certo para os empresários, prejuízo para o erário. Assim foi o governo "redentor" de Lula.
E que os artistas e ditos intelectuais querem de volta...
Um banco de fomento social (BNDES), como o nome claramente indica, serviu para para abastecer os cofres de grupos empresariais que se refestelaram com dinheiro público.
A bomba detonaria no colo da sucessora inevitavelmente. E foi o que ocorreu, como se sabe.
O desastre econômico foi finalizado pela pior presidente de toda a história do Brasil, Dilma Roussef, uma mistura de inabilidade política, incompetência e conivência com a corrupção.
Lula é, no entendimento de seus correligionários, o messias.
Definitivamente, país não precisa de salvadores ou ídolos.
O que necessita é de instituições que funcionem, de políticos que legislem para o bem das pessoas e de poderes independentes.
O Brasil não carece, absolutamente, do frágil barro dos pés de Lula.
Nissimiel