terça-feira, 14 de março de 2017

BRUNO, A BOLA E A JUSTIÇA


Bruno foi colocado na rua e já foi apresentado pelo novo clube, o Boa Esporte Clube.
Alguns patrocinadores já anunciaram que não estamparão sua marca na camisa do time de Minas Gerais, pois temem macular sua imagem ao associá-la a alguém julgado e condenado em primeira instância.
Apesar da revolta que tomou conta da sociedade,  cumpre dizer que o Ministro Marco Aurélio apenas cumpriu a lei e mandou soltar Bruno.
Então, de acordo com a lei, nada a refutar. Cabe a indignação, óbvio.
Pelo crime atribuído a ele, as pessoas de bem esperam que seja condenado em definitivo.
E que não haja mais recursos. Que seja punido, se a justiça assim o decidir. É o mínimo que se espera.
Claro que muitos chocaram-se com a soltura de Bruno, mas urge reiterar que ele foi posto em liberdade sem ferir a lei.
Muito pelo contrário, Bruno está em liberdade para que se cumpra a lei.
O clube que o contratou sabe do risco que corre. Os adversários hostilizarão seu arqueiro em todas as partidas das quais participar com ofensas das mais variadas.
Bruno evita o assunto que o perseguirá por toda sua vida, claro.
Na sua primeira entrevista como atleta do Boa, foi blindado pela diretoria que o impediu de responder sobre a morte de Eliza.
Para a família da vítima, não há como punir seu suposto algoz como ele merece. Sempre será insuficiente o tempo que ele cumprir de prisão.
Numa atitude que alguns especialistas julgaram ser de um psicopata, Bruno proferiu uma pérola macabra: "prisão perpétua não traria vítima de volta..." Sua premissa alude ao fato de o tempo que ele ficou ou que ficará preso não trará a moça de volta.
Para muitos, traços de psicopatia, de quem não consegue ter empatia, colocar-se no lugar do outro.
Embora o acusado sempre tenha negado sua culpa e o corpo nunca tenha sido encontrado, poucos acreditam que ele seja inocente.
Para mais sofrimento da mãe da vítima, o novo goleiro do time de Varginha poderá exercer sua profissão normalmente, pelo menos até que novo julgamento seja marcado.
A justiça brasileira, por tardar, parece que também falhou, pelo menos aos olhos dos que clamam por punição para um crime tão cruel.
Nissimiel

2 comentários:

  1. Justiça brasileira é uma verdadeira e absurda INJUSTIÇA. Tudo bem, ok, foi legal a soltura do assassino, mas eh moral? Além disso, abre jurisprudência para diversos criminosos que estão em situação semelhante a do Bruno.

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    1. Pois é, Vinícius, a justiça brasileira é complacente com criminosos e às vezes é dura com inocentes que não têm dinheiro e destaque na sociedade.
      TODOS deveriam ser alcançados pela justiça, independentemente de condição social ou econômica...

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