domingo, 21 de maio de 2017

TORCER CONTRA. MAS O BRASIL É O ADVERSÁRIO?

O BRASIL NÃO É O INIMIGO
 

Os aliados de Lula vibraram quando se noticiou a delação de Joesley Batista. O empresário entregou uma gravação, em que o presidente Michel Temer é flagrado em diálogos nada republicanos, apenas para usar uma expressão da moda.
Acreditaram os fanáticos lulistas que o foco mudaria de rumo também pelo fato de surgirem notícias bombásticas envolvendo o tucano Aécio Neves, inimigo figadal dos petistas.
O mineiro foi apanhado em conversas em que pede dinheiro a Joesley, que foi entregue a um primo, Fred.
A irmã Andrea, seu braço direito, foi presa preventivamente em Minas Gerais por envolvimento direto nas falcatruas do irmão.
O inquérito aberto contra Temer e a suspensão das funções do senador Aécio Neves servem para mostrar que a operação Lava Jato não tem apenas Lula como alvo, como alegam os cegos e fanáticos que seguem o ex-presidente. Todos são investigados e isso é salutar para a justiça brasileira.
Não se pode, portanto, negar que a operação investiga todos, independentemente da coloração partidária.
Claro que no país dos paralelepípedos (onde não se coloca um no chão sem propina, segundo o defensor de Fernando Baiano...) as coisas podem não ser tão simples como se apresentam a princípio, mas é alvissareiro ver altas autoridades sendo investigadas e presas, como nunca se imaginou no Brasil.
As pessoas deveriam ficar tristes pela situação do país, claro, por ver tantas sujeiras patrocinadas durantes os últimos anos por quem deveria zelar pela ordem e pelo povo brasileiro.
Mas poderiam, em contrapartida, demonstrar satisfação pelas revelações que podem depurar a política brasileira num futuro próximo.
A atmosfera de um grande clássico de futebol reinante nas terras tupiniquins, entretanto, não permite que alguns maus cidadãos sejam isentos e que peçam a punição de todos, sem distinção.
Um cidadão que se diz honesto deveria lutar para que houvesse punição para todos que burlaram a lei e se locupletaram com dinheiro do erário. Porém, não é o que muitos seguidores da esquerda desejam.
Os religiosos petistas acreditam (?) que a virtude seja sua propriedade exclusiva e não há pecados em seus semelhantes, por isso atribuem aos inimigos todas as maldades da vida.
Para utilizar outra expressão da moda, a narrativa que a esquerda quer criar é que a intenção das elites é não permitir que Lula seja candidato em 2018.
Resta saber a quais elites eles se referem, visto que sempre estiveram, assim como todos os ocupantes do poder de plantão, mancomunados com empresários e ricos do país. Conversa mole e feita para iludir incautos, mal intencionados ou ambos.
De qualquer forma, é primordial que apareçam denúncias contra outros políticos de outros partidos para que essa tese desonesta de perseguição política seja desmoralizada de vez.
Não importa que sejam de esquerda, de direita, centro ou extremista de quaisquer tendências. Corruptos e ladrões devem ser varridos da cena política.  Deve-se pugnar pela limpeza geral e irrestrita. Que todos os desonestos sejam banidos da vida política do Brasil para sempre.
Que sejam barrados pela justiça, de preferência, mas se ela não os alcançar, que o voto selecione e tire os malandros e larápios que se instalaram nos parlamentos e nos executivos brasileiros.
Não se trata de torcer por ladrões de predileção, portanto. É preciso que TODOS sejam punidos!
Nissimiel

domingo, 14 de maio de 2017

DILIGÊNCIA DO ALÉM. OU: TRATA-SE DE LULA...


Mais uma vez o ex-presidente Lula saiu pela tangente. Nada respondeu, pois de nada sabia.
Bem ao seu estilo tosco e mal educado que tanto agrada à claque petista, Lula tentou fazer comício e desrespeitar a autoridade que o inquiria. Foi desautorizado e interrompido pelo juiz diversas vezes.
Ele está fazendo o que melhor faz o animal político que nele reside. Discursos e mentiras, além de disseminação de ideias que agradam aos seus defensores que ainda insistem em santificá-lo.
Nos episódios das prisões de pessoas que militaram durante muito tempo com "a alma mais honesta" destas plagas, deu uma demonstração de como age nessas circunstâncias.
Tal qual os feridos que caem dos cavalos em assaltos frustrados às diligências nos velhos filmes de western, os companheiros foram presos. Mas ele escapou. Sozinho. Nem olhou para trás! Estranho? Não. Fala-se aqui de Lula, não se deve esquecer.
A diferença é que, nas películas, os bandidos não abandonam os comparsas feridos pelos caminhos empoeirados do velho oeste. Primeiro os socorrem nos lombos das montarias, para em seguida fugir.
Afinal, bandidos têm uma certa ética. Os dos tempos do velho oeste tinham e muitos de agora também a tem. Bem, nem todos...
Lula, como é de seu caráter, largou Zé Dirceu, Vacari, Vargas, Marcos Valério, Genoino e tantos outros, entregues aos xerifes de plantão. Não os acudiu. Sua alegação? De nada sabia. Não estava na cena do crime. Nada viu. Bem ao seu estilo. Trata-se de Lula, reitere-se.
Fugiu da estrada da diligência, enquanto os "amigos" respondiam pelos crimes.
No depoimento que prestou em Curitiba, o réu negou tudo que lhe é imputado, sem a menor cerimônia. Como sempre.  Trata-se, afinal, de Lula, registre-se mais uma vez.
Para quem pensa que deslealdade com os companheiros é algo execrável, o pior ainda estava por vir.
Quando instado a responder sobre o tríplex no Guarujá, ele jogou a responsabilidade nas costas de  Marisa Letícia, sua mulher, morta em fevereiro deste ano. Sem condições de se defender, portando.
Abandonar à própria sorte pessoas de quem ele se dizia amigo, não é atitude de pessoa decente. Bem, fala-se aqui de Lula.
Pespegar à mulher de mais de quarenta anos de estrada a culpa pelo imbróglio do Guarujá não é de se estranhar. Fala-se aqui, de Lula.
Para quem fez comício durante seu velório, nada de estranho. Trata-se, afinal, de Lula...
Nissimiel


terça-feira, 9 de maio de 2017

SEM SURPRESA NA FINAL. OU: O SURRADO "EU JÁ SABIA"


O Corinthians apenas confirmou no domingo a conquista que já se anunciara uma semana antes contra a Ponte Preta.
Não é segredo para ninguém que veja o esporte sem as amarras da paixão clubista que o futebol alvinegro foi merecedor do título conquistado. Apesar das ressalvas de quem aprecia um jogo mais plástico, já que não é o cardápio que o Corinthians apresenta, seguramente. Pragmatismo é sua marca.
Não se pode negar a competência de Carille e companhia, todavia.
Ganhou de todos os chamados grandes do estado e convenceu.
Claro que os derrotou jogando um futebol de resultados, sem nenhuma preocupação com a beleza do espetáculo. Não é este seu mérito, reitere-se.
O time de Fábio Carille é seguro na marcação e quase nada permite aos oponentes. Sua defesa tem forte conexão com o meio de campo, por isso os ataques contrários são neutralizados por uma muralha que se posiciona à frente da área e não deixa que seu goleiro seja muito molestado.
E, num descuido do enganado adversário, que pensa que está dominando a partida, faz um ou dois gols que lhe garantem a vitória. Deu certo contra os que se iludiram com o falso domínio das ações.
O Santos, o Palmeiras, o São Paulo e a Ponte Preta que o digam...
Os críticos podem até reclamar do jogo modorrento do Corinthians, mas ele funcionou bem nesse campeonato paulista. Como negar?
Se o que vale é a taça, o Corinthians é a primeira força, contrariando os que desdenharam da capacidade do elenco do clube itaquerense.
Não se pode, porém, acreditar que a esquadra corintiana esteja pronta para disputar  como favorita os torneios que ainda terá neste ano. É uma outra história. Convém não se esquecer disso.
Principalmente o Brasileiro, um campeonato que exigirá muito dos que sonham com o título.
O Timão precisa, assim como os demais, de reforços para suportar o ritmo de uma competição tão longa quanto a que se inicia no próximo final de semana.
Muitos campeões estaduais naufragaram no nacional, iludidos pela conquista do regional.
Alguns caíram para a segunda divisão no mesmo ano em que foram campeões estaduais.
Que o vencedor do Paulistão mantenha os seus campeões e procure alguns reservas à altura para que não caia na maldição de foram vítimas Vasco, América mineiro...
Nissimiel

segunda-feira, 8 de maio de 2017

A MULHER DE CÉSAR DEVE SER E PARECER HONESTA. OS POLÍTICOS NÃO?



Que o Brasil precisa de depurar seus quadros políticos com urgência não é segredo para ninguém.
Mas como fazer isso? Todos deveriam votar nos candidatos que entregassem o que prometeram aos seus eleitores, por óbvio. Além disso, os sujeitos ao sufrágio deveriam ser probos, como a lei determina e a honestidade exige.
Mas não é o que acontece nestas plagas, infelizmente.
No país dos paralelepípedos (onde não se assenta um sem propina, nas palavras do advogado do lobista Fernando Baiano, Mário de Oliveira...), a cultura da propina grassa por todas as pedras do chão brasileiro.
Votar em alguém que já esteve envolvido em falcatruas das mais diversas não deveria passar pela cabeça de um cidadão que se diz honesto.
O que fazer então? No balaio dos iguais, escolhe-se aquele que supostamente "rouba, mas faz".
O bordão abjeto parece voltar à baila, como em tempos atrás, mas com repaginação canalha: "rouba, mas faz o social".
Segundo a nova roupagem, são iguais os ladrões, mas o povo foi favorecido em alguma coisa e os mais pobres tiveram seu quinhão sob os auspícios de políticos que praticaram o "bem", mesmo acabando com as empresas estatais, promovendo desemprego e trazendo a maior recessão de toda a história brasileira. Fez o "social", por isso pode dilapidar os cofres públicos.
A narrativa, então, dá conta de explicar  por que Lula é um dos mais bem colocados nas pesquisas para a eleição no próximo ano.
Todas as mazelas de seus governos e acusações que ele sofre devem ser esquecidas, pois ele voltará para fazer o Brasil melhorar "como nunca na história deste país".
A cantilena mentirosa segundo a qual as pessoas saíram da pobreza absoluta para a classe média encontra eco em muitos brasileiros, que preferem ignorar todos os prejuízos e negociatas perpetradas nos governos petistas.
Lula, de execrado pela maioria da população, surge agora como o que resolverá os problemas criados por ele mesmo e sua trupe de salafrários.
Quem criou a maior crise da história do Brasil não foi o atual inquilino do  Planalto.
Começou na gestão de Lula, com sua política equivocada de investir em consumo e crédito sem critérios e nas desastradas ações de sua protegida Dilma, a pior presidente que o país já teve.
Não se deve, entretanto , esquecer das suspeitas que pairam sobre outros candidatos, como Aécio Neves, que é citado como favorecido por empreiteiros em troca de facilidades em licitações nas obras do governo de Minas Gerais durante sua gestão.
O cheiro de dinheiro sujo impregna o Brasil. A lama dos governos sujaram o país.
Quem se diz honesto não deveria votar nem tampouco defender candidatos encalacrados nas inúmeras denúncias em que se encontram Aécio, Dilma e Lula...
Nissimiel

terça-feira, 2 de maio de 2017

PRAGMÁTICO COM MAIS QUALIDADE VENCEU



Tanto na Ponte Preta quanto no Corinthians, reside a busca pelo resultado e para isso, abdica-se do jogo plasticamente mais atraente. Eficiência em detrimento da beleza do futebol.
No jogo em casa, esperava-se mais da Macaca. Pelo que vinha fazendo na competição e pela sua postura em campo, o sonho pareceu que viraria verdade desta vez.
Afinal, havia eliminado dois fortes postulantes ao título. E com autoridade! Imaginou-se que havia chegado a hora de ganhar o Estadual.
Já o Timão despachou o São Paulo com seu peculiar jeito de atuar. Na primeira peleja, no Morumbi, esperou o adversário, dando a impressão de que estava dominado.
O rival caiu na arapuca. Atacou muito e encontrou uma defesa bem postada, que não lhe ofereceu chance de inaugurar o placar. O Corinthians, então fez dois gols depois dos raros avanços que deu durante o jogo.
Quando não se imagina que possa fazer o resultado, o Time de Itaquera dá o bote e marca os gols de que precisa.
É a maneira que Carille encontrou para ganhar. E tem dado certo, como se nota.
No duelo em Campinas, o pragmatismo das duas equipes poderia sombrear o futebol, como se espera de dois times cuja busca pelo resultado sobeja. 
O que se viu, entretanto, foi o time da Fiel soltar-se e marcar três vezes para praticamente sepultar o sonho da Ponte de levantar o primeiro título paulista.
É obviamente possível ganhar, em razão de se tratar do esporte mais imprevisível de que se tem notícia, mas as chances do bom time do interior ter sucesso são mínimas, é bom frisar.
A proposta dos dois envolvidos nestas finais não é muito diferente.
O que favorece a equipe da capital é melhor qualidade de suas peças.
Jadson e Rodriguinho amalgamaram-se  bem. E dessa química resultaram a fluidez e entrosamento de que toda equipe que tem o contra-ataque como premissa precisa.
Foi assim contra o Tricolor e tem sido a tônica de seu caminhar neste campeonato.
Como no Brasil não há um time muito acima dos demais, ganha sempre o mais organizado e frio, como demonstra ser o onze de Fábio Carille.
Do pragmatismo dos dois deve, mais uma vez, prevalecer o que é mais qualificado...
Nissimiel