sexta-feira, 31 de outubro de 2014

DEMOCRACIA DIRETA? NÃO, OBRIGADO...

Ainda bem que a Câmara rejeitou o projeto enviado pela presidente Dilma.
Criaria conselhos populares, tal como havia na antiga União Soviética.
Apenas para esclarecer, "soviets" eram conselhos "populares" que supostamente aproximaria o governo dos movimentos sociais.  O povo bem representado pelos tais conselhos. Na teoria, parece algo muito bonito e democrático, mas o objetivo real é dar ao governo condições de aprovar as "reformas" que o PT e os partidos de esquerda que o apoiam julgam necessários para fazer uma nação bolivariana.
Para que então serviriam o Congresso e a Assembleia? Não se deve esquecer que deputados e senadores foram eleitos e representam o povo. A democracia representativa, mesmo com as falhas, é o que temos de melhor, por isso não precisamos de uma democracia direta, como sugere o governo.
O PT queria a todo custo aprovar  tal projeto sob argumentos espúrios e com a justificativa patife de que o povo participaria mais efetivamente das decisões relevantes para o Brasil.
Na verdade, os partidos de esquerda desejam que os movimentos populares interfiram mais na política do país e possam deliberar sobre questões vitais para as pretensões dos que querem instalar uma ditadura nos moldes da Venezuela, Cuba e outros países atrasados sob o jugo de déspotas esquerdistas.
Nossa democracia, como já se disse, é representativa e não deve ser modificada.
As Casas Legislativas já nos representam e não precisamos de uma democracia direta, sob os auspícios de movimentos mancomunados com a presidente da República, que almeja governar com poderes quase totais, ignorando os parlamentares e enfiando goela abaixo as ideias retrógradas de um socialismo falido e totalitário como está acontecendo em alguns países vizinhos.
Por que pessoas tidas como "de bem" apoiam essas ideias próprias de nações totalitárias? Seriam desinformadas? Talvez nem sejam sem informações. Pode ser que tenham caráter duvidoso e queiram locupletar-se de alguma maneira das benesses que um novo sistema poderia oferecer.
Talvez não atentem para o perigo de terem seus direitos mais elementares subtraídos.
Que a sociedade brasileira esteja alerta. O PT e seus asseclas não desistirão tão facilmente de tentar instalar uma ditadura de esquerda.
Democracia representativa, mesmo com todos seus problemas, é infinitamente melhor do que a ditadura travestida de democracia direta, sem dúvida...
Nissimiel

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DEPOIS DAS ELEIÇÕES, O FUTEBOL

A rodada do campeonato brasileiro pode ter sido boa para o São Paulo, em razão de alguns tropeços de concorrentes. Claro que houve resultados desfavoráveis como as vitórias de Atlético Mineiro e Internacional.
O Cruzeiro, maior postulante ao lugar mais alto do pódio, perdeu dois pontos contra o Figueirense. O Corinthians tampouco venceu.
Basta, então, (como se fosse fácil) vencer o Goiás no Morumbi e o Tricolor ficará a cinco pontos do líder Cruzeiro.
Acontece que o time do centro-oeste sempre complica as coisas para o São Paulo, mesmo quando a partida é na capital paulista. Faz algum tempo que não ganha do time verde de Goiás.
Cabe aos comandados de Muricy ganhar com autoridade para se firmar de vez na competição e tentar ainda o título brasileiro.
Não pode, se aspira ao primeiro lugar, deixar escapar a chance de pressionar o time azul das Alterosas. Tirar cinco pontos em sete rodadas é uma meta alcançável, desde que vença os jogos e atue bem, como deve uma equipe que quer ser protagonista.
Hoje à noite haverá a oportunidade (mais uma) de conferir se o São Paulo pode ainda sonhar com o título do Brasileirão.
Nissimiel

domingo, 26 de outubro de 2014

DILMA REELEITA. E AGORA?

A presidente conseguiu mais um mandato. Legítimo, pois foi conquistado nas urnas. Democraticamente, como deve ser. Depois da eleição é importante que os ânimos se arrefeçam e que se pense no país.
O PT não ganhou com tanta folga, a diferença deve ficar em torno de três milhões de votos, num universo de mais de cem milhões que votaram. Não foi por unanimidade, há quase a metade do Brasil que não votou em Dilma. Os brasileiros, especialmente os que não sufragaram Dilma, ainda merecem explicações sobre as denúncias graves que não foram investigadas por completo. Houve a punição (branda) a algumas pessoas envolvidas no Mensalão, mas há muito mais para se apurar.
O que não se pode esquecer é do novo escândalo que se apresentou nos últimos dias. Urge apurar as denúncias que pairam sobre a cabeça de Dilma e do ex-presidente Lula, como supostos beneficiários e coniventes com corrupções na Petrobrás. Não podem alegar ignorância. Se não sabiam, são incompetentes, se tinham conhecimento e nada fizeram, prevaricaram. Tudo isso é gravíssimo,inquestionavelmente.
Num país verdadeiramente sério (o Brasil não o é, indubitável e infelizmente), nem Lula, nem Dilma teriam terminado seus mandatos. Por muito menos, Collor saiu (merecidamente, é bom que se frise). Todavia, a oposição no país hoje é muito frágil e não consegue mobilizar o povo para defenestrar os que praticam malfeitos. O PT sabe fazer barulho quando são os outros que pecam. É uma coisa positiva mostrar as coisas erradas para a sociedade. Mas o partido de Dilma não gosta quando é o alvo de denúncias. As outras agremiações políticas deveriam aprender com os petistas. Não a negar, claro, como é sua praxe, mas como fazer oposição e apontar as mazelas e malfeitos alheios.
O PSDB não aprendeu a fazê-lo. Deveria, pela força que emerge agora com a expressiva votação de Aécio Neves e pelo bem da democracia, pugnar por uma completa depuração da classe política brasileira.
O que é verdadeiro é que os petistas vendem muito bem a ideia que são parte do povo mais pobre, que há uma elite que persegue o cidadão menos favorecido e que o PT é o único que pode garantir os direitos desses menos assistidos. O PT também é elite, é bom que se frise!
Não se pode negar, entretanto, que o marketing do partido de Lula é muito eficiente e vende bem seu produto.
Para a maioria dos favorecidos pelas benesses estatais, o que importam são os benefícios pessoais. Se há corrupção ou falcatruas, isso não interessa, pois há uma compensação.
Tomara que a oposição realmente faça seu papel, investigue e até peça o impedimento da presidente, se for comprovada sua culpa nos escândalos de corrupção da Petrobrás.
Se não for assim, parecerá que as denúncias são apenas fruto de denuncismo  da tal "elite branca" que não gosta do povo mais sofrido...
Nissimiel

sábado, 18 de outubro de 2014

MANO MENESES É TÃO RUIM ASSIM?

Depois da desclassificação na Copa do Brasil, o mundo caiu em cima de Mano Meneses, ainda treinador do Corinthians.
No jogo contra o Atlético, não foi bem, seja na escalação ou nas mexidas que efetuou.
Poderia ter escalado Gil e Elias, mas quem garante que os dois salvariam a lavoura?
Poderia, também, ter fechado seu time mais do que já faz costumeiramente.
Entretanto, deve-se levar em consideração algumas coisas. O fato de o adversário ter jogado muito melhor e não ter permitido quase nada aos paulistas, a não ser o gol de Guerreiro (mais sorte do que competência para amar a jogada). Além disso, apenas Cássio mostrou serviço, o que não é bom sinal. Trabalhou demais para evitar um massacre ainda maior. A defesa, que é seu ponto forte, também naufragou. Todos sabem que normalmente os times armados por Mano não priorizam o ataque.
O que fazer quando o melhor segmento da equipe não funciona? Restou a ele apenas torcer para não levar mais gols.
A questão então é a seguinte: quem contrata o treinador não sabe que seu estilo é esse?
Se não serve agora, não deveria ter sido contratado, pois Mano Meneses é assim, sem tirar nem pôr: prioriza a defesa, tem o discurso às vezes arrogante e empolado e dificilmente mudará seu jeito de ver futebol.
Não querem assim? Então...
Nissimiel

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

GANSO TEM DE MARCAR?

Ontem, durante o jogo contra o Huachipato, o camisa dez do São Paulo jogou muito bem.
Fez o que se espera de um jogador de seu quilate: cadenciou o jogo, distribuiu a bola e ainda marcou um golaço.
Há muitas críticas sobre seu jeito de atuar, que às vezes parece displicência. Não é. É seu estilo.
Existem poucos atletas com a qualidade de Ganso. O que se deve cobrar dele é que mantenha regularidade, pois seu talento é inquestionável. Se assim o fizesse, seria um dos melhores do mundo.
Não há dúvidas de que ele precisa ser mais participativo, o futebol moderno exige isso, mas transformá-lo num atleta combativo e marcador poderia tolher seu talento e tirar do futebol a magia e a genialidade que ele proporciona. Um desperdício, portanto.
Para a marcação mais ferrenha, há muitos outros, mas para criar e encantar, existem poucos como Paulo Henrique Ganso...
Nissimiel

NEM SEMPRE A RETRANCA FUNCIONA

O retranqueiro time do Corinthians conseguiu o que parecia impossível: perder por uma diferença de três gols para o Atlético Mineiro. Passou vergonha ontem em Minas Gerais.
Poderia perder por um a zero que estaria classificado. Fez um gol e aumentou a vantagem. Se sofresse três gols, ainda assim seguiria em frente na Copa do Brasil. Aconteceu o pior: levou quatro e saiu da competição, de maneira inapelável.
Nem o mais otimista dos atleticanos  acreditava na possibilidade de vitória tão elástica que o colocasse na próxima fase da competição.
Mas o Corinthians resolveu colaborar e deixou de jogar, facilitando as coisas para o Galo.
Sofreu um sufoco sem esboçar qualquer reação e foi impiedosamente goleado no Mineirão.
Mano optou por preservar Gil e Elias, talvez por pensar que a vantagem dificilmente seria revertida pelo adversário. Enganou-se redondamente. Seu time simplesmente não jogou.
Foi exatamente nos setores em que deveriam estar os dois selecionados a fragilidade do time paulista.
A defesa quase intransponível naufragou fragorosamente e seu meio de campo não marcou nem criou absolutamente nada.
Por isso, com bastante determinação e eficiência, o Galo ganhou o jogo com toques envolventes e suplantou o apático time da Fiel.
Pois é, nem sempre o estilo fechadinho que joga por uma bola funciona...
Nissimiel

Em tempo: Marcos Rocha quase fez um golaço do meio de campo. Cássio tinha ido, desesperadamente, tentar o gol salvador e sua meta estava vazia. Ou quase. Havia Fagner, que evitou que o Timão sofresse um vexame maior...

QUATRO DEBATES: SÃO NECESSÁRIOS?

Não seria mais interessante que as emissoras de televisão fizessem um acordo e realizassem apenas dois debates neste segundo turno?
Um, por exemplo, seria promovido por Bandeirantes e Record. Dois dias antes do pleito, sob os auspícios das outras duas, SBT e Globo, poderia acontecer o derradeiro embate.
Haveria um interesse maior dos telespectadores e uma melhor qualidade na exposição de ideias pelos candidatos.
Hoje, dia dezesseis de outubro, não se sabe quais novidades ou mentiras poderão aparecer nas perguntas e respostas dos dois postulantes ao Palácio em Brasília.
Parecerá comida requentada, sem gosto do novo. Os dois, pensando em somar eleitores, poderão descambar por um caminho tortuoso, à procura dos votos.
Com tantas discussões e afirmações levianas, às vezes inócuas e sem propostas para o Brasil, perder-se-á a essência das ideias propositivas.
De um lado, Dilma, quer plantar coisas negativas contra Aécio. Este, por sua vez, torna-se repetitivo no seu discurso contra os desmandos do PT.
Os dois podem perder credibilidade perante os eleitores, que não saberão distinguir e separar os sofismas das verdades.
Perde a democracia. Perde o debate, perde-se tempo...
Nissimiel

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ESPETÁCULO E NEYMAR

Durante uma entrevista, Neymar declarou que o Brasil não precisaria dar espetáculo. O importante, sob essa ótica, seria a vitória. O pragmatismo teria contagiado o talentoso atleta da Barcelona? A cartilha de Dunga talvez parece ter sido assimilada por Neymar, o que seria uma temeridade para o futebol brasileiro.
O único craque brasileiro em atividade, capaz de desequilibrar os jogos a favor da equipe brasileira diz que não importa o a plástica e beleza do jogo. Sendo assim, o que esperar de agora em diante?
Se o maior jogador tupiniquim da atualidade, com talento inquestionável para o show, não faz questão de jogar de maneira bonita, quem então se encarregará de proporcionar espetáculo? É claro que todos precisam ajudar na marcação, mas abdicar do drible, da ousadia e da criatividade não condiz com a tradição do futebol brasileiro.
Pois é, mudou-se o treinador, mas a mentalidade covarde continua a mesma. Joga-se por uma bola...Parafraseando Luxemburgo,"o medo de perder impede de ganhar".
A síndrome da derrota vexaminosa para a Alemanha ainda perseguirá os brasileiros por muito tempo ainda, como ocorreu com o desastre de 1950 no Maracanã.
Não há no futebol do país craques em profusão como ocorria antes. Não se trata, evidentemente, de saudosismo, é apenas constatação.
Quando surge um fora de série como Neymar, ele deve jogar pragmaticamente, desperdiçando seu talento? Definitivamente, não...
Nissimiel


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

SEGUNDO TURNO. E AGORA?

Pela posição de Marina Silva nas pesquisas logo após a tragédia que vitimou Eduardo Campos, todos esperavam que sua ascensão durarasse até a hora da eleição.
Entretanto, houve alguns fatores que fizeram com que perdesse terreno na corrida presidencial e Aécio ganhasse fôlego e alcançasse o segundo turno.
A desconstrução da sua fala sobre uma nova política foi primordial para que caísse nas pesquisas e também na hora da votação.
Dilma, principalmente, bateu sem dó em Marina, o que fez com os eleitores vissem falhas no discurso do "novo" que Marina dizia representar. Inconsistências no seu programa de governo também foi outro fator que pesou contra a candidata do PSB.
Aécio, por sua vez, conseguiu encarnar o papel daquele que pode derrotar o petismo no Brasil.
Para os que não querem mais o partido de Lula no poder, o mineiro representa o voto para mudar o panorama político brasileiro.  Há muitas suspeitas de corrupção e é fato que houve aparelhamento do Estado.
Aécio pode simbolizar um novo rumo na economia e menos interferência do Governo na vida dos brasileiros.
Dilma, entretanto, é a candidata da situação, e tem a máquina para trabalhar a seu favor.
Além disso, tem o voto daqueles que acreditam que os governos petistas melhoraram a vida dos menos favorecidos, por meio do assistencialismo do Estado.
Nos doze anos do PT, houve avanços na área social, não se pode negar. Todavia, os escândalos durante as gestões petistas podem minar a candidatura de Dilma. Isso será fartamente explorado por Aécio Neves, inevitavelmente.
Certamente, por seu turno, a petista procurará demonstrar  que seu oponente também tem telhado de vidro. Acredita-se que venha munição pesada contra Aécio por aí.
Dilma ou Aécio? A sorte está lançada...
Nissimiel

ROMÁRIO SENADOR

Romário foi eleito senador pelo Rio de Janeiro com mais de quatro milhões de votos.
Ele tem feito críticas pesadas contra aqueles que comandam (?) o esporte mais popular do Brasil e isso pode ter tido um efeito na popularidade da Baixinho.
Além disso, o fato de ser autêntico em suas posições contra alguns desmandos no futebol faz com que ele seja uma estrela ascendente no cenário político brasileiro.
Defende também as pessoas com necessidades especiais e é um legislador atuante em Brasília, ao contrário de muitos que lá estão apenas para se locupletar do erário e do poder que o cargo lhes confere.
Não se pode, entretanto, aferir-lhe todas qualidades que um homem público deve ter, pois, como humano falho que é, é sujeito a defeitos e erros, evidentemente.
Não se tem notícia, todavia, de que Romário tenha em sua curta carreira no legislativo quaisquer manchas que comprometam seu status de pessoa honrada.
Nunca foi um santo na sua vida pessoal, embora isso em nada o desabone, dono que é de sua privacidade. Os moralistas que se contenham, pois...
Se no campo foi um dos melhores jogadores, na política não é diferente. Omissão não fazia parte de repertório enquanto era atleta. Sempre se posicionou. No legislativo, também faz valer suas opiniões fortes, mesmo ferindo suscetibilidades.
Rebela-se contra os homens que estão há tempos na CBF sempre que percebe as falcatruas da Confederação.
Quanto a sua principal bandeira em defesa das pessoas com necessidades especiais, já fez por estas mais do que os demagogos que defendem seus próprios interesses há tempos em Brasília.
No Senado, poderá fazer muito mais, não apenas contemplando o citado segmento da sociedade, pelo qual promete pugnar sempre. Espera-se que não se contamine pela leniência, omissão e desonestidade que assolam a política na capital federal.
Pela postura proba e característica combativa do ainda deputado, deve continuar a ser um membro diferenciado da nova Casa. O Congresso tem um craque no seu time. Que faça gols de placa na nova área e jogadas dignas do prestígio que amealhou na curta carreira parlamentar.
Parabéns, Romário, novo Senador do Brasil!
Nissimiel