sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ESPETÁCULO E NEYMAR

Durante uma entrevista, Neymar declarou que o Brasil não precisaria dar espetáculo. O importante, sob essa ótica, seria a vitória. O pragmatismo teria contagiado o talentoso atleta da Barcelona? A cartilha de Dunga talvez parece ter sido assimilada por Neymar, o que seria uma temeridade para o futebol brasileiro.
O único craque brasileiro em atividade, capaz de desequilibrar os jogos a favor da equipe brasileira diz que não importa o a plástica e beleza do jogo. Sendo assim, o que esperar de agora em diante?
Se o maior jogador tupiniquim da atualidade, com talento inquestionável para o show, não faz questão de jogar de maneira bonita, quem então se encarregará de proporcionar espetáculo? É claro que todos precisam ajudar na marcação, mas abdicar do drible, da ousadia e da criatividade não condiz com a tradição do futebol brasileiro.
Pois é, mudou-se o treinador, mas a mentalidade covarde continua a mesma. Joga-se por uma bola...Parafraseando Luxemburgo,"o medo de perder impede de ganhar".
A síndrome da derrota vexaminosa para a Alemanha ainda perseguirá os brasileiros por muito tempo ainda, como ocorreu com o desastre de 1950 no Maracanã.
Não há no futebol do país craques em profusão como ocorria antes. Não se trata, evidentemente, de saudosismo, é apenas constatação.
Quando surge um fora de série como Neymar, ele deve jogar pragmaticamente, desperdiçando seu talento? Definitivamente, não...
Nissimiel


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