Nesta Copa do Mundo, acontece algo que já se nota durante os jogos dos campeonatos pelo planeta afora: a ausência de meias, daqueles capazes de pensar nas jogadas de seu time, de dar um passe aprofundado aos atacantes e que também sejam capazes de armar jogadas, cadenciar o jogo, ou acelerá-lo, quando necessário.
Atletas da qualidade e estilo de Zidane, Zico, Platini, Pedro Rocha, Gerson...
Tipo de jogadores em extinção e que fazem uma falta muito grande às equipes de futebol, seja pela beleza que emprestam ao espetáculo, seja pela solução que apresentam ao time a que servem.
No Brasil, temos apenas um com essas características, porém não foi convocado. As razões para a não convocação são conhecidas. Scolari tinha seu grupo fechado e disso não abre mão. Outra alegação foi que não manteve uma regularidade durante o ano. É um jogador inconstante, dizem. Some do jogo. Trata-se de Ganso, que muitos consideram desligado, sem compromisso e um jogador comum. Não é, absolutamente. Joia rara, Paulo Henrique Ganso pode, numa partida difícil, colocar o atacante em condições de fazer o gol, além de proporcionar momentos de pura magia com suas jogadas, tão ausentes nesses tempos bicudos em que a mediocridade impera na maioria dos campos do mundo. Num momento de necessidade, poderia resolver. Ainda mais com Neymar, velho conhecido ao seu lado. Poderia ser o arco que falta à flecha...
As seleções que disputam este campeonato no Brasil carecem de um articulador. Não existem jogadores que lancem, que toquem a bola, enfim, que façam como faziam os meias citados anteriormente. Sem saudosismo, nem viuvez. É apenas uma constatação.
Nissimiel
Nenhum comentário:
Postar um comentário