quarta-feira, 15 de novembro de 2017

VALDEMAR COSTA E AÉCIO NEVES




Apesar de tudo que envolve seu nome, o senador Aécio Neves ainda preside seu partido.
Foi ameaçado de prisão e de perder o cargo por supostamente ter pedido a Joesley Batista dois milhões de reais. Tudo isso é muito grave, não se pode negar. Mas sua prisão seria ilegal, posto que só poderia ser preso em flagrante delito, o que não foi o caso. É de bom tom que se destaque isso.
 Depois de se livrar temporariamente das acusações, eis que surge novamente Aécio, destituindo Tasso Jereissati do comando do PSDB e tentando dar as ordens no ninho tucano.
As plumagens de todas as tendências internas agitaram-se contra e a favor de Aécio Neves.
Afinal, é uma liderança, para o bem e para o mal.
Há, todavia alguns aspectos a se considerar, como se verá adiante.
Como um político investigado e acusado de malversação de verbas públicas durante seu governo em Minas Gerais pode ainda ser dirigente de partido político e interferir nas decisões importantes do país?
É que estamos no país dos paralelepípedos (onde não se assenta um sem propina, segundo o advogado de Fernando Soares, Mário Oliveira Filho...) e tudo é considerado normal pelos facínoras que costumam assaltar os cofres públicos.
Até um senador investigado por supostos desvios de milhões na construção da Cidade Administrativa em Belo Horizonte ter poder para decidir o destino de partido político é normal, sob a ótica dos bandidos que pululam por estas plagas sem lei, o Brasil.
Valdemar Costa Neto, condenado no Mensalão e investigado por outros crimes, dita as regras no PR.
Apenas no país dos paralelepípedos uma excrescência dessas seria aceita, é bom ressaltar. Num país sério, e o Brasil não o é, isso pode ser considerado normal.
Pois bem, para que os votos de seu partido na Câmara fossem pró-Temer, exigiu que o aeroporto de Congonhas não fosse  privatizado e continuasse a injetar recursos na deficitária Infraero, que  abriga apaniguados dos que estão no poder. Acrescente-se que a estatal é feudo de Valdemar.
Assim, para ajudar Temer a se livrar do processo que poderia culminar com sua defenestração, mantêm-se o aeroporto de Congonhas e o peso nas costas (ops!) do Estado para empregar apaniguados dos partidos que sustentam Temer no poder. Para isso servem as estatais!
Nissimiel

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