quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

QUEM PRECISA DE HERÓIS? OU: MESSIAS PRA QUÊ?


O mundo não precisa de heróis, tampouco as nações necessitam de salvadores.
Para quem acredita, claro, houve um Messias. Para os incrédulos, ele não existiu.
Respeitem-se os crentes, os céticos e afins...
Outros messias aparecem de vez em quando para macular a imagem do original e muitas vezes iludem os desavisados.
Triste do povo que clama por um líder que os redima...
As Nações devem ter homens e mulheres que façam com que as instituições funcionem, e não um centralizador que governe acima dos outros poderes da República.
Ter-se-ia um déspota, algo não desejável, óbvio.
Quando se elege um presidente, espera-se que ele saiba articular com o Legislativo e que possa trabalhar  para que o povo seja beneficiado pelas políticas implementadas. Sem populismo.
No Brasil, todavia, é muito comum que haja culto a alguém que supostamente possa resolver todos os problemas do país. Não há panaceia possível, não há uma única pessoa que cure todos os males.
Para sanar as principais mazelas, precisamos de um Parlamento atuante e probo, um Presidente que intermedeie as relações e um Judiciário que seja um guardião da Carta Magna.
Se todos os poderes executarem bem suas funções, o país certamente ganhará.
Não há um juiz, governante ou pessoa pública em quem se devam depositar as esperanças de um país melhor, como se fossem os últimos bastiões da moralidade ou da  perfeita administração.
Como humanos falhos, são passíveis de cederem ao egocentrismo, à arrogância e também à ganância. Estas fazem com que roubem e também permitem que quem os rodeiam queiram seu quinhão. Ser centro do Universo é algo que acompanha os ditadores.
O Brasil não precisa de caudilhos e assemelhados para salvar o povo. Há as instituições democráticas, felizmente.
Pai do povo, mãe de todos e outras terminologias demagogas são dispensáveis.
Os incautos pensam que ações de ladrões do erário que supostamente favoreceram a população são salvo-conduto para que eles assaltem os cofres públicos e ainda enriqueçam suas órbitas ( familiares, amantes, amigos...).
Aqueles que defendem tais figuras abjetas podem ser chamados de ingênuos, mas também podem ser mal-intencionados, visto que sabem que seus eleitos são bandidos, mas se arvoram no direito de advogar em sua defesa, sob o argumento canalha que outros políticos também roubaram.
Falsos messias contemporâneos, são facínoras travestidos de salvadores, de quem não se precisa.
As instituições devem bastar para que se faça uma grande Nação...
Nissimiel

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