domingo, 11 de novembro de 2018

A COVARDIA DE AGUIRRE. OU: O MEDO DE PERDER...

GOL NÃO MARCADO A FAVOR DO CORINTHIANS, QUE FOI PREJUDICADO PELA ARBITRAGEM

A cada rodada, se torna evidente a forma medrosa de Diego Aguirre colocar sua equipe para jogar.
Refém de um esquema que privilegia a defesa em detrimento das jogadas ofensivas, o treinador do São Paulo não consegue surpreender seus adversários como fez no primeiro turno do certame nacional. Todos sabem que não haverá sufoco para suas defesas. Aprenderam a marcar o esgotado esquema tricolor, por isso o time perdeu pontos tolos, depois de estar à frente no placar.
Contra alguns times inferiores tecnicamente ao Tricolor, Aguirre contentou-se com placares magros, quando poderia ter usado a fragilidade dos adversários para dar confiança à equipe, jogando para a frente e sufocando os rivais em seu campo de defesa.
No lugar do jogo ofensivo, Aguirre optou por fazer o time tocar a bola inoperantemente para os lados, à espera dos espaços que quase ninguém costuma dar no atual momento do futebol brasileiro.
Claro que as seguidas contusões de Everton e as oscilações de Nenê atrapalharam seus planos e isso poderia servir de justificativa para a queda brusca de rendimento do São Paulo.
Acontece que ele deveria procurar no elenco reposições que amenizassem as ausências de atletas tão importantes ao seu esquema de jogo. Deve-se reconhecer a dificuldade e a fragilidade do elenco à disposição, claro.
É evidente que Aguirre não possui peças com a mesma qualidade e com características semelhantes para substituir os que não puderam atuar, por contusões ou suspensões.
Por todas as variáveis, o treinador tricolor tem desconto, por óbvio. E muito mérito por fazer o time jogar como o fez em alguns momentos do campeonato. Mas também é necessário que se diga que deve mudar algumas ideias que tem sobre a armação da equipe, que "sofre" muito e, se ganha em transpiração, perde em inteligência.
Ao contrário de setores da mídia esportiva, que já começam a defender sua dispensa, defende-se aqui neste espaço que Aguirre deve continuar o trabalho no ano que vem.
Seria uma bobagem monstruosa dispensá-lo e interromper o que começou neste ano.
Também é imprescindível dar a Diego Aguirre melhores jogadores para trabalhar, a fim de que se possa cobrar eficiência e resultados, que se traduzem em títulos. Algo de que o clube muito precisa.
Contra o Corinthians, que tem atualmente um time inferior  (basta olhar na tabela e na escalação do Timão), o São Paulo teve a grande chance de acabar com o incômodo tabu de nunca ter derrotado o rival na sua casa. Depois de ficar com um jogador a mais, pensou-se que iria virar um jogo de ataque contra defesa, mas o que se viu foi o Timão impor-se e jogar melhor do que o rival.
Houve um gol não anotado a favor do Corinthians, em que a bola ultrapassou a linha derradeira do campo, além de um pênalti reclamado pelos jogadores do Timão.
O resultado justo, se é que existe justiça no futebol, seria uma vitória do time da Fiel.
O que tornaria a covardia de Aguirre ainda mais flagrante...
Pois é. Aguirre foi dispensado pelo São Paulo, o que não invalida a opinião deste articulista sobre o trabalho do treinador. Ele deveria continuar. Falta planejamento aos clubes brasileiros...
Nissimiel

Nenhum comentário:

Postar um comentário