segunda-feira, 18 de setembro de 2017

SOBRE A MÃO DE JÔ E OS INOFENSIVOS RIVAIS DO CORINTHIANS

APENAS O PRÓPRIO JÔ PODERIA IMPUGNAR O GOL

O atacante do Timão abusou do cinismo ao declarar que não percebeu que a bola foi tocada com a mão por ele. Direito dele, claro. Há um auxiliar do apitador na linha de fundo para observar qualquer irregularidade. Se não viu, paciência...
Claro que ele não precisaria imitar o gesto de Rodrigo Caio quando o zagueiro do São Paulo assumiu o chute no companheiro de equipe, inocentando Jô. É sempre bom lembrar que o amarelo que o corintiano receberia o alijaria do próximo confronto contra o próprio Tricolor.
Caio, para assombro geral, isentou o rival, o que fez com que o colega de profissão não fosse punido. Jô exaltou o gesto do rival. Não cabe aqui nenhuma lição de moral. Que cada um aja de acordo com sua consciência, se a tiver. Liberdade individual é pelo que se luta neste espaço.
Muitos aplaudiram, outros acharam que Rodrigo Caio tinha sido ingênuo. Opiniões são expressões de liberdade e isso é facultado a todos numa democracia.
No jogo de ontem contra o Vasco, o centroavante marcou com a mão o gol que deu a vitória magra ao time da Fiel.
Ao ser questionado, alegou que não percebeu que tocara com parte não permitida do corpo na bola.
Acrescentou que se sentisse, diria ao árbitro imediatamente.
Não se pode pespegar a alguém desonestidade por gestos ambíguos, ainda mais se tratando de futebol, esporte ao qual se aplicam conceitos da famigerada malandragem brasileira. Todavia, é preciso reconhecer que a ética que Jô defendera no episódio de Rodrigo Caio poderia ser utilizada. É seu direito não confessar, claro. Ou até mesmo negar sua percepção do toque.
Claro que se deve reconhecer que fica muito difícil, num lance tão rápido, perceber o toque ilegal do jogador corintiano, por isso não se deve condenar a arbitragem. Não houve dolo, houve um erro.
Quanto ao campeonato, os rivais do Timão na briga pelo título abdicaram do direito de disputá-lo.
O Grêmio foi derrotado pela Chapecoense em casa e o Santos perdeu para o Botafogo no Rio de Janeiro. Sendo assim, com o perdão do trocadilho, o Timão está com a mão na taça...
A meta dos dois times é a Libertadores e a priorizam , em detrimento do Brasileirão.
Se um deles ganhar a taça, vai ser exaltado o tal planejamento, sob aplausos de boa parte da imprensa, que endossará a estratégia adotada pelo vencedor.
Apenas um dos dois pode levantar a taça continental, é obvio, e o outro ficará pelo caminho.
Não se pode esquecer também que os adversários não estão mortos. Barcelona e Botafogo querem ser campeões e não facilitarão as coisas para Santos e Grêmio. Serão partidas duríssimas, por certo.
No melhor dos mundos, um deles ganhará a sonhada taça. Ao outro o fracasso far-lhe-á companhia.
E ao outro que também fez o tal do planejamento mas não triunfou, o que restará?
Como diriam os mais antigos, nem tic, nem tac...
Nissimiel

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