segunda-feira, 11 de setembro de 2017

A CICUTA CORINTIANA


O QUASE INTRANSPONÍVEL CÁSSIO
 PROVAR DO PRÓPRIO VENENO
O Corinthians está em queda livre no campeonato brasileiro. Claro que ainda tem uma considerável vantagem sobre os concorrentes mais próximos. Entretanto, é bom que não se descuide...
Se o Grêmio estivesse mais interessado na competição, poderia ameaçar seriamente a equipe de Fábio Carille, mas a prioridade de Renato Portaluppi é a Libertadores. O time gaúcho tem time para fazer frente ao Timão. O Santos, que ontem o derrotou, pode começar a incomodar também.
Os dois dependem do desempenho na Libertadores, obsessão dos grandes brasileiros. Os corintianos devem torcer para que os dois permaneçam na competição continental, portanto.
Das últimas quatro partidas, o líder perdeu três, sendo duas em casa, onde dificilmente perde.
O que acontece ao time que quase todos já apontavam como campeão?
Já se disse aqui que o futebol do onze alvinegro não empolga. É um jogo modorrento e pragmático que quase nada permite aos seus adversários.
Tem uma equipe bem armada que toca acertadamente a bola, quando não a entrega ao oponente, à espera do momento do bote fatal, que liquida o adversário em poucas, mas eficientes estocadas que resultam em gols. Mérito que deve ser reconhecido. Apesar das restrições a esse tipo de proposta de jogo, deve-se admitir que tem funcionado bem. Pragmatismo puro.
A armadilha vinha dando certo. Com uma defesa bem postada e uma equipe coesa, impedia os ataques dos adversários, pois todos marcavam. Por ser um time colaborativo, com atletas com ótimo preparo físico, a fórmula parecia acertada. Os adversários concordaram que se tratava de uma boa alquimia. Com se verá adiante, copiaram a feitiçaria esportiva. E com eficácia. Sigamos!
Muitas vezes, os derrotados pelo time da Fiel tinham mais posse de bola do que os comandados por Carille. Mesmo assim, não derrotaram para o Corinthians.
Derrotar o Corinthians passou a ser uma meta de todos os times. Até fazer gols em Cássio também era missão inglória. Sua ótima fase era sempre ajudada pela postura consciente e firme de sua equipe.
Os treinadores das outras agremiações parecem ter combinado entre si a estratégia para ganhar do líder: dar a ele o mesmo veneno de que todos provaram no primeiro turno.
Abdicaram do ataque e privilegiaram o meio e a defesa. Ficaram esperando uma chance improvável, a de furar a quase intransponível zaga mosqueteira. Três equipes conseguiram e seguraram o jogo. Pragmaticamente, exatamente como... o Corinthians!
Obrigaram, como sugere a história socrática (de Sócrates, o filósofo, não do gênio que jogava demais...) que o Corinthians engolisse a própria cicuta fatal...
Nissimiel

Nenhum comentário:

Postar um comentário