COMO CABRAL COBRIU O RIO DE VERGONHA... OU A FARRA DOS GUARDANAPOS

A justiça brasileira é mais cega do que em outras partes do mundo.
Durante os mandatos de Sérgio Cabral, ela não viu nada do que acontecia de estranho no estado do Rio de Janeiro.
A ceguinha estava dormindo e não percebeu a evolução do patrimônio do governador, por certo...
Sempre houve cheiro de corrupção no ar do Rio durante suas gestões.
O ministério público nunca desconfiou de nada?
Não é  normal que um governador ande em companhia de empreiteiros mundo afora em farras etílicas e dispendiosas, como se noticiou na viagem para Paris, na farra dos guardanapos.
A sua ostentação em festas e viagens acompanhado por empresários é um acinte a quem tem um mínimo de inteligência.
De onde veio o numerário para os eventos de que sempre participou não parece ser um mistério insolúvel. Pode ser chamado de propina.
É estupefaciente como no Brasil as pessoas frequentam bons e caros lugares e adquiram bens sem procedência legítima e nada lhes aconteça.
A declaração de renda dos  nossos políticos comprova: o que percebem não condiz com o estilo de vida nababesca que ostentam.
VERGONHA, para a justiça do Brasil, que não se investiguem no nascedouro os escândalos de corrupção.
Parte da imprensa, que deveria denunciar as falcatruas, divulga as festas suntuosas em que os políticos lambuzam-se do mel prostituído, ladeados por empresários que ganham licitações onde esses salafrários (des)governam.
Ninguém sabe que os rendimentos de um governador são incompatíveis com a gastança que protagoniza? Não se sabe quanto custa voar de helicóptero ou de avião fretado?
Como pagar por esses luxos, se não for com as mãos sujas de propina?
Embora os salários não sejam desprezíveis, ainda mais se comparados com a média brasileira, não há possibilidade de se gastar tanto e ter os bens que os ladrões do erário possuem.
Seus patrimônios aumentam consideravelmente e nada é cobrado deles.
No cotidiano de um cidadão comum não podem aparecer carros, imóveis e bens muito caros sem que se desconfie da incompatibilidade do holerite com a pujança do que ostenta o trabalhador.
Pode ser considerado normal que os políticos entrem na vida pública com patrimônio modesto e enriqueçam substancialmente em poucos anos?
Com raríssimas exceções, os que se elegem sempre recheiam suas contas com dinheiro sujo.
É muito estranho que somente agora Cabral seja preso. Além de cega, nossa justiça também é lenta.
É deveras espantoso também que apenas agora se indigne com o fato irrefutável de que ele cobriu o Rio de vergonha...
Nissimiel