sexta-feira, 14 de abril de 2017

MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS? OU: ANDAR EM BANDO EU VOU...



José Mayer protagonizou mais uma história de cafajeste e galanteador. Desta vez, todavia, não era mera ficção da Rede Globo.
De acordo com Susllem Tonani, figurinista da emissora, durante muitos meses o ator assediou-a. Apesar de ela ter deixado claro que suas investidas não seriam correspondidas, o galã insistiu.
A princípio, elogios sutis, que foram progredindo para vulgaridades, que não merecem ser reproduzidas neste espaço.
Segundo Tonani, ele partiu para a ação e teria apalpado sua genitália.
Teve medo de denunciar a canalhice a que estava sendo exposta e sofrer represálias, por isso demorou oito meses para falar sobre o abuso. Compreensível, óbvio.
Atitude totalmente reprovável e machista. Não é execrável "apenas" por se aproveitar da posição que Mayer ocupa, mas também por achar que a mulher pode ser atacada e ser apalpada sem sua permissão, ao bel prazer dos canalhas de plantão.
Muitos homens ainda pensam que molestar e se insinuar de maneira cafajeste provam uma suposta virilidade. Tais machos talvez precisem de assediar para se sentirem viris.
José Mayer até acenou com um constrangido mea-culpa na carta que divulgou.
Disse que é fruto de uma geração machista. Admite seu erro e também ressaltou que não deve ser confundido com as personagens das novelas de que participou.
A generalização é sempre perigosa. Nem todos os homens de sua geração são machistas e assediam mulheres, é bom que se frise. Mayer deveria falar por si...
A repercussão do episódio e também a pressão que deve ter sofrido da família motivaram-no a se manifestar publicamente e assumir a bobagem que fez.
Depois do episódio, apareceram outras vítimas do ator, atrizes da emissora carioca, que o acusaram de ser, para dizer o mínimo, inoportuno.
E, claro, as feministas arvoraram-se no direito de execrar o artista, como se ele fosse o pior ser humano da face da terra. Não o é, seguramente.
Confeccionaram camisetas com uma frase típica de bando "mexeu com uma, mexeu com todas" e saíram mostrando a indumentária "progressista" nos meios de comunicação.
José Mayer teve uma atitude condenável e grotesca, para dizer o mínimo, mas sua empregadora já o afastou indefinidamente das produções de que participaria.
A lei pode ser procurada pela figurinista para devida reparação, se ela assim o decidir.
É uma decisão PESSOAL e INSTRANSFERÍVEL.
José Mayer não mexeu com todas as mulheres, afinal.
E nem todos os homens tomam atitudes odiosas como ele o fez.
Ele deve responder INDIVIDUALMENTE pelo seus atos, como adulto que é.
Andar em bando? Nem eles, nem elas...
Nissimiel

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