quinta-feira, 6 de abril de 2017

ASSUNTO ESPINHOSO.OU: COMO NÃO FAZER A REFORMA?


NÃO PRECISA REFORMAR?
A reforma da previdência é um assunto difícil de se tratar, por motivos diversos.
O governo afirma que ela é imprescindível. A oposição e os atingidos por ela refutam e argumentam que não há crise na previdência.
Opositores querem que se faça uma devassa nas contas da previdência, a fim de se provar que existe dinheiro e que o déficit é resultado das dívidas de empresas que não pagam o que devem aos cofres previdenciários.
Cabem aqui algumas indagações, que se fazem urgentes:
Por que os parlamentares que optaram por votar a favor da reforma fariam isso? Em troca de impopularidade, talvez? Suicídio político certo, não?
Se há necessidade de uma CPI da previdência como aventam alguns, por que ela não foi aberta antes?
Por que não cobraram das empresas que devem ao Brasil nos anos do petismo e dos tucanos no poder?
Se é verdadeiro que a cobrança dos caloteiros forrariam os cofres e não seria necessário alterar as regras da aposentadoria, por que não o fizeram quando estavam no poder?
Como as respostas não são fáceis, vale apelar para o barulho e o corporativismo. Fazer bastante escândalo e pressionar os parlamentares para que eles deixem a situação do jeito que está.
Que se corra o risco  de explodir a previdência, então!
Todos os políticos que berram contra a reforma sabem da necessidade de se alterar a idade mínima, como já aconteceu em todos os países sérios.
Corre pelas redes sociais uma lista, segundo a qual países aposentam seus cidadãos aos cinquenta e poucos anos. Tal lista não é verdadeira, como muitas coisas que povoam a internet.
Não é difícil pesquisar para saber que em países ricos como Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha a idade mínima passa dos sessenta e cinco anos. Por que apenas no Brasil, um país pobre, seria diferente? 
Por mais que os trabalhadores brasileiros não queiram a reforma, parece não haver saída.
E TODOS OS POLÍTICOS BRASILEIROS SABEM DISSO, reitere-se... 
Todavia, eles têm seu eleitorado a quem devem satisfação e não querem se mostrar insensíveis aos direitos dos cidadãos.
Há uns dias, o senador José Medeiros apresentou um áudio em que Lula dizia claramente a mesma coisa que Temer e os parlamentares da base aliada afirmam sobre o assunto: que a reforma tem de ser feita de vez em quando, pois as pessoas vivem mais e que é preciso reformar a previdência.
Claro que Lula negará o conteúdo do áudio. Pode, entretanto, ser conferido aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Ltbkvhv9Uvk
Ele compareceu à manifestação contra a reforma. Defendeu os direitos dos trabalhadores e criticou o governo "golpista", como se esperava. Bem ao seu estilo fanfarrão e populista.
Há quem caia na sua cantilena, e os há em profusão.
Lula é um mestre na arte de iludir os incautos.
O jogo de Lula, dos opositores e prováveis candidatos à presidência é simples: vociferar contra tudo que o governo atual quer e precisa de fazer, mas torcer para que tudo seja feito agora.
E, se nada acontecer no percurso de Lula, ele poderia tentar um novo mandato em 2018, sem ônus...
Nissimiel

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