quarta-feira, 25 de março de 2020

CORONAVÍRUS. O PERIGO É REAL, MAS E A ECONOMIA, COMO FICARÁ?

Jair Bolsonaro manifestou-se sobre o momento terrível pelo qual passa o mundo. Claro que o fez à Bolsonaro, autenticamente, sem meias-palavras, como é de seu feitio.
Ele deveria se conter e fazer uso de palavras escolhidas criteriosamente por sua equipe para não ferir suscetibilidades? Bem, aí, não seria Bolsonaro...
Há algumas coisas que precisam de ser consideradas,
O coronavirus é uma ameaça à vida, não se pode negar. Assim como existem muitas causas de morte no mundo. Este não é o maior perigo que o ser humano enfrenta na sua aventura terrestre, embora os oportunistas queiram se aproveitar da crise para fazer política, seu meio de vida.
É necessário que se dê a relevância exata que o vírus representa, insofismavelmente. Não se deve ignorar o perigo que está assombrando o mundo.
Num primeiro momento, é urgente que as pessoas se recolham aos lares, a fim de se vidas sejam preservadas e não disseminar o pânico, por certo.
Mas o futuro cobrará a conta da inatividade da população. E não adianta a gritaria contra quem está tendo a responsabilidade de dizer que a economia parada acarretará em muitas mortes por inanição e por falta de recursos financeiros para sustentar o mundo.
Por mais que se pense nas vidas que podem ser ceifadas pelo coronavirus, deve-se também pensar no que virá depois da internação quase compulsória da maioria dos trabalhadores: a falta de dinheiro que poderá trazer mais mortes ainda das que viriam pela presença do novo vírus no corpo humano.
O que fazer, então?
Como na maioria das coisas da vida, equilíbrio é primordial. Num primeiro momento, as medidas de restrição a que estão submetidos muitos milhões são eficazes, não se pode pode ignorar.
No entanto, não se deve esquecer do que movimenta o mundo, para o bem e para o mal: o dinheiro.
Seja o mundo governado por quaisquer tendências ideológicas, todos os seres humanos precisam do "vil metal". Como alguém em sã consciência discorda de tal assertiva? Os hipócritas desdenham do dinheiro, mas sabem certamente da sua importância. Como se consideram "do bem, sem apego", apelam ao sentimentalismo inócuo e rasteiro e dizem não gostar de grana. Adiante.
Não há aqui insensibilidade ao falar sobre as obviedades que muitos teimam em não ver.
O mundo gira e remédios custam dinheiro, comida custa dinheiro, absolutamente TUDO depende do dinheiro.
"É a economia, estúpido!", segundo James Carville, assessor de Clinton, poderia embalar a discussão de agora, mas não é de bom alvitre que se tome ao pé da letra a emblemática frase de Carville.
O que urge é que se encontrem  soluções que contemplem a preservação das vidas e a economia do  mundo...

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