segunda-feira, 30 de setembro de 2019

FERNANDO DINIZ NO TRICOLOR. ALVÍSSARAS!

COM O APOIO DE DANIEL ALVES E HERNANDES, FERNANDO DINIZ É O NOVO COMANDANTE TRICOLOR

Quando o São Paulo anunciou Fernando Diniz como novo treinador, houve surpresa no  mundo esportivo e com razão.
Vindo de duas demissões, talvez não fosse o mais indicado para tirar o Tricolor da situação vexaminosa a que seus dirigentes expuseram o clube ultimamente. Qual o plano dos seus dirigentes?
A imprensa afirma que ele foi exigido pelos atletas mais experientes do clube, em detrimento do demissionário Wagner Mancini, que assumiria a equipe após a saída de Cuca. Este não conseguiu moldar o onze de acordo com suas convicções (?).
As mazelas tricolores são tantas em tantos anos de desmandos que não caberiam aqui neste espaço.
Um grande problema dos clubes brasileiros é mover-se por impulso, quando a situação exige planejamento. O São Paulo segue a turba dos que improvisam e prossegue com sua sina atual, de piada pronta para os adversários.
Aguirre, por exemplo, foi defenestrado sem mais delongas, apesar de ter colocado o time nas primeiras posições do campeonato do ano passado. Não fazia o São Paulo jogar o futebol dos sonhos, mas impôs um tipo de jogo (pragmático e horroroso, registre-se...) que quase o consagrou. Não fossem as contusões e suspensões, teria um desempenho melhor do que o teve e talvez levasse a equipe a disputar a Libertadores. Como se sabe, sob o comando de Jardine, classificou-se para a Pré-Libertadores e foi eliminado melancolicamente. Vergonha mais uma vez para o outrora respeitado Tricolor e objeto de chacota, atualmente.
Fenômeno estranho acontece com Jardine. Vencedor e ousado nas categorias de base, revelou-se retranqueiro e medroso como a maioria dos covardes que proliferam no futebol brasileiro.
Fernando Diniz é um sujeito perfeccionista e trabalhador. Com os atletas de que dispõe agora, pode  fazer do São Paulo uma equipe vencedora e capaz de jogar um futebol de qualidade. Mas precisa de tempo. Que os imediatistas retirem-se de cena para que o planejamento consciente prevaleça.
É claro que ele precisa de abrir mão de alguns conceitos a que se apega. Nem sempre é possível sair jogando como ele exige de seus atletas, muitas vezes sem qualidade técnica para tanto.
De vez em quando deve-se chutar a bola para onde "aponta o nariz", como prega o bom senso.
O grande e incomparável Telê Santana foi obrigado a colocar em suas equipes jogadores operários que se sacrificavam para as estrelas brilharem. Mas o jogo continuava bem jogado, na maior parte do tempo, ressalte-se.
Telê é inesquecível para os amantes do bom futebol. É quase uma heresia comparar qualquer treinador ao Mestre.
Diniz, entretanto, possui muitas coisas em comum. Gosta do futebol bonito, abomina o pragmatismo exacerbado que germinou feito praga no futebol nacional e trabalha à exaustão.
Pena que sua contratação não tenha sido obra de um projeto bem elaborado e sim recomendação (ou exigência?) dos líderes do elenco. O que vale, todavia, é que ele tenha chegado ao clube, mesmo que por vias meio incertas. Pode dar certo, entretanto...
O empate contra o líder Flamengo foi essencial para o Tricolor ganhar confiança. Com algum pragmatismo, o que não é muito a praia do novo comandante do São Paulo. Necessário, entretanto, pelas circunstâncias. Nenhuma outra equipe tinha conseguido roubar pontos do time sensação do Brasileirão no Rio de Janeiro.
Com a estrutura e jogadores afinados com seu estilo, Diniz pode fazer história no Tricolor. Mas ele precisa de tempo e de paciência dos torcedores...
Nissimiel

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