sábado, 2 de fevereiro de 2019

PALANQUES FÚNEBRES

PALANQUE ESTAVA PRONTO PARA LULA...

Toda a vida de Lula foi, e ainda é, pautada pela política. Ela faz parte da sua vida.
Para o bem e para o mal. Principalmente para o mal, como muitos descobriram tardiamente...
Pois bem.
Segundo se noticiou, em 2004 e 2005 ele não foi despedir-se dos dois irmãos que morreram.
Não se sabe a razão para a ausência do então presidente nos velórios dos parentes. Cada pessoa tem um jeito de sentir (ou não) as perdas da vida para a inevitável morte.
Dessa vez, entretanto, Lula queria ver o irmão Vavá. Pela última vez. Os sentimentos talvez tenham aflorado no peito de Lula.
A lei permite que isso aconteça. Quando parentes próximos morrem, a justiça PODE permitir que o condenado compareça. Mas não existe a obrigatoriedade de liberar um condenado para tal fim.
A lei usa o verbo PODER. Para os desavisados, é diferente de DEVER.
A autoridade deve analisar as circunstâncias para decidir a possibilidade de deixar o preso ir ao enterro do parente.
Lula, acostumado a fazer comícios em ocasiões similares, enxergou a possibilidade de mais um palanque para seu exercício predileto: fazer política e se defender das injustiças das quais é vítima, de acordo com os fanáticos que o seguem.
Como ocorreu na morte da esposa, quando transformou o ataúde de Marisa Leticia em local para seu discurso, o apenado desejava discursar e fazer política, tal qual seu vício o subjuga.
Na quase solidão da "cela" em que se encontra, Lula não estava preocupado com a morte do irmão. Ele talvez tenha vislumbrado a chance de novamente falar com seu público fiel, que o esperava com aplausos prontos, certamente.
Como lhe foi negada a ida ao velório, apelou ao presidente do Supremo, que o autorizou a ir, mas impôs algumas condições. Não deveria se manifestar, não poderia ser filmado, usar celular, tampouco fazer discurso. Poderia ter contato com os parentes e nada mais.
Lula, evidentemente, recusou a oferta. Afinal, velar e enterrar os mortos não são coisas tão prazerosas quanto o discurso político. Chorar e lamentar a partida dos entes queridos (como se ele gostasse de alguém..) não são parte do ofício de Lula.
O presidiário quer ter um palanque, que pode ser o caixão, como no velório da esposa. Discursou, apaixonadamente ( pela política, claro...), não respeitando o próprio luto.
Na missa em homenagem à Marisa Letícia, novamente o ex-presidente usou o momento para inflamar a massa de néscios que o idolatram. A justiça há havia decretado sua prisão.
Extrapolou o tempo dado pela justiça para se entregar e houve um principio de tumulto promovido pelos seguidores, o que postergou sua prisão. Lula pouco falou sobre Marisa.
Quando citou seu nome, usou-o como gancho para desancar os desafetos e reclamar da perseguição política da qual estaria sendo vítima. Inclusive, chegou a culpar a operação Lava Jato pela morte da mulher. Adiante.
No enterro de Vavá, houve teatro, discursos dos simpatizantes do mentiroso-mor contra todos os "inimigos da democracia".
O padre ensaiou um "Pai Nosso" ao pé do caixão do irmão do bandido, mas o que se ouviu foi o odioso e idiota grito "Lula livre".
O religioso, a principio constrangido, quis continuar a oração, mas aquiesceu. Também aderiu ao ecumenismo e à religião majoritária que se professava no ambiente: o culto ao corrupto idolatrado pelos fanáticos e imbecis que entoam inutilmente o mantra. Como já disse alguém, com a devida licença: "Lula está preso, babaca"... E, como esperam os cidadãos de bem, deve permanecer assim...
Como vergonha é artigo raro na vida dos seguidores de Lula, houve ainda a inauguração de um novo hino fúnebre: um fanático tocando a famigerada música que acompanha o líder petista, quando ele encontra iludidos, incautos e pessoas de caráter duvidoso.
Ao som de, vá lá, " olê, olê, olê olá, lulaaa, lulaaa", o féretro seguiu.
E o pobre Vavá esperando a marcha fúnebre de Beethoven...
Nissimiel

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