E A SOLUÇÃO FOI TIRAR CENI...

Os cartolas brasileiros mais uma vez fizeram aquilo que ninguém deveria estranhar mais: demitiram um treinador de futebol por causa dos resultados no campeonato.
O famoso projeto de que tanto fala Luxemburgo, foi interrompido no meio do percurso.
No caso do São Paulo, haveria, segundo quem  contratou Rogério Ceni, tempo e respaldo para realizar o trabalho. Ceni deveria, portanto, ficar tranquilo.
Rogério priorizou o ataque, em detrimento do setor defensivo. Por isso o time ficou desequilibrado e sofreu muitos gols. Quando tentou arrumar a defesa, falhas individuais decretaram as eliminações de três competições.
Como culpar (completamente) o treinador pelas deficiências e falhas bisonhas de seus atletas? No futebol, isso acontece frequentemente. O treinador acaba sendo responsabilizado pelas derrotas na maioria das vezes. "É o tal futebol", dizem. "É assim mesmo..." vaticinam os fatalistas.
Não se pode aceitar passivamente que seja dessa forma!
Mentiras e embustes são coisas rotineiras no combalido esporte nacional, todos sabem.
Mas como se tratava do maior ícone são-paulino, não se acreditava que Ceni pudesse frequentar o lugar comum reservado aos reles mortais.
Com assento cativo garantido no panteão dos grandes heróis tricolores, Rogério jamais acreditou que escorregaria para a vala dos "normais".
Com sua história no clube, estaria imune às intempéries destinadas aos treinadores sem pedigree do futebol do Brasil. Um ídolo passaria incólume pelas tempestades que desabaram sobre o Tricolor.
O atestado de imortal, todavia, vale apenas para o Mito em que se tornou defendendo as cores do Tricolor.
Ao treinador iniciante,  restou a porta da rua, que lhe foi indicada sem maiores cerimônias pelos dirigentes do Morumbi...
Nissimiel