NAO SE FAZ COPA COM HOSPITAIS...

Maracanã, abuso de dinheiro público

Amazonas, arena sem público e gastos absurdos

Um dia, Ronaldo proferiu a pérola : "não se faz Copa do Mundo com hospitais..." e causou revolta de muitos brasileiros.
O Fenômeno é bem sucedido no mundo empresarial e por isso provoca muita inveja de ressentidos que há pelo mundo afora. A inveja é algo detestável. Quem é bem sucedido pode suscita-la, indubitavelmente...
A base de negócios do ex-atleta, obviamente, são  os esportes, com destaque para o futebol.
Não se deve, portanto, estranhar que ele defenda seus interesses.
Ronaldo está no seu direito. O que não se concebe é que entre dinheiro do erário no que deveria ser privado. Nem a desculpa de fomentar o turismo pode orientar a discussão. Quem ganha é sempre o empresário, o que é legítimo, frise-se... Ele que invista, então! Claro que o Brasil fatura com a vinda de turistas, mas o principal favorecido será sempre o setor privado.
Todavia, não se pode prescindir do bom senso para se analisar os problemas pelos quais o Brasil passa na atualidade.
Há prioridades das quais o cidadão não pode abrir mão, como saúde, educação e segurança.
Tudo isso já foi atendido no Brasil? Todos sabem que não!
 Então, que não se façam tais descalabros com o dinheiro do contribuinte.
A saúde no Rio de Janeiro é o caso mais flagrante e recente da vergonha nacional. O sistema é muito falho e corrupto, como todas as coisas públicas no país dos paralelepípedos ( onde não se assenta um sem propina... ). O Maracanã consumiu mais de um bilhão em duas reformas nos últimos anos. Não se faz copa com hospital...
Estádios gigantescos foram erguidos com o dinheiro dos impostos, em detrimento de urgências nacionais.
No Amazonas, apenas para citar mais um, foram gastos milhões na construção de um elefante branco e ainda muitos milhares de reais são desembolsados todos meses para manter a tal arena. As pessoas estão morrendo por falta de atendimento médico adequado naquele estado.
Não se faz copa com hospitais...
A população tem o direito de reivindicar o mínimo, no que concerne aquilo que o Estado precisa de proporcionar aos seus cidadãos.
Claro que se pode argumentar que não daria para manter a saúde com o gasto em construção e manutenção de estádios, porém, o dinheiro poderia ser usado na saúde, certamente.
Não se faz copa com hospitais...
Nissimiel