sábado, 18 de julho de 2015

CRIANÇAS ARTISTAS





Crianças caricatas, próprias para programas de humor





Nesta semana, uma ação do juiz Flávio Bretas chamou a atenção.
Ele vetou a participação de dois apresentadores infantis do SBT e de duas crianças que fazem parte do elenco do espetáculo Memórias de um Gigolô, sob a direção da Miguel Falabella.
No primeiro caso, a alegação é que a carga horária dos apresentadores é excessiva aos dois e no outro imbróglio o magistrado argumenta que há no texto da peça a palavra masturbação, além de outros vocábulos que considera inadequados aos jovens. Pensamento equivocado do juiz. Os adolescentes devem conhecer as palavras e saber quando e onde usá-las. Até mesmo para não serem ludibriadas ou envolvidas por pessoas inescrupulosas quando não houver um adulto por perto.
Simples assim. Quanta ingenuidade! Será que os jovens não conhecem o significado das palavras?
O poder público não deveria usurpar o papel da família, que é de orientar e criar seus filhos de acordos com os preceitos de boa conduta e boa educação.
Num mundo em que as informações chegam tão rapidamente e se renovam a cada momento, faz sentido que um juiz decida que tipo de palavras as crianças podem ou não proferir ou ouvir?
Os pais devem ter autonomia para decidir a respeito do que seus filhos devem ter acesso e sobre sua educação. Desde que haja bom senso, claro.
 Pelo que se sabe, os artistas mirins não podem ser relapsos com a escola, pois perderiam a oportunidade de atuar. E eles NÂO querem deixar de ser artistas! Por isso, são bons alunos.
A ação descabida de Bretas interfere na família, o que não deveria acontecer...
É claro que se deve ter atenção e cuidado com a exploração dos meninos. Há algum indício de que isso esteja ocorrendo?
Pelo que se sabe, as emissoras têm profissionais que dão suporte às crianças, não só nos programas matutinos, mas também nas novelas em que estão envolvidos menores de idade.
Nos espetáculos os jovens são acompanhados pelos seus responsáveis legais. Não ficam "jogados".
Uma situação tão inusitada quanto ridícula poderia ocorrer, como segue.
Poder-se-ia imaginar uma cena em que adultos interpretassem crianças em filmes, novelas e espetáculos.
Se não fosse em um programa de humor, seria ridículo.
Caricatos, no mínimo, seriam todos os personagens. A arte precisa também das crianças, desde que bem amparadas, como parece ser o caso das envolvidas nos casos citados.
Por que um juiz, que certamente tem sob sua custódia milhares de processos provavelmente mais urgentes para resolver, quer proibir artistas mirins de exercerem seu trabalho?
Dos holofotes, quem precisa são os artistas, não o juiz.
Quer protegê-los? Ora, até que se prove o contrário, esta é missão inalienável da família. Se esta não der conta, que o poder público interfira...
Nissimiel



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