" Dormia a nossa pátria mãe tão distraída sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações... ... cada paralelepípedo dessa cidade vai se arrepiar..."
Há numa canção de Chico Buarque versos que foram feitos sob medida para expressar a indignação pelos roubos cometidos e pelas transações criminosas envolvendo dinheiro público.
É claro que o compositor não se refere ao nosso tempo. Reporta-se ao período da ditadura militar, quando muitos atrocidades foram cometidas contra quem se opusesse a ela. As transações que cita eram engendradas nas penumbras do período, sem que se pudesse protestar.
Os versos poderiam ser utilizados hoje para condenar o partido que jura ser dos trabalhadores, mas tem perpetrado roubos bilionários contra as empresas estatais e o erário. Rouba, portanto, o povo, a quem diz defender.
Chico, como se sabe, é simpatizante de Dilma e Lula e não faria uma canção que indicasse sua insatisfação com o PT e seus asseclas.
As palavras que o talentoso compositor colocou na sua canção servem perfeitamente para os tempos atuais e os desmandos do governo brasileiro. Mas Chico jamais admitiria que sua música retrata, assim como o fez no passado, o momento presente do país.
Afinal, Chico se diz socialista, defende a ditadura de Cuba e o populismo mentiroso de Maduro na Venezuela, assim como o PT faz.
A pátria mãe dorme ainda, mas nos seus pesadelos, vê os roubos e conchavos dos parlamentares que (des) governam o Brasil sem nada poder fazer, visto que os tribunais, os cargos em estatais continuam dominados pelos políticos e ladrões ( perdão, redundância) que pululam por aqui.
Diferentemente da canção, aqui, no país dos paralelepípedos (onde não se assenta um sem propina), quem se arrepia é o povo brasileiro.
Vai passar, Chico?
Nissimiel
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