O TEMPO DOS TÉCNICOS

Mais um técnico foi demitido. Uma triste rotina no futebol brasileiro, em que muitos são mandados embora sem tempo para mostrar seu serviço. Mas é claro que os profissionais também têm culpa, pois não hesitam em pegar o lugar do colega demitido, ainda quente...
A cultura que reina no Brasil não permite que os treinadores fiquem muitos anos no mesmo clube. Marcelo Oliveira, vencedor no Cruzeiro, foi defenestrado, apesar do bicampeonato brasileiro.
A equipe mineira foi praticamente desmontada e seu treinador tentava reconstruí-la. Como caiu na Libertadores, ruiu também todo seu trabalho.
No Palmeiras, Oswaldo de Oliveira também foi mandado embora, depois de um inicio promissor.
Oliveira teve seis meses para formar uma equipe competitiva. Eliminou o Corinthians no Paulistão e tudo parecia bem encaminhado para fazer história no Verdão.
Perdeu a final para o Santos e as cornetas tocaram no Parque. Segurou-se, entretanto.
Mau começo no certame nacional determinou sua queda.
Qual será o próximo a perder o emprego? É só acompanhar as próximas rodadas do Brasileirão.
Doriva, que rejeitou um convite do Grêmio, parece ter subido ao telhado no Vasco da Gama...
Juan Carlos Osorio chegou ao São Paulo com novas ideias. É um cidadão culto, estudioso e trabalhador.
Nos seus primeiros contatos com a imprensa brasileira foram só elogios.
No clube, seus métodos são motivo de palavras elogiosas por parte de todos.
O colombiano tem contrato de dois anos com o Tricolor, tempo razoável para desenvolver um bom trabalho no clube.
Resta esperar para ver os resultados iniciais de Osorio. Se conseguir ser campeão brasileiro ( o melhor dos mundos), marcará história e poderá ser um bom exemplo de oxigenação no nosso triste futebol brasileiro.
Se as derrotas aparecerem, as críticas virão.
Professor Pardal, maluco e outros nomes pejorativos poder-lhe-ão ser atribuídos.
Qual será o tempo de Osorio? O do contrato ou o dos resultados? A conferir...
Nissimiel