Muitos dos narradores de futebol ou outro esporte miraram-se em Luciano do Valle, um locutor com voz diferenciada e um estilo que marcaram as transmissões da televisão do Brasil.
Sabia narrar num tom exato, usando a razão, porém com emoção tão grande que mexia com sentimentos de quem gosta de esporte. Amálgama perfeita na narração.
Passou por algumas emissoras, marcando época na Globo, principalmente na Copa de 1982, quando levou às lágrimas milhões de torcedores, ao descrever com seu jeito peculiar e envolvente os gols e jogadas de uma das mais celebradas Seleções de todos os tempos.
A chamada Geração de Prata de vôlei ficou eternizada pelo estilo de Luciano. Angariou muitos seguidores para o esporte que não era tão popular por estas plagas.
Na Fórmula I ele também usou seu imenso talento para levar aos lares brasileiros as corridas, com uma maneira única de narrar.
Não se pode esquecer da Fórmula Indy, que Luciano ajudou a popularizar no Brasil.
No basquete, foi responsável por narrações memoráveis de momentos históricos do esporte.
Sua última emissora foi a Band, em que se consolidou como um dos maiores mitos da televisão do país.
O que mais falar deste ícone?
As lágrimas de Neto, o polêmico e competente comentarista da Band e a expressão de choro de Fernando Fernandes talvez sintetizem a falta que Luciano do Valle fará aos seus companheiros na Bandeirantes.
A todos os outros que admiraram seu trabalho por décadas, ficará a lembrança eterna do narrador fenomenal que foi Luciano do Valle, um espelho para muitos futuros profissionais da narração esportiva do Brasil.
Nissimiel
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