domingo, 18 de fevereiro de 2018

AS ESCOLAS DE SAMBA E A CORRUPÇÃO


Duas escolas de samba do Rio de Janeiro arvoraram-se no direito de representar a moral dos brasileiros.
Como se eles a tivessem. Recebem dinheiro público de que nem prestam contas, muitas vezes.
O Carnaval deveria ser feito com verbas privadas, nunca às custas dos combalidos cofres públicos.
Os funcionários públicos não recebem seus salários em dia, faltam verbas para serviços essenciais e o caos está instalado no Rio. Deveriam envergonhar-se de usar dinheiro público.
A campeã Beija-Flor, que tem na figura de seu presidente de "honra" um homem condenado pela justiça a muitos anos de prisão, resolveu exaltar a luta contra a corrupção dos políticos.
Deve-se rir? A piada não parece engraçada...
Pois é, a agremiação de Nilópolis resolveu escancarar a revolta contra as injustiças tupiniquins.
É evidente que levantou a arquibancada, sedenta por justiça contra os larápios que pilharam e continuam roubando a pátria amada e vilipendiada.
Não se entra aqui na parte técnica do desfile, em razão da total ignorância do articulista sobre os critérios para avaliar as alas, enredo ou quaisquer elementos da festa de Momo.
Os entendidos no assunto asseguram que foi justo o resultado. Se está bom para quem conhece do riscado, fica assim. Ponto pacífico.
A Beija-Flor desancou políticos de várias colorações partidárias e não selecionou bandidos para poupar e isso deve ser ressaltado. Pelo menos isso...
Além de tudo, fez a média contra a desigualdade e as mazelas brasileiras.
Não se deve negar os problemas brasileiros, por certo, mas demagogia e hipocrisia têm limite.
A outra escola atacou o presidente da República e todos aqueles que apoiaram a defenestração da presidente mais incompetente e ignorante da história do Brasil.
Foi vergonhosa a seletividade que fez a vice-campeã, A Paraíso do Tuiuti.
Seu enredo claramente quis corroborar a tese petista do golpe que o Brasil sofreu, segundo os criminosos, com a defenestração de Dilma e a condução de Temer à presidência.
Não há aqui a intenção de tomar partido de nenhum bandido que pulula por estas plagas.
TODOS, sem exceção, devem pagar pelos crimes que cometeram.
Inclusive o atual inquilino da Planalto, se assim entender a justiça, além de seus ministros, também enrolados nas inúmeras investigações de corrupção no país.
Nissimiel

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