segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O PALMEIRAS E SEU ELENCO QUALIFICADO. OU: AS PERDAS DO FLUMINENSE


O Palmeiras anunciou a contratação de Gustavo Scarpa. Uma grande aquisição, sem dúvida.
O jogador entrou na justiça, reivindicando a rescisão do contrato, em razão do Fluminense ter deixado de honrar os compromissos assumidos com o seu funcionário.
Os dirigentes não conhecem a lei? Parece absurdo que se perca um atleta dessa maneira.
Como se sabe, atraso de pagamento dos salários pode acarretar em perda dos direitos federativos do atleta.
Os combalidos cofres das Laranjeiras sofrem mais um revés. O clube está endividado, como quase todos os outros brasileiros e não poderia, absolutamente, abrir mão de receitas, tampouco perder um jogador valioso como Scarpa. Não se sabe, claro como estão os bastidores do Fluminense.
É também óbvio que o clube vai recorrer até a última instância, a fim de preservar seu patrimônio.
Não teria sido mais interessante negociar com os clubes interessados em Scarpa antes da situação ficar praticamente irreversível? Com a palavra, os responsáveis pelo Fluminense...
Há outro problema para o Tricolor a caminho. A lei de Murphy pode acontecer.
Henrique Dourado, segundo se noticiou, acertara salários e contrato com o Corinthians.
Mas a diferença entre o oferecido pelo clube paulista e o que queria o Fluminense invalidou o negócio. O Timão não parecia disposto a pagar a multa contratual e isso travou o acordo.
Dourado já manifestou o desejo de sair. Ele tem um contrato em vigência e deveria cumpri-lo, mas se for vantajoso para as partes envolvidas, por que não quebrá-lo?
Abel Braga já deixou claro que não quer contar com ninguém insatisfeito sob seu comando.
Não seria melhor negociar o jogador do que se arriscar a perder tudo, como ocorreu com Scarpa?
Dourado declarou que quer sair. O clube precisa de dinheiro. A situação não está nada fácil nas Laranjeiras. Adiante.
Claro que a contratação de Scarpa, sob o ponto vista técnico, é muito boa para o Palmeiras, assim como seria para qualquer clube do Brasil, em vista da aridez de talentos que grassa pelo solo tupiniquim.
A vinda para o Verdão também evita que os adversários reforcem-se com um atleta do quilate de Gustavo Scarpa.
Resta saber como e onde escalar a nova aquisição, pois existem muitos jogadores qualificados no plantel palestino.
Dizem que é sempre salutar ter um problema assim, excesso de bons jogadores.
Claro que é muito bom também ter peças de qualidade para reposição em caso de cansaço, suspensão ou lesão de algum titular.
Montar esquadrões e ter elenco estrelar não é garantia de sucesso, entretanto. Um bom exemplo foi o Flamengo, que há alguns anos juntou uma constelação, mas fracassou fragorosamente.
As razões para o fracasso podem ser muitas, como o ecocentrismo das estrelas, a falta de comando do treinador ou a formação de "panelinhas" que minaram o ambiente do clube.
Ou pode ser tudo a soma de todos esses fatores.
Além de tudo isso, muitas vezes as peças não se encaixam como deveriam, a equipe "não dá liga", como se diz no futebol.
Claro que qualquer técnico quer qualidade no material humano de que dispõe e não abdicaria, em sã consciência, de atletas que pudessem fazer a diferença e decidir partidas ou campeonatos.
Tomara Roger Machado consiga domar os egos e vaidades e que possa montar uma equipe competitiva.
E que os jogadores não contemplados com a titularidade entendam que apenas onze podem atuar e que a autoridade de quem comanda precisa de ser preservada...
Nissimiel

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