segunda-feira, 28 de junho de 2021

EPOPEIA OU SHAKESPEARE?


                                                            SHASKEPEARE E SUAS TRAGÉDIAS
                                                          CONQUISTAS ÉPICAS

                                     

O São Paulo prossegue em sua vergonhosa epopeia às avessas, o que surpreende negativamente  até o mais pessimista dos seus torcedores e alegra os rivais, à espera da queda de um gigante da América.

Não há no atual horizonte tricolor bravuras que um poema épico possa exaltar, com heróis mitológicos que levem a nau de três cores a portos seguros e conquistas imortais.
As tintas que descrevem a jornada tricolor são sombrias, tais quais tragédias Shakespearianas, em que a "morte" do protagonista parece iminente.

Outros clubes experimentaram a dolorosa via crucis até o gólgota final, no dia em que sacramentaram a vergonha e caíram, triste e inapelavelmente.

 Nesse cenário bizarro para um clube de sua envergadura, segue a trupe tricolor, sob inacreditáveis sete rodadas sem um vitória sequer.  

Não há razão para desespero ainda, já que o campeonato mal começou. O retrato atual do certame não é a pintura final da obra, evidentemente.

Mesmo porque há equipes na parte de cima da tabela que não devem ficar nesta posição, com todo o respeito que merecem tais agremiações. 

Seja pela falta de reposição de peças que certamente irão desfalcar os times, seja pela diferença técnica entre estas e as maiores forças do futebol brasileiro. 

Equipes como Palmeiras, Flamengo, Grêmio, Internacional, Atlético Mineiro e, por que não?, Corinthians e São Paulo, não deverão permanecer nas posições em que se encontram na tabela.

Pelo menos, não parece ser o enredo da história do Brasileirão, embora não se deva esquecer que se trata do imponderável esporte em que nem sempre o melhor vence.

Daí provavelmente venha a paixão pelo fascinante esporte bretão (velha expressão, charmosa e nostálgica, esta...) e a presença do "Sobrenatural de Almeida" (mestre Nelson Rodrigues). 

Mas o temor são-paulino é recorrente, já que há alguns anos o time flertou abertamente com a temível série B, uma mácula que o São Paulo não tem na sua história. Sua grande torcida não aceitaria passivamente a humilhação, indubitavelmente.

É necessário, entretanto, que os dirigentes, atletas e comissão técnica não se esqueçam de rivais que começaram o namoro indesejável com o rebaixamento e selaram o "compromisso" com a segunda divisão após desmandos que culminaram na série B.

Pelo começo decepcionante, a possibilidade de o desfecho ser épico parece improvável, por óbvio.

O que a torcida do São Paulo espera, pelo menos, é que sua história não termine em Shakespeare...

Nissimiel


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