sexta-feira, 13 de maio de 2016

O SÃO PAULO DE BAUZA - NO FIO DA NAVALHA



O que aconteceu ao São Paulo?
De um time aparentemente desmotivado, passou a ser o gigante que luta para conquistar o quarto título da mais desejada competição do continente.
A equipe que joga a Libertadores não guarda qualquer semelhança com a equipe desequilibrada que perdeu o jogo para o Audax e foi eliminado. Merecidamente, é bom que se registre.
O São Paulo da competição mais importante da América é uma equipe raçuda e difícil de ser batida, como perceberam o Toluca e o Atlético Mineiro, ambos derrotados no Morumbi, onde o time paulista raramente é vencido.
Claro que pode ser desclassificado no jogo de volta em Minas, mas dará muito trabalho ao Galo.
A vantagem é pequena, mas pode aumentar se o São Paulo conseguir marcar um gol em território inimigo.
Levou três gols no México, não se deve esquecer. Também é importante lembrar que poderia perder como perdeu.  Havia feito bom placar em casa.
Bauza caminha no fio da navalha. Consegue o placar de que precisa. E basta.
Fica a impressão de que nada o abala. A tranquilidade e a segurança contagiam os times que ele dirige. O São Paulo de hoje não parece sujeito a chuvas e trovoadas. É estável e confiável.
Assim é Edgardo Bauza. Com aproveitamento pífio, foi campeão no San Lorenzo.
Além da competência de seu técnico, o Tricolor conta também com uma incrível identificação com a Libertadores da América. É o clube brasileiro com mais tradição na Copa. O campeonato sul- americano transformou uma equipe apenas mediana em um gigante, que se candidata ao título.
Pode cair diante do Atlético, claro, que é uma equipe madura e preparada. Mas que não se espante se for desclassificado pelo motivado onze de Bauza. Possivelmente na bacia das almas, como se diz.
Os adversários sentem a pressão quando enfrentam o São Paulo em seu estádio. Não ignoram também o pragmatismo de seu treinador quando joga fora de seus domínios.
Bauza tem a tranquilidade e o equilíbrio de que o Tricolor necessita nesses tempos de estiagem aos quais os são-paulinos não estão acostumados.
Esperam o fim das vacas magras sob o comando do argentino.
Que não se esperem jogos bonitos, porém. Foi com o regulamento na mão que o treinador foi campeão duas vezes da Libertadores.
Bauza é o maior trunfo da equipe paulista, indubitavelmente...
Nissimiel


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